Na celebra��o do Dia Internacional contra a Homofobia, ontem, entidades ligadas � causa LGBT e autoridades discutiram a amplia��o de equipamentos de sa�de p�blica para acompanhamento cl�nico e dos processos de hormoniza��o de pacientes transexuais em Belo Horizonte.
Nesse intuito, representantes da Comiss�o Extraordin�ria de Mulheres da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e da Secretaria de Direitos Humanos Participa��o Social e Cidadania de Minas Gerais fizeram uma visita t�cnica ao primeiro ambulat�rio de atendimento a transexuais do sistema de sa�de estadual, inaugurado no fim do ano passado no Hospital Eduardo de Menezes, na Regi�o do Barreiro, em Belo Horizonte.
Al�m de sugest�es para amplia��o do servi�o para outros hospitais do Sistema �nico de Sa�de (SUS), os pacientes tamb�m reafirmaram �s autoridades a qualidade e a import�ncia de um servi�o de atendimento exclusivo aos transexuais.
O ambulat�rio de aten��o especializada no processo transexualizador da sa�de p�blica de Minas foi inaugurado em novembro em parceria da Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) com a Secretaria de Estado de Sa�de. O espa�o conta com equipe interdisciplinar e multiprofissional, composta por psiquiatras, endocrinologista, cl�nico geral, enfermeiro, psic�logo e assistente social.
“Normalmente, nos outros hospitais, eles n�o sabem como se referir � gente, ent�o, �s vezes acabamos passando por constrangimento, vergonha, por causa do nome social”, disse Andr� Marques, de 19 anos, homem trans que esteve na unidade na manh� de ontem para um retorno cl�nico. “Estou amando isso aqui. � como se fosse uma segunda fam�lia. Eles abra�am a nossa causa, o trabalho deles � incr�vel”, destacou Marques.
Al�m da demanda por amplia��o dos servi�os, um pedido dos pacientes que frequentam a unidade � a garantia e de acesso aos horm�nios usados nos processos de transi��o de homens e mulheres transexuais. “Quase a totalidade desses pacientes fazia a compra dos horm�nios por conta pr�pria, com receita m�dica emprestada e prescri��o duvidosa.
Agora, pelo menos, mesmo n�o tendo a garantia do medicamento gratuito, eles encontram m�dicos especialistas para uma pr�via avalia��o e prescri��o de medicamentos necess�rios”, disse Thaysa Drummond, diretora do Hospital Eduardo de Menezes. A administradora ainda informou que o processo de regulamenta��o do ambulat�rio do hospital, junto ao Minist�rio da Sa�de para garantia dos horm�nios aos pacientes, j� est� em andamento.
Agora, pelo menos, mesmo n�o tendo a garantia do medicamento gratuito, eles encontram m�dicos especialistas para uma pr�via avalia��o e prescri��o de medicamentos necess�rios”, disse Thaysa Drummond, diretora do Hospital Eduardo de Menezes. A administradora ainda informou que o processo de regulamenta��o do ambulat�rio do hospital, junto ao Minist�rio da Sa�de para garantia dos horm�nios aos pacientes, j� est� em andamento.
Elogios

Atualmente, o ambulat�rio para transexuais do Hospital Eduardo de Menezes tem 120 pessoas em atendimento regular, sendo 70 homens e 50 mulheres trans. Os atendimentos s�o agendados uma vez por semana. As pessoas que passam pela unidade elogiam o atendimento especializado e relatam problemas enfrentados em outras unidades, que t�m dificuldades para recepcionar o p�blico LGBT. “A import�ncia � dignidade humana, dignidade da vida de travestis e transexuais. Aqui eles cuidam da nossa sa�de integral como pessoa, e isso � o que queremos”, refor�a Anyky Lima, vice-presidente do Centro de Luta pela Livre Orienta��o Sexual de Minas Gerais (Cellos).
O Dia Internacional contra a Homofobia faz refer�ncia � data quem que a homossexualidade foi exclu�da da Classifica��o Estat�stica Internacional de Doen�as e Problemas Relacionados com a Sa�de (CID), em 17 de maio de 1990. Na mesma data tamb�m s�o celebrados o Dia Nacional de Combate � Homofobia Dia Estadual contra a Homofobia.
*Estagi�rio sob supervis�o do editor Roney Garcia.