(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Guarda Municipal promove oficina de pipas sem cerol para crian�as de BH

Ap�s a oficina, crian�as soltaram pipa na Pra�a do Papa, no Bairro Mangabeiras


postado em 13/07/2018 10:45 / atualizado em 14/07/2018 12:15

A ação faz parte da campanha Cerol Mata, que realiza simultaneamente ações de fiscalização e prevenção(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
A a��o faz parte da campanha Cerol Mata, que realiza simultaneamente a��es de fiscaliza��o e preven��o (foto: Ed�sio Ferreira/EM/D.A Press)
Est� chegando a �poca do ano de ventos mais intensos e de f�rias escolares, combina��o perfeita para a invas�o das pipas e a divers�o garantida da crian�ada. Por�m, essa pr�tica deve ser acompanhada de perto pelos pais para n�o trazer riscos � seguran�a das pessoas. S� de janeiro a junho, 18 pacientes foram atendidos no Hospital Jo�o XXIII v�timas de acidentes com linhas de cerol e 214 desligamentos da rede el�trica foram provocados por pipas. Pensando nisso, a Guarda Municipal de Belo Horizonte, por meio da Patrulha Escolar, promoveu uma oficina de pipas para 200 alunos da rede municipal de ensino nessa quinta-feira. Ontem foi o “Dia de Brincar”, na Pra�a do Papa, no Bairro Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul de BH, quando os estudantes da Escola Municipal Maria das Neves, apreenderam a empinar as pipas em seguran�a.

A a��o faz parte da campanha Cerol Mata, que realiza simultaneamente a��es fiscaliza��o e preven��o. Os ventos fortes desta �poca do ano s�o convidativos para a brincadeira, mas o risco est� na pr�tica de tornar o corte de linha de outras pipas uma esp�cie de competi��o. Com materiais cada vez mais cortantes, sejam de produ��o caseira, sejam industrializados, pedestres e principalmente ciclistas e motociclistas ficam expostos � amea�a e correm risco de se ferir ou at� de morrer. 

No in�cio do ano, o uso de cerol causou mais uma morte na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Um motociclista teve morte imediata ao ser degolado por uma linha cortante, no Anel Rodovi�rio, no Bairro 1º de Maio, Norte da capital. Na ocasi�o, a esposa da v�tima contou que eles passavam em cima do viaduto da Cristiano Machado quando o marido deu um grito e levou a m�o ao pesco�o, parando a moto em seguida. Ela viu um corte profundo na regi�o da garganta. Segundo Marlene, algu�m recolheu a linha e foi embora.

Ester dos Santos Pereira, de 10 anos, nunca tinha soltado pipa e gostou de participar da oficina e se conscientizar sobre os riscos. “� muito divertido. Agora, j� aprendi e vou fazer para soltar na minha rua.� bem f�cil”, comentou. A colega, Vict�ria Costa dos Santos, de 12, tamb�m se divertiu ao soltar pipa na manh� de ontem. “Eu aprendi soltar pipa com o meu irm�o. Mas, achei muito bom aprender sobre o cerol. � muito legal soltar com a linha branca porque com o cerol ou com a linha chilena voc� pode matar uma pessoa, que tem filhos, que tem fam�lia. Assim, a gente pode se divertir sem machucar ningu�m”, contou a estudante.

O Guarda de Classe Especial da Guarda Municipal Eder Gotelip tamb�m deu boas dicas para a crian�ada. “� importante procurar um lugar aberto, longe da fia��o. Para essas f�rias, bons locais para empinar a pipa � na Pra�a do Papa, no Parque Ecol�gico da Pampulha e a Esplanada do Mineir�o. S�o v�rias as op��es para brincar com seguran�a”, disse. Ele tamb�m alertou que, al�m da linha branca que n�o trar� perigo para a popula��o, tamb�m � recomendado o uso de papagaios de ceda: “Temos que colaborar com o meio ambiente e, muitas vezes, a pipa fica presa em �rvores. A ceda se decomp�e mais r�pido do que outros matareis. D� pra se divertir respeitando todas as regras”, acrescentou. At� porque as leis municipais 7.189/1996 e 8563/2003, somadas � Lei estadual 14.349/2002, pro�bem o com�rcio e uso do cerol.

Durante os meses de julho e agosto ser�o realizadas novas a��es com panfletagem e orienta��o a ciclistas, motociclistas e pedestres em diferentes pontos da cidade. Somente no m�s de junho as a��es de fiscaliza��o da Guarda Municipal apreenderam 70 latas envoltas com cerol ou linha chilena. “De janeiro a julho do ano passado, n�s tivemos 40 ocorr�ncias relacionadas. Este ano, o n�mero caiu para 25 no mesmo per�odo. Uma redu��o significativa para se comemorar, mas, ainda temos muito para avan�ar”, pontuou o guarda municipal.

AS V�TIMAS Na �ltima semana tamb�m foram distribu�das antenas de prote��o para motocicletas. “O ideal � ter duas antenas e deixarem elas sempre levantadas. Al�m do mais, o uso de prote��o de pesco�o e as luvas. N�s distribu�mos 50 pares de antenas na Avenida dos Andradas, em frente a UPA-Leste, onde um motociclista foi acidentado no fim de junho. E as recomenda��es tamb�m s�o validas para os ciclistas. Quando o acidente acontece, � sempre grave. As linhas de cerol e chilena s�o muito cortantes”, pontuou.

Dados da Funda��o Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) mostram que os atendimentos a v�timas v�m aumentando desde o in�cio deste ano. Nos meses de janeiro, junho e julho s�o registrados mais casos. S� at� dia 12 de julho, 18 pacientes foram atendidos no Hospital Jo�o XXIII v�timas de acidentes com linhas de cerol. No ano passado, foram 26 casos: 86% eram do sexo masculino, 49% das v�timas tinham entre 13 a 29 anos e 37% e 30 a 49 anos.

"Diversas les�es e, muitas vezes, com sequelas graves e podendo levar a morte. Desde um corte superficial como profundo e, em alguns casos, com amputa��o traum�tica direta. O motoqueiro pode ter cortes em todas as regi�es do corpo, pois passar em velocidade contra e linha e, com isto, provoca cortes profundos, al�m de derrubar o motociclista provocando em muitos casos politraumatismo", pontuou a assessoria de imprensa do Hospital Jo�o XXIII.

FALTA DE ENERGIA O uso de cerol e linha chilena tamb�m pode provocar outros riscos, como a eletrocuss�o e quedas de energia el�trica. Este ano, na �rea de concess�o da Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), essa “brincadeira” j� foi respons�vel por 525 ocorr�ncias de interrup��o no fornecimento de energia el�trica, que prejudicaram cerca de 200 mil consumidores, conforme levantamento da empresa. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, foram registrados 214 desligamentos provocados por pipas na rede el�trica.

Al�m dos preju�zos causados pela falta de energia, a Cemig tamb�m alerta para os riscos � seguran�a que a soltura de pipas pode trazer quando praticada pr�xima � rede el�trica. A maioria dos acidentes acontece quando o papagaio fica preso na rede el�trica e as crian�as tentam retir�-lo utilizando materiais condutores, como peda�os de madeira ou barras met�licas. O contato com a rede el�trica pode ser fatal, al�m do risco de queda em fun��o da rea��o involunt�ria causada pelo choque el�trico. A empresa tamb�m chama a aten��o ainda para o fato de que o uso do cerol pode transformar uma simples linha de papagaio em um material condutor e provocar choque el�trico ao entrar em contato com a rede.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)