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Estado de Minas

Vacina��o contra polio e sarampo fica abaixo da expectativa em MG e BH

Apesar da mobiliza��o nacional, com a qual o Minist�rio da Sa�de esperava alcan�ar 60% de imuniza��o entre menores de 5 anos, coberturas n�o chegam a 35%


postado em 19/08/2018 06:00 / atualizado em 19/08/2018 08:01

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Embora a mobiliza��o em torno da vacina��o de crian�as contra o sarampo e a poliomielite tenha conseguido ampliar a cobertura em Belo Horizonte e em Minas Gerais, o percentual de alcance da imuniza��o ficou muito abaixo do que o Minist�rio da Sa�de pretendia alcan�ar durante o Dia D da Campanha Nacional de Vacina��o para as duas doen�as. A expectativa era de que o s�bado de postos de sa�de abertos pudesse elevar a imuniza��o a 60% do p�blico-alvo (crian�as menores de 5 anos), o que ainda est� distante tanto na capital quanto no estado. Segundo a Prefeitura de BH, na capital 33,13% das crian�as nessa faixa est�o protegidas contra a paralisia infantil e 32,82% contra o sarampo. No estado, os n�meros alcan�am 28,40% de prote��o contra a p�lio e 28,58% contra o sarampo. A campanha vai at� 31 de agosto e o objetivo � chegar a 95% de cobertura dos pequenos de 1 ano a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Entre os desafios para avan�o nesses n�meros est�o o combate �s not�cias falsas e � falsa sensa��o de que a popula��o j� est� protegida contra doen�as, devido ao sucesso de campanhas de vacina��o de anos anteriores.


Ontem, o ministro da Sa�de, Gilberto Occhi, esteve em Belo Horizonte para refor�ar a import�ncia da imuniza��o no dia escolhido em todo o Brasil para esse fim. “J� h� alguns anos n�o temos surtos e casos de poliomielite, mas o sarampo voltou ao Brasil neste ano, tamb�m devido � entrada de imigrantes da Venezuela. As vacinas contra a p�lio e o sarampo s�o oferecidas durante o ano inteiro, e n�s tivemos a percep��o da baixa cobertura”, afirmou. Segundo o ministro, um dos fatores para a situa��o � a dissemina��o de not�cias falsas por redes sociais e aplicativos de mensagens de celulares, sustentando que a vacina faz mal. Outro fator � um pensamento equivocado de que o pa�s est� livre dos males, diante da aus�ncia de casos. A poliomielite est� erradicada desde 1997 no Brasil e o sarampo voltou a ter casos este ano, com concentra��o no Norte do pa�s.

“Quanto mais desprotegida estiver nossa popula��o, maior o risco de se contaminar com os v�rus. Queremos que a popula��o tenha essa consci�ncia e precisamos que venha tomar a vacina. S� dessa forma vamos ter prote��o”, completou o ministro. Secret�rio de Sa�de de BH, Jackson Machado Pinto destacou que a campanha tem que ser cont�nua. “Precisamos que as pessoas estejam convencidas a trazer seus filhos para se vacinar. � isso que vai promover maior circula��o dos anticorpos pela popula��o e vai impedir que as doen�as cheguem”, afirmou. A diretora de Vigil�ncia Epidemiol�gica da Secretaria de Estado de Sa�de de Minas Gerais, Jana�na Fonseca Almeida, ressaltou que a campanha continua at� 31 de agosto. “Ent�o, quem n�o p�de comparecer ao Dia D ainda tem oportunidade de levar o filho para vacinar”, convocou.

Baixa procura


Em termos de procura dos postos de BH, o movimento ontem come�ou fraco e s� aumentou depois das 10h. No Bairro Serra, na Regi�o Centro-Sul, o Centro de Sa�de Nossa Senhora de F�tima tinha recebido, at� as 9h, apenas quatro crian�as. No Leopoldo Cris�stomo, no Bairro Uni�o, Regi�o Nordeste, a procura tamb�m ficou abaixo das expectativas, segundo funcion�rios, enquanto no Carlos Chagas, no Bairro Funcion�rios, Centro-Sul da capital, havia fila com 15 pessoas por volta das 11h. Um atendente explicou que, por ser mais central e com acesso de v�rios bairros, a unidade recebe maior procura.

Moradora do Bairro Serra, a advogada L�lian In�s Neves Cabral levou o filho Caio, de 3 anos, para tomar as doses. “Ele j� est� vacinado, mas a pediatra recomendou o refor�o. A preven��o � fundamental para evitar uma doen�a t�o perigosa quanto o sarampo”, disse. No dia do anivers�rio de 5 anos, Maria Eduarda chegou com m�e, a coordenadora educacional Renata Medeiros Ribeiro, e o irm�o Matheus, de 8. “Ela vai receber a tr�plice viral, que imuniza contra o sarampo, a rub�ola e caxumba, e a gotinha contra a poliomielite. Preven��o � tudo”, afirmou Renata.

Igualmente precavida, a auxiliar financeira Camila Cruz Silva levou Maria Cec�lia, de 4, para tomar a vacina contra o sarampo. J� a dona de casa Rosemeire Aparecida da Silva chegou por volta das 9h com as filhas Ana Luiza, de 9, e Maria Cec�lia, de 5. Cuidadosa, contou que levou a ca�ula para se vacinar contra o sarampo e procurou se informar se a mais velha precisaria de algum refor�o.

PREVEN��O No Centro de Sa�de Leopoldo Cris�stomo, no Bairro Uni�o, as enfermeiras tiraram as d�vidas dos pais, destacando que deveriam levar o cart�o de vacina��o e um documento de identidade. Acompanhado da av� Nanci Pereira, moradora do bairro, Miguel Ant�nio, de 4, fez quest�o de mostrar o bra�o com o algod�o colocado ap�s a “picadinha” e garantiu que “n�o doeu nada”. A dentista Cidea Carvalhaes levou a filha Isadora, de 3, e ressaltou a import�ncia da preven��o. Na sala de vacina��o, o menino Ben�cio, de 4, tamb�m n�o se incomodou com a agulha. “Ele � �timo para tomar vacina”, comentou a m�e, Estef�nia Nogueira, educadora, que foi ao centro de sa�de com o marido, Eros Moraes, e a filha Beatriz, de 9. “A crian�a n�o pode ficar sem vacina, � essencial para prevenir doen�as”, acrescentou o pai.

 

 

Ministro acena com recursos para o Sofia
 

Mais recursos podem chegar ao Hospital Sofia Feldman, unidade de sa�de no Bairro Tupi, Norte de Belo Horizonte, na tentativa de tirar da pen�ria a maternidade, que � refer�ncia em Minas Gerais. A sinaliza��o partiu do ministro da Sa�de, Gilberto Occhi, que ontem esteve na capital mineira para promover a campanha de vacina��o contra o sarampo e a poliomielite. “Estamos discutindo com a Prefeitura de Belo Horizonte e vamos fazer uma reuni�o na pr�xima semana para estudar em conjunto como podemos ter atendimento pleno no hospital. Estamos discutindo uma quest�o de aporte maior do governo federal para o funcionamento. Estamos dispostos a aumentar o repasse de recursos federais”, afirmou.

Na �ltima quinta-feira, o presidente Michel Temer assinou medida provis�ria que abre linha de cr�dito, via Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), para financiar as Santas Casas e hospitais filantr�picos – como o Sofia Feldman –, unidades que complementam o funcionamento do Sistema �nico de Sa�de (SUS). A MP precisa ser validada pelo Congresso em at� 120 dias. O governo informou que o texto prev� financiamento com juros de 8,66% ao ano, enquanto os empr�stimos atuais giram em torno de 17% a 18%. A mudan�a promete um al�vio, mas ainda depende de reuni�o do Conselho Curador do FGTS para que a linha de cr�dito seja efetivada.

 

Na ponta da agulha


Confira os n�meros da campanha de preven��o contra a p�lio e o sarampo

» P�blico-alvo em BH
109.348 crian�as de 1 ano a 4 anos, 11 meses e 29 dias

Cobertura alcan�ada
Contra a poliomielite: 36.226 (33,13%)
Com a tr�plice viral (inclui o sarampo): 35.887 (32,82%)

» P�blico-alvo em Minas
1.027.305 crian�as

Cobertura alcan�ada
Contra a poliomielite: 291.800 (28,40%)
Com a tr�plice viral: 293.666 (28,58%)


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