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Estado de Minas

Baixa umidade do ar marca entrada de per�odo cr�tico para queimadas

Combina��o de vegeta��o seca, ventos fortes e baixa umidade do ar eleva o risco de queimadas no estado. Fuma�a agrava riscos para a sa�de


postado em 14/08/2018 06:00 / atualizado em 14/08/2018 07:44

O combate às chamas, que atingiram área próxima de residências e do comércio, só terminou às 15h30 (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
O combate �s chamas, que atingiram �rea pr�xima de resid�ncias e do com�rcio, s� terminou �s 15h30 (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
 

Baixa umidade relativa do ar, ventos fortes e vegeta��o seca. Essa combina��o � perfeita para o aumento de inc�ndios. Por isso, todo cuidado � pouco para evitar as queimadas, principalmente nos dois pr�ximos meses, quando, historicamente, temos mais ocorr�ncias. Dados do Corpo de Bombeiros mostram uma diminui��o de 10% no n�mero de chamada, mas, mesmo assim, a m�dia foi de 5,5 atendimentos por dia na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. E h� uma grande preocupa��o para os pr�ximos 60 dias, devido ao tempo seco. Ontem, comerciantes tiveram que utilizar mangueiras para conter as chamas que se espalharam rapidamente pela vegeta��o �s margens da Avenida Nossa Senhora do Carmo,  pr�ximo � Pra�a das Constela��es, no Bairro Santa L�cia, Regi�o Centro-Sul da capital. O fogo chegou perto de im�veis e assustou moradores.


As chamas tiveram in�cio por volta das 10h, segundo comerciantes que t�m im�vel na regi�o. Devido ao tempo seco e aos ventos, rapidamente elas se propagaram, provocando medo. O funcion�rio de uma oficina de carros, Wellington Pereira da Silva chegou a utilizar uma mangueira para tentar evitar a chegada do fogo.  “Do nada come�ou a pegar fogo por volta das 10h. Come�ou embaixo aqui. Peguei a mangueira para tentar dar uma amenizada. Estava com medo de pegar fogo nos carros aqui pr�ximos. Os bombeiros chegaram rapidamente e contiveram as chamas”, disse. “Hoje deve haver aproximadamente 70 carros aqui dentro, ent�o ficamos com medo”, contou.


A apreens�o tamb�m tomou conta de funcion�rios de uma loja de fabrica��o de m�veis. A arquiteta e urbanista Talita Teixeira afirmou que se assustou com a velocidade com que as chamas se espalharam. “Ficamos surpresos, pois foi sem a gente perceber. O fogo se alastrou muito r�pido. Prejudicou um pouco o trabalho da gente”, comentou. “Ficamos apreensivos, porque trabalhamos com madeira de demoli��o”, completou.  Segundo ela, a loja j� tinha sido limpa duas vezes ontem. Devido � fuligem, o servi�o teve que ser repetido.


O combate foi feito por 17 combatentes, que usaram mochilas costais e abafadores para apagar as chamas. Foram gastos aproximadamente 20 mil litros de �gua. Os trabalhos do Corpo de Bombeiros terminaram por volta das 15h30. Uma �rea de aproximadamente quatro hectares de vegeta��o foi destru�da. O local de dif�cil acesso, os ventos fortes e o tempo seco alongaram a a��o dos bombeiros.

FATORES Ocorr�ncias como as registradas ontem s�o comuns nesta �poca do ano. “A baixa umidade, a vegeta��o mais seca, o aumento da temperatura m�dia, aliados � regi�o onde Minas se situa, com �reas montanhosas e serra, e os ventos fortes ajudam na propaga��o r�pida de inc�ndios. Por isso, devemos redobrar os cuidados”, explicou o tenente Pedro Aihara, da Assessoria de Comunica��o Organizacional do Corpo de Bombeiros.


A aten��o da popula��o � importante, pois, segundo os bombeiros, de 95% a 99% das ocorr�ncias s�o provocadas por atua��o humana. “N�o se deve usar o fogo como t�cnica de elimina��o de lixo ou na limpeza de pasto e � preciso ter cuidado � com comemora��es com fogueiras”, disse Aihara. Ele pede a ajuda da popula��o para denunciar, via 181 ou 190, caso veja alguma pessoa ateando fogo em matas. “A maioria � de maneira criminosa. � uma pr�tica que representa crime ambiental. A pessoa flagrada pode pagar multa e est� sujeita a reclus�o de dois a quatro anos”, completou.

EXTREMOS  Ontem, enquanto algumas cidades no Sul do estado amanheceram com geadas e temperaturas quase negativas, munic�pios do Tri�ngulo e Belo Horizonte tiveram um dia extremamente seco. A previs�o � que hoje a situa��o continue a mesma.


Depois de lidar com chuvas fora de �poca, inclusive com temporal de granizo, moradores da capital mineira come�am a sentir os efeitos do tempo seco. Ontem, a cidade registrou umidade relativa do ar de 28%, o que � considerado estado de aten��o pela Organiza��o Mundial de Sa�de (OMS). Em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, o �ndice chegou a 11% . “� uma umidade bastante baixa. At� fizemos um aviso meteorol�gico para o patamar mais cr�tico. O clima se assemelhou ao deserto, onde temos 10% de umidade. Foi o dia mais seco do ano”, disse o meteorologista Claudemir de Azevedo, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


A baixa umidade est� sendo provocada por uma massa de ar seco sobre o estado. Nos pr�ximos dias, segundo o Inmet, ela deve ficar entre 20% e 30%,  nas regi�es Noroeste, Norte, Tri�ngulo Mineiro, Central Mineira, Metropolitana, Oeste e Sul. O per�odo recomendado para a pr�tica de atividades f�sicas � antes das 10h e ap�s as 17h. A orienta��o � usar roupas leves, reduzir o peso das refei��es, incluindo frutas e verduras na dieta e utilizar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no per�odo mais quente. A hidrata��o deve ser refor�ada, especialmente para crian�as e idosos, com a ingest�o de bastante l�quido. O nariz deve ser lavado com soro fisiol�gico e a pele hidratada.

GEADAS Na manh� de ontem, a situa��o vivida em alguns munic�pios do Sul de Minas foi totalmente diferente. A vegeta��o ganhou uma cor esbranqui�ada devido � geada. A menor temperatura registrada no estado foi 0,4°C em Monte Verde, no Sul de Minas. 


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