Cantor Eduardo Costa presta depoimento em delegacia de BH

O cantor sertanejo Eduardo Costa prestou depoimento Delegacia de Fraudes da Pol�cia Civil, no Bairro Santa Efig�nia, Regi�o Centro Sul de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira. Ele � investigado por estelionato devido a venda de uma casa em Capit�lio, no Sul de Minas Gerais. O artista trocou o im�vel em outro em Belo Horizonte. Por�m, a resid�ncia localizada no interior do estado ter� que ser parcialmente demolida por estar localizado dentro de uma �rea de preserva��o ambiental, �s margens do Lago de Furnas. O casal comprador procurou a pol�cia alegando que n�o foram comunicados sobre o fato. Ap�s ser ouvido por um delegado, o cantor disse que durante a negocia��o deixou bem claro que existia o processo de danos ambientais em andamento. Negou que tenha agido de m�-f�. O inqu�rito que investiga o caso est� em fase final.

As apura��es da Pol�cia Civil come�aram depois que o casal procurou a delegacia alegando que tinha sido lesados pelo cantor ap�s a transa��o do im�vel. A resid�ncia, avaliada em aproximadamente R$ 7 milh�es, foi inclu�da em uma a��o civil p�blica do Minist�rio P�blico Federal (MPF), que foi entregue � Justi�a. “Realmente o im�vel tem uma onera��o sobre ele. Uma a��o civil p�blica por parte do MPF, junto com Furnas Centrais El�trica, para realizar a demoli��o de parte do im�vel, uma vez que foi constru�do �s margens do Lago de Furnas, em uma �rea de preserva��o permanente. Em dezembro do ano passado, o juiz da Justi�a Federal de Passos, decretou a demoli��o do im�vel”, explicou o delegado Vin�cius Dias.

Depois da decis�o, a pol�cia foi comunicada pelos compradores. “O casal se sentiu prejudicado na transa��o, com a percep��o de que n�o teria sido avisados deste �nus que gravava o im�vel na compra e venda realizada”, comentou o delegado. Segundo ele, Eduardo Costa foi chamado para prestar depoimento. Ele � tratado como investigado. “Percebe-se que ele se mostrou inteiro a disposi��o do departamento, at� porque o im�vel j� tinha sido gravado anteriormente quando ele adquiriu. A maioria de bens em escarpas e capit�lio tem essa possibilidade de sofrer este tipo de a��o”, afirmou Dias.

De acordo com o delegado, a casa em Escarpas do Lago foi vendida em torno de R$ 7 milh�es. J� a resid�ncia em Belo Horizonte custou R$ 9 milh�es. Devido a decis�o judicial, ainda segundo Dias, aproximadamente 4,5 mil metros quadrados dever�o ser demolidos, devido a constru��o estar dentro de uma �rea de preserva��o permanente.
Eduardo Costa est� sendo investigado por estelionato qualificado. Caso fique comprovado que ele tinha ci�ncia do fato e mesmo assim onerou, ele pode pegar de um a quatro anos de pris�o. O delegado ressalta que, at� a presente fase da investiga��o, n�o h� elementos para incriminar o cantor. “Diante dos elementos de provas que est�o nos autos, mais as provas apresentadas e os documentos oficiais de cart�rio, n�o temos a convic��o do indiciamento, at� porque j� estamos na fase final do inqu�rito. Ent�o, vamos aguardar os procedimentos finais para saber o roteiro final da investiga��o”, completou.

O casal tamb�m poder� ser responsabilizado. “Verificado que houve a instaura��o de um procedimento criminal no qual, ao final, comprovou a n�o responsabilidade, � poss�vel outras san��es por parte do casal, como a denuncia��o caluniosa e outros crimes conexos a este fato”, finalizou o delegado.

Cantor nega

Ap�s prestar depoimento, o cantor Eduardo Costa se defendeu das acusa��es e disse que os compradores sabiam da situa��o do im�vel. “Eu vendi um im�vel em Escarpas do Lago, que � um lugar que eu frequento j� h� muitos anos. A maioria dos im�veis de marina tem um processo p�blico. Um documento que todos os im�veis ali tem de dano ambiental. E toda pessoa que compra e vende im�vel ali � ciente disso. Ent�o, quando fiz a negocia��o do meu im�vel, j� fiz deixando bem claro que existia este processo e que eu comprei tamb�m o im�vel sabendo deste processo. Ent�o, � uma coisa que n�o fiz de m�-f�. At� porque este tipo de im�vel de valores mais altos, os advogados que acompanham mais que a gente”, explicou.

“Eu jamais faria isso (enganar). Todos n�s estamos sujeitos a passar por situa��es constrangedoras e eu jamais levaria uma pessoa a passar por isso. Na minha vida inteira, nunca fiz isso. At� por isso, estou falando com voc�s que estou bem tranquilo”, finalizou.