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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Nasa monitora mata seca em Minas Gerais

Sistema que monitora parque em Minas ser� usado pela ag�ncia para validar dados colhidos por sat�lites. Expectativa � de que a visibilidade internacional ajude a conter devasta��o


postado em 08/09/2018 06:00 / atualizado em 08/09/2018 08:30

Pesquisador colhe dados do sistema de monitoramento da mata seca em parque no município de Manga, que inclui sensores com câmera. O bioma vem sendo desmatado à taxa de de 1,2% ao ano(foto: Unimontes/Divulgação)
Pesquisador colhe dados do sistema de monitoramento da mata seca em parque no munic�pio de Manga, que inclui sensores com c�mera. O bioma vem sendo desmatado � taxa de de 1,2% ao ano (foto: Unimontes/Divulga��o)

A Ag�ncia Espacial Americana (Nasa) vai usar informa��es sobre a situa��o ambiental do bioma mata seca em Minas Gerais para confrontar a precis�o de dados de sat�lites. O sistema de monitoramento instalado no Parque Estadual da Mata Seca, no munic�pio de Manga (Norte do estado), foi escolhido como fonte de dados sobre condi��es clim�ticas para ag�ncias ambientais que trabalham com a observa��o por sat�lites, entre elas a Nasa. A unidade � agora um dos 55 s�tios de pesquisa em todo o mundo inclu�dos em uma lista do Comit� sobre Sat�lites de Observa��o da Terra (Ceos), que abrange tamb�m 55 ag�ncias internacionais. A expectativa � de que isso d� visibilidade ao avan�o do desmatamento da mata seca e contribua para conter a devasta��o do bioma.

Em um ranking desses “supers�tios” elaborado pelo Ceos, o sistema de monitoramento do parque ficou em quinto lugar, conta o professor e pesquisador M�rio Marcos do Esp�rito Santo, coordenador do grupo de Pesquisas Tropi-Dry na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Implantado em 2005 pela institui��o de ensino dentro de um projeto de estudos da Rede Colaborativa Internacional de Pequisas Tropi-Dry (Mata Seca), que envolve institui��es de outros pa�ses como Canad�, Estados Unidos, M�xico, Costa Rica, Cuba e Venezuela, o sistema inclui sensores que medem a temperatura e umidade do ar e do solo, radia��o solar (fotossinteticamente ativa) e a quantidade de chuvas. A regi�o disp�e tamb�m de c�meras que acompanham mudan�as sazonais da quantidade de folhas na floresta.

“Como os dados obtidos em campo por esses instrumentos s�o mais precisos, eles ajudam a determinar a confiabilidade dos levantamentos por sat�lite, num processo chamado de LPV (Land Product Validation), a ‘valida��o em terra’”, explica o pesquisador da Unimontes. Para ele, o uso de dados da mata seca pela Nasa dar� visibilidade internacional �s condi��es do bioma e poder� atrair mais investimentos para as unidades de conserva��o. “Essa visibilidade ser� importante para a preserva��o desse tipo de floresta, que vem sendo desmatada a grande velocidade”, aposta M�rio Marcos. Segundo ele, a mata seca tem uma taxa de desmatamento de 1,2% ao ano e em torno de 52% da sua vegeta��o nativa j� foi retirada.

CAPTA��O A estrutura de monitoramento do Parque Estadual da Mata Seca � integrada por um armazenador de dados (data logger) e diversos sensores e c�meras. “Esses sensores podem estar abaixo das copas das �rvores – sub-bosque – ou posicionados em torres acima das mesmas e s�o capazes de transmitir as informa��es coletadas aos armazenadores de dados por cabos ou por frequ�ncia de r�dio (conex�o wireless)”, esclarece M�rio Marcos.

De acordo com o pesquisador, os aparelhos do sistema de monitoramento funcionam de maneira ininterrupta e s�o alimentados por pilhas e baterias recarregadas por pain�is solares. � necess�rio que um t�cnico, geralmente um bi�logo, visite o “supers�tio” regularmente para dar manuten��o nos equipamentos e baixar os dados armazenados. Al�m disso, as informa��es devem ser processados para alimentar uma base de dados on-line, chamada de Environet (https://www.enviro-net.org) e mantida pela Universidade de Alberta, no Canad�.

“Com todas as informa��es do monitoramento, al�m de validar os dados obtidos por sat�lites, � poss�vel entender como o microclima da floresta muda � medida que esta se regenera”, destaca. “Os dados s�o disponibilizados a outros pesquisadores do projeto, que podem us�-los para entender como vari�veis clim�ticas afetam a flora (produ��o de folhas, flores e frutos, por exemplo) e a fauna (atividade de micro-organismos, insetos, aves e morcegos). Al�m disso, a an�lise dos dados permitir� tamb�m verificar a tend�ncia das mudan�as clim�ticas no Norte de Minas, uma regi�o semi�rida sujeita � desertifica��o”, comenta M�rio Marcos.


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