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Estado de Minas

Motorista � primeira v�tima de onda de ataques a �nibus na Grande BH

Homem tem 60% do corpo queimado depois de ser rendido por bandidos que invadiram e incendiaram coletivo. J� s�o 36 a��es criminosas desde o in�cio deste ano, com 129 detidos


postado em 24/07/2018 06:00 / atualizado em 24/07/2018 07:56

Condutor do veículo da linha 7150 foi socorrido e encaminhado para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (foto: Leonardo Alvarenga Santos/Divulgação)
Condutor do ve�culo da linha 7150 foi socorrido e encaminhado para o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII (foto: Leonardo Alvarenga Santos/Divulga��o)


Os ataques a �nibus em Minas Gerais fizeram a primeira v�tima. Um motorista de 61 anos ficou ferido depois de o coletivo dirigido por ele ser alvo de um inc�ndio criminoso na noite de domingo, em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Na capital e regi�o metropolitana, o n�mero de ocorr�ncias chegou a 36 desde o in�cio do ano. De acordo com a Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp), 129 pessoas foram presas em 2018 por envolvimento nessas a��es criminosas. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), que n�o cogitava reduzir a circula��o de ve�culos nas linhas afetadas, come�a a reavaliar a situa��o.

O crime ocorreu na Avenida Col�mbia, no Bairro Novo Riacho, por volta das 23h. Segundo a Pol�cia Militar (PM), a v�tima contou que conduzia um ve�culo da linha 7150 (Novo Riacho via Inconfidentes/Belo Horizonte) e se aproximava do ponto final quando foi abordado por quatro homens, um deles armado com um rev�lver calibre 38 e portando um gal�o de combust�vel. Depois de espalhar o l�quido inflam�vel no �nibus, ele ateou fogo com o motorista ainda dentro do �nibus.

Os criminosos fugiram descendo a rua e entraram em um Palio, onde estaria um comparsa. O fogo foi apagado por testemunhas. Conforme a PM, com 60% do corpo queimado, e les�es aparentemente graves, o motorista foi levado para o Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII. A Funda��o Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) n�o passou informa��es sobre o estado de sa�de do motorista. Os bandidos n�o deixaram reivindica��es ou bilhetes que pudessem indicar a poss�vel motiva��o do ato. O caso foi encaminhado � Pol�cia Civil.

"Tivemos uma redu��o desses casos por causa das pris�es feitas ao longo do tempo e daquelas advindas da opera��o conjunta do Minist�rio P�blico e pol�cias Militar e Civil"

Major Fl�vio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Pol�cia Militar



O chefe da sala de imprensa da PM, major Fl�vio Santiago, acredita que o crime esteja relacionado ao que ele chama de “espelhadores”. “� a pulveriza��o dos casos. Os bandidos v�o espelhando as a��es de outros e entram em cena para, de alguma forma, levantar sua bandeira, de cunho criminoso. �s vezes nem t�m reivindica��o alguma”, afirma. “Mas, o que demostra uma a��o de repress�o qualificada pela PM esbarra num problema da legisla��o, que permite a essas pessoas voltarem �s ruas”, lamenta.

O major afirma que as ocorr�ncias recentes n�o se relacionam com a onda de ataque a �nibus promovida no primeiro semestre e que tiveram como alvo principalmente cidades do Tri�ngulo e do Sul de Minas. “Tivemos uma redu��o desses casos por causa das pris�es feitas ao longo do tempo e daquelas advindas da opera��o conjunta do Minist�rio P�blico e pol�cias Militar e Civil”, diz.

No in�cio do m�s, a for�a-tarefa divulgou ter desarticulado as lideran�as de organiza��o criminosa nacionalmente conhecida que determinaram o ateamento de fogo a �nibus e bens p�blicos. Como 22 criminosos j� se encontravam detidos, um deles numa institui��o federal, esses cabe�as da organiza��o foram reunidos para serem remanejados para uma unidade onde cumprir�o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Ver galeria . 10 Fotos Paulo Filgueiras/EM/DA Press
Paulo Filgueiras/EM/DA Press (foto: )


PREJU�ZOS Somente este ano, o preju�zo �s empresas de �nibus � de, no m�nimo, R$ 14,4 milh�es. Por meio de nota, o Sintram reiterou que “repudia veementemente os ataques que t�m atingido os �nibus do sistema metropolitano de transporte. Trata-se de um crime grave que est� colocando em risco os colaboradores e os usu�rios do transporte p�blico”. Acrescentou que a empresa respons�vel pela linha est� prestando todo apoio necess�rio ao motorista e � sua fam�lia. O condutor segue internado e seu quadro de sa�de � est�vel.

O sindicato ressaltou que “para al�m do �nus �s empresas, a grande incid�ncia de ocorr�ncias de inc�ndios criminosos prejudica todo o sistema, incluindo os usu�rios do transporte, j� que as empresas n�o t�m ve�culos-reserva dispon�veis para substituir os incendiados, o que afeta diretamente o atendimento prestado � popula��o”. De janeiro a julho deste ano, 20 ve�culos do sistema metropolitano foram incendiados. O Sintram afirma que n�o h� defini��o sobre a interrup��o da circula��o de ve�culos, inclusive pela preocupa��o de n�o deixar os moradores sem atendimento, mas que avalia a possibilidade.

Em BH, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) informou que n�o h� como prever a redu��o da frota e que manter� a suspens�o da circula��o � noite somente nas regi�es onde houver ataques.


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