
De acordo com o suspeito, em depoimento � PCMG, uma foto �ntima, tirada por ele mesmo momentos antes de cometer o crime, desencadeou uma briga entre o casal. Ele afirmou que se relacionava sexualmente com Lu�sa em seu carro, no qual teria fotografado a situa��o �ntima.
No mesmo relato, o suspeito disse que a namorada n�o teria aceitado o registro, o que motivou a discuss�o. "Essa foto, inclusive, foi encontrada no celular dele. Mas, a gente n�o sabe concluir se esse realmente foi o motivo da briga. V�o ser feitas per�cias para demonstrar qual a data em que a foto realmente foi tirada", afirmou o delegado Rodrigo Bartolli.
Ainda segundo o delegado, destrinchar as circunst�ncias do crime contribui para averiguar se a adolescente foi ou n�o estuprada antes de morrer. "No pr�prio celular dele, n�s encontramos diversas conversas com teor de briga e amea�a. Ent�o, a gente come�a a definir que aquele realmente seria um relacionamento conturbado", detalhou Rodrigo Bartolli.
De acordo com a Pol�cia Civil, por meio do exame de corpo de delito, Luisa Retuci tinha marcas de estrangulamento e agress�es em diversos membros, o que descarta a primeira vers�o apresentada por Weslley. Na quarta-feira, quando confessou o crime e foi encaminhado ao pres�dio de Pouso Alegre, o jovem afirmou que tinha aplicado um golpe mata-le�o na companheira, mas sem a inten��o de matar.
Amigos da adolescente tamb�m estiveram no vel�rio para despedir da estudante. "Ela era muito feliz e alegre. Gostava de dan�ar e cantar bastante", contou Sabrina, uma das colegas mais �ntimas da v�tima.
Apesar da proximidade, a rela��o entre as amigas vinham se distanciando nos �ltimos meses por conta do comportamento abusivo de Weslley. "Ele proibia ela de ir � casa da av� dela e de sair com a prima dela. Na primeira vez que ele bateu nela, ele a proibiu de falar comigo. Ela at� me disse: 'amiga, agora a gente vai voltar conversar normal, porque eu vou terminar com o Weslley'", explicou a amiga.
FRAUDE PROCESSUAL. Para tentar acobertar o crime, Weslley usou o celular de Lu�sa Retuci para comunicar com a fam�lia dela. Segundo a Pol�cia Civil, ele enviou mensagens � m�e da v�tima para ludibri�-la e informou que a adolescente n�o teria o encontrado em um local combinado pelo casal. Com isso, a fam�lia concluiu que a garota estava desaparecida e come�ou a fazer buscas na regi�o.
Com intuito de manter a confian�a dos familiares da companheira, Weslley consolou os parentes da menina e contribuiu na falsa busca por ela. Ele, inclusive, recebeu R$ 20 da fam�lia para abastecer seu carro e sair pela cidade � procura da namorada.
Tudo foi desmascarado na �ltima quarta-feira, quando a m�e acionou a Pol�cia Militar (PM), justamente no mesmo per�odo de tempo em que um morador de Pouso Alegre encontrou o corpo de Lu�sa. Durante a conversa com a genitora por telefone, um sargento da PM percebeu a voz do namorado no outro lado da linha, dizendo a seguinte frase: “fala que eu passei a noite aqui”.
A suspeita se ampliou quando os militares encontraram Weslley e o irm�o da v�tima na Avenida Jo�o Batista Piffer, pr�xima ao local do crime. Ao chegar para reconhecer o corpo, a PM estranhou a frieza do namorado, o que motivou um deslocamento da pol�cia at� a casa do suspeito.
L�, eles acharam o celular de Lu�sa, roupas �ntimas e uma mochila da garota. Ap�s o levantamento dos materiais, o suspeito confessou o crime. Ele vai responder por feminic�dio, oculta��o de cad�ver e fraude processual.