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Estado de Minas

�rvore do Cora��o Eucar�stico fica, mas est� vulner�vel ao ataque de fungos

Corte de �rvore revoltou moradores do bairro que se mobilizaram para impedir a a��o nessa quarta-feira. PBH admite "falha de comunica��o%u201D e, em tese, a �rvore deve continuar no local. Especialista alerta para risco de ataque de fungos ap�s a poda


postado em 27/07/2018 09:05 / atualizado em 27/07/2018 09:16

Na manhã dessa quinta-feira, moradores se reuniram em abraço à 'ficus elastica' plantada na década de 1960 (foto: Edésio Ferreira/EM/DA Press )
Na manh� dessa quinta-feira, moradores se reuniram em abra�o � 'ficus elastica' plantada na d�cada de 1960 (foto: Ed�sio Ferreira/EM/DA Press )
Os moradores ganharam a batalha contra a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para que o grande f�cus fique. Depois do protesto que impediu o corte na Avenida Dom Jos� Gaspar, vizinhos da �rvore do bairro Cora��o Eucar�stico, na Regi�o Noroeste de Belo Horizonte, fizeram um ato e acompanharam uma nova vistoria realizada no esp�cime. As autoridades admitiram: “Falha de comunica��o da prefeitura” e, em tese, a �rvore deve continuar no local. Por�m, a sa�de do grande s�mbolo do bairro pode ficar prejudicada – j� que a poda a deixou vulner�vel ao ataque de fungos. Para tentar garantir a seguran�a do f�cus, a associa��o de moradores vai acionar a prefeitura para que a �rvore seja oficialmente considerada patrim�nio do bairro.

Leonardo Arantes Ara�jo, engenheiro florestal e morador do Bairro Cora��o Eucar�stico pontuou que o f�cus � mais adequado para parques, mas o esp�cime do Cora��o Eucar�stico n�o deveria ser cortado porque pode ser considerado um patrim�nio da cidade e estava saud�vel at� a interven��o.  "Trabalhei no invent�rio das �rvores de BH e minha equipe esteve no bairro Cora��o Eucar�stico em 2012. N�o tem ind�cio nenhum de larva, de podrid�o, nenhum galho pendente que possa cair na rua e machucar algu�m. Agora, ser� necess�ria poda de compensa��o", disse.

Por�m, a poda que ocorreu na quarta-feira pode, sim, ser muito prejudicial a ela. Isso porque o corte � como um ferimento e precisa de um tempo de recupera��o – que pode durar meses. "O principal problema nesse per�odo � a presen�a de fungos. Temos sorte de n�o estar em per�odo de chuva porque a chance de a �rvore adoecer seria maior. A �nica coisa que pode ser feita � o uso de uma pasta para auxiliar na cicatriza��o”, concluiu.

O presidente da Associa��o dos Moradores do Bairro Cora��o Eucar�stico (Amocoreu), Cassius Marcellus, disse que ontem estiveram no local t�cnicos de meio ambiente, um engenheiro florestal, engenheiro agr�nomo e o gerente de Opera��es da Regional Noroeste da PBH. “Eles confirmaram que a �rvore � saud�vel, que n�o impede a passagem de pedestres pelo passeio e admitiram que houve uma falha de comunica��o da prefeitura por n�o fazer o contato com a Amocoreu avisando sobre a supress�o”, afirma Marcellus. “Ela est� em um quarteir�o totalmente comercial, por isso, a prefeitura n�o imaginou que o f�cus teria esse apelo sentimental para os moradores”, explicou.

De acordo com o presidente do Amocoreu, a equipe informou que dever� mesmo ser feita uma nova poda, de reequil�brio, para que a �rvore seja mantida. “Eles disseram que � comum fazerem o corte de uma �rvore e moradores se manifestarem contra, mas na maioria dos casos a supress�o � aprovada porque as �rvores est�o doentes. A� n�o h� revers�o”, relatou. “Vamos agir junto � Secretaria de Meio Ambiente para o f�cus ser considerado efetivamente patrim�nio do Cora��o Eucar�stico. Faremos um of�cio � Regional Noroeste, vamos encaminh�-lo e � Secretaria de Meio Ambiente.”

OUTRO LADO
Por meio de nota enviada ontem, a PBH informou que “atendendo ao pedido da comunidade local e por sua import�ncia simb�lica e ambiental, foi feita uma nova avalia��o sobre a situa��o da �rvore”. Ainda segundo a administra��o municipal, “embora a �rvore atenda aos crit�rios de supress�o de acordo com a Delibera��o Normativa 92/2018, aprovada pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente, optou-se por fazer somente a poda para equil�brio da copa da mesma”. “A partir desse novo laudo, a �rvore ser� constantemente monitorada pelos t�cnicos da Ger�ncia de Infraestrutura Urbana da Regional Noroeste. Outras medidas de controle dever�o ser tomadas para minimizar os impactos que a �rvore poder� causar ao passeio de pedestre, � rede el�trica e � rede de abastecimento e �gua e esgotamento sanit�rio”, finalizou a PBH.

No in�cio do ano, t�cnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente come�aram a se pautar por 38 quesitos para analisar a situa��o das cerca de 500 mil �rvores da cidade. Cinco itens s�o considerados priorit�rios para determinar o corte imediato. S�o eles: estufamento na cal�ada acompanhado de inclina��o do tronco no sentido oposto; desequil�brio irrevers�vel da copa; pragas que comprometam a estabilidade, como besouro met�lico; presen�a de qualquer outro defeito que interfira no equil�brio; e obstru��o total da cal�ada em conjunto com bloqueio, mesmo que parcial, de uma via de tr�nsito de ve�culos.

 


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