(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas MONTANHAS DE HIST�RIAS

Conhe�a a Cachoeira do Tabuleiro, a mais alta de Minas, com 273 metros

Mut�vel aos olhos de quem a admira, a mais alta cachoeira de Minas marca a paisagem do parque hom�nimo e desafia os poucos visitantes. Escada de 1.500 degraus leva � sua base


26/08/2018 06:00 - atualizado 03/05/2021 14:49

Ver galeria . 11 Fotos Trilha para a travessia entre Tabuleiro e Lapinha da Serra é uma das mais tradicionais da Região SudesteLeandro Couri/EM/D.A. Press
Trilha para a travessia entre Tabuleiro e Lapinha da Serra � uma das mais tradicionais da Regi�o Sudeste (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press )


Concei��o do Mato Dentro e Santana do Riacho – Uma garganta rochosa de 273 metros de altura engole o Ribeir�o do Campo de uma s� vez. Faz o corpo h�drico despencar de t�o alto que, nas �pocas de seca, antes da metade da queda todo o jorro d’�gua se dissipa numa fina chuva. A opul�ncia da Cachoeira do Tabuleiro, em Concei��o do Mato Dentro, a 175 quil�metros de Belo Horizonte, se destaca de longe na forma��o rochosa dominante na regi�o e marca a paisagem da Serra do Espinha�o. Por mais antiga e consolidada que pare�a, a queda d’�gua mais alta de Minas Gerais se mostra mut�vel aos pontos de vista dos observadores. A incid�ncia da luz solar nas rochas tem a curiosa capacidade de fazer com que a cachoeira adquira colora��es diferentes, variando de um tom amarelado e brilhante para um vermelho opaco. � um destino muito procurado por ecoturistas e aficionados por aventuras. Contudo, o grande p�blico ainda n�o se deixou seduzir por essa atra��o natural, como j� ocorre em outros locais mais famosos. A Serra do Cip�, por exemplo, recebe cerca de 7 mil visitantes por m�s, soma que resume todos os turistas de um ano que v�o ao Parque Municipal Natural do Tabuleiro.



As duas principais atra��es do parque s�o a cachoeira e a travessia. Essa trilha mais longa percorre 27 quil�metros e cruza a Cordilheira do Espinha�o pelas serras do Intendente e do Breu, desembocando no povoado de Lapinha da Serra, em Santana do Riacho. Conjugar os dois destinos n�o � algo comum de se fazer, considerada a grande exig�ncia f�sica imposta pelos 5,6 quil�metros de trilhas de ingresso e retorno at� a queda d’�gua. Mas n�o � imposs�vel. Sobretudo depois de muitas melhorias feitas pelo parque em sinaliza��o e infraestrutura. A entrada do parque fica a 19 quil�metros de dist�ncia de Concei��o do Mato Dentro. As estradas s�o boas e muito bem conservadas, mesmo as que ainda s�o rodadas em leito de terra. O parque municipal cobra uma taxa de manuten��o de R$ 5 e uma tarifa de visita��o de R$ 5.

Vista da Cachoeira do Tabuleiro durante a noite (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Vista da Cachoeira do Tabuleiro durante a noite (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


"Mesmo quando a �gua diminui, o vento a faz virar uma chuvinha que bate no rosto da gente e � sensacional"

Juliana Nunes, frequentadora ass�dua do Parque Municipal Natural do Tabuleiro

� por uma trilha de terra clara e arenosa que se inicia a busca pelas quedas do Ribeir�o do Campo. Um avan�o pelo t�pico cerrado da Regi�o Central de Minas, onde sombras s�o raras proje��es de uma ou outra �rvore tortuosa, quando estas se erguem o suficiente para criar um abrigo. O caminho reveza trechos de ch�o e alguns poucos revestidos por pedras e massa, mais est�veis e r�pidos. Durante a seca, o pr�prio leito de c�rregos intermitentes que cruzam esse caminho auxilia na passagem. Na �poca das chuvas, a coisa muda de figura. “Para se chegar a alguns pontos do nosso parque torna-se necess�rio atravessar rios, que nos dias chuvosos podem ter aumento repentino do volume de �gua (tromba d’�gua). Este aumento poder� causar situa��es perigosas e at� mesmo arrastar pessoas ou deix�-las ilhadas, portanto, n�o � permitido o acesso a alguns pontos do parque em dias de chuva”, alerta o texto impresso no termo de responsabilidade que todos os visitantes assinam para entrar.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)



Depois de poucos metros na parte mais r�stica da trilha, chega-se a uma sequ�ncia impressionante de 1.500 degraus de eucalipto imunizado, parafusados e com corrim�os, numa descida de 150 metros at� o leito pedregoso do Ribeir�o do Campo. Antes, o acesso at� o curso d’�gua se dava por trilhas �ngremes, onde n�o eram raros os escorreg�es, deslizes e utiliza��o das m�os para avan�ar ou reduzir a velocidade. V�rios totens ajudam a calcular a dist�ncia percorrida e alertam para pontos de interesse, como mirantes que permitem avistar a cachoeira por todo o deslocamento. As obras ficaram em cerca de R$ 1 milh�o e foram custeadas em 2017 pela Anglo American, mineradora que atua na regi�o de Concei��o do Mato Dentro, por meio de condicionantes ambientais para as atividades da empresa.

Caminhada de obst�culos

Juliana e Daniel no topo da escada que dá acesso à base da queda d'água (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Juliana e Daniel no topo da escada que d� acesso � base da queda d'�gua (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

A chegada �s rochas escuras do ribeir�o � um bom momento para tomar f�lego. O abastecimento dos cantis e reservat�rios de �gua tamb�m pode ser feito ali. Mas o al�vio � apenas passageiro, pois o caminho que se segue n�o deixa de ser exigente. A �nica forma de chegar � cachoeira � seguindo por rochas do leito, muitas delas altas e esparsas. A orienta��o para o melhor caminho � feita por setas vermelhas pintadas pelo percurso e que descrevem uma trilha mais apraz�vel. Vencidos esses obst�culos, a recep��o se d� com uma refrescante chuva das got�culas d’�gua pulverizadas pela queda do ribeir�o do alto do precip�cio. No fundo da garganta se abre um espa�o com v�rias pilhas de rochas, muitas delas planas como plataformas e que servem para os turistas se esticarem e pegar um pouco de sol. Algo importante para aplacar o frio na imers�o nas �guas geladas da cachoeira e para trazer mais �nimo para o caminho contr�rio, que agora � para o alto.

Junto com um grupo de escaladores de Bras�lia, que foi treinar na Serra do Cip�, o casal Daniel Carneiro, de 33 anos, advogado, e a servidora p�blica Juliana Nunes, de 32, procurou recobrar suas for�as curtindo a Cachoeira do Tabuleiro. “Toda vez que estamos na serra fazemos quest�o de visitar o Tabuleiro”, afirma o advogado, que j� esteve cinco vezes no parque. “A estrutura melhorou demais, agora ficou mais acess�vel para as pessoas. Tornou-se uma caminhada mais tranquila de ser feita”, disse. Para Juliana, ainda que a queda tenha pouco volume na �poca da estiagem, a divers�o vale a pena. “Mesmo quando a �gua diminui, o vento a faz virar uma chuvinha que bate no rosto da gente e � sensacional. Melhora tamb�m nessa �poca a subida do rio, fica mais tranquila, com menos �gua. Aparecem tamb�m mais pedras para a gente ficar ao sol”, afirma.

 

(A LOJA ROTA PERDIDA/ROTA EXTREMA - www.rotaperdida.com.br - forneceu parte dos equipamentos usados nas expedi��es) 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)