
Boletim epidemiol�gico divulgado nesta quarta-feira pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES) mostra que os casos suspeitos est�o concentrados na Regional de Sa�de de Governador Valadares, na Regi�o do Rio Doce. Foram tr�s notifica��es em Mantena, outra em Conselheiro Pena, e mais uma em Galil�ia. Os materiais gen�ticos dos pacientes com suspeita da doen�a est�o seno analisados no laborat�rio da faculdade de medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Segundo a SES, as notifica��es foram registradas a partir de 17 de agosto. “Nenhum dos casos apresentou sinais de gravidade, sendo que n�o foram registrados �bitos. Atualmente, os casos encontram-se em investiga��o, que inclui a realiza��o detalhada de diagn�stico laboratorial para verificar a presen�a do parasito”, informou a pasta. A investiga��o epidemiol�gica dos casos indicam uma estreita liga��o com as atividades econ�micas realizadas na regi�o, como cafeicultura e extra��o de pedras.
Nesta �poca do ano, h� um grande fluxo de pessoas de Minas Gerais que trabalham no Esp�rito Santo na colheita de caf�. Os casos suspeitos s�o de moradores que fazem essa migra��o. O estado capixaba tem 137 casos confirmados da doen�a.
Assim que houve a comunica��o dos casos suspeitos no Esp�rito Santo, a SES/MG informou que enviou um alerta para todas as unidades regionais. Foram realizadas visitas em Mantena e Nova Bel�m, que fazem divisa aos munic�pios capixabas que est�o com surto da enfermidade. Nas �reas de risco, foram distribu�dos repelentes, para preven��o dos insetos transmissores da doen�a.
A doen�a
A mal�ria � mais uma doen�a transmitida por insetos. A transmiss�o � por meio da picada da f�mea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozo�rio. “Estes mosquitos s�o mais abundantes ao entardecer e ao amanhecer. Todavia, s�o encontrados picando durante todo o per�odo noturno, em menor quantidade. A mal�ria n�o � uma doen�a contagiosa. Ou seja, uma pessoa doente n�o � capaz de transmitir a doen�a diretamente a outra pessoa. � necess�rio o vetor para realizar a transmiss�o. Apenas as f�meas de mosquitos do g�nero Anopheles s�o capazes de transmitir a mal�ria”, informou a SES/MG.
Os sintomas da mal�ria s�o febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabe�a, que podem ocorrer de forma c�clica. Alguns pacientes podem ter, ainda, n�useas, v�mitos, cansa�o e falta de apetite. Em seu est�gio mais grave, a doen�a provoca aparecimento de um ou mais destes sintomas: prostra��o, altera��o da consci�ncia, dispn�ia ou hiperventila��o, convuls�es, hipotens�o arterial ou choque, hemorragias, entre outros sinais. “O tratamento deve ser iniciado imediatamente ap�s o in�cio dos sintomas, uma vez que o atraso est� associado a um maior risco de gravidade e �bito. O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a esp�cie do protozo�rio infectante; a idade do paciente; condi��es associadas, tais como gravidez e outros problemas de sa�de; al�m da gravidade da doen�a”, alertou a Secretaria. O tratamento � oferecido em todas as unidades do Sistema �nico de Sa�de (SUS).
Surto recente
Minas Gerais passou por um surto recente da doen�a. Em dezembro de 2016, seis pessoas contra�ram mal�ria no garimpo de Areinha, no munic�pio de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha. O surto levou a Secretaria de Estado de Sa�de (SES) a tomar medidas preventivas e a emitir alerta para outras cidades.