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Estado de Minas

Laudos apontam causas de queimaduras em crian�a em cirurgia no Hospital da Baleia

A apura��o identificou que tr�s fatores causaram os ferimentos: a fa�sca de um bisturi el�trico que atingiu uma gaze, e o oxig�nio acabou servindo de combust�vel


postado em 20/09/2018 16:32 / atualizado em 20/09/2018 18:26

Incidente aconteceu durante cirurgia no Hospital da Baleia em agosto deste ano(foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)
Incidente aconteceu durante cirurgia no Hospital da Baleia em agosto deste ano (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A.Press)

Equipes t�cnicas do Hospital da Baleia, localizado na Regi�o Leste de Belo Horizonte, conclu�ram a investiga��o sobre o incidente durante uma cirurgia que provocou queimaduras no rosto e no tronco de uma crian�a de 1 ano. O caso aconteceu em agosto deste ano. A apura��o identificou que tr�s fatores causaram os ferimentos: a fa�sca de um bisturi el�trico que atingiu uma gaze, e o oxig�nio acabou servindo de combust�vel. O evento adverso, chamado de fogo cir�rgico, � considerado raro, segundo a unidade de sa�de. O beb� recebeu alta do Hospital Jo�o XXIII no �ltimo s�bado.

O incidente aconteceu em 10 de agosto durante uma cirurgia de extra��o de um cisto na p�lpebra da crian�a. O procedimento � considerado simples. Por�m, durante os trabalhos, o beb� acabou sofrendo queimaduras no rosto e no t�rax. Foram aproximadamente 20% da superf�cie corporal da crian�a foi queimado.

Logo depois do incidente, segundo o Hospital da Baleia, as investiga��es tiveram in�cio. Uma per�cia t�cnica foi realizada e uma s�rie de simula��es foram feitas, no intuito de encontrar quais foram as causas do fogo cir�rgico. “Nossas an�lises internas, baseadas nas nossas simula��es dentro do bloco cir�rgico. De todo o material dispon�vel que foi utilizado na cirurgia, nos permitiu a sugest�o de que o evento de fogo cir�rgico, que � o nome do evento adverso, tenha sido causado pela presen�a do bisturi el�trico, que � a fonte de igni��o, que causou pequeno inc�ndio em uma gaze cir�rgica. E a presen�a de oxig�nio na m�scara de anestesia ao lado, tenha produzido uma grande fonte de calor em um tempo muito curto, produzindo as queimaduras na face e no tronco”, explicou Marco Victor Hermeto, superintendente t�cnico do hospital.

Marco Victor Hermeto, superintendente técnico do Hospital da Baleia(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)
Marco Victor Hermeto, superintendente t�cnico do Hospital da Baleia (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A.Press)


Os equipamentos utilizados na cirurgia tamb�m foram avaliados, mas nenhum problema foi encontrado com eles. “No dia do evento, nossa equipe de engenharia cl�nica j� avaliou os equipamentos, os afastou, tirou de uso. Foram periciados pelas empresas representantes, que s�o respons�veis pela manuten��o, e considerados normofuncionantes, ou seja, est�o todos ok, inclusive com as manuten��es em dia. Tudo isso ser� entregue a vigil�ncia sanit�ria”, comentou Hermeto.  


De acordo com ele, o evento � considerado raro. “A literatura m�dica fala em 650 casos a cada 20 milh�es de cirurgia. Ent�o, � bastante incomum”, disse. Depois do caso, algumas medidas foram tomadas na unidade de sa�de para evitar a repeti��o deste tipo de incidente. “Fomos at� a literatura m�dica e descobrimos que existem protocolos no exterior. No Brasil n�o conseguimos identificar. Existem protocolos que acrescentam cuidados aos que j� utilizamos na cirurgia”, comentou.

O prazo de 45 dias para a investiga��o termina no pr�ximo domingo. Por�m, os laudos feitos pelo hospital ser�o entregues nesta sexta-feira. A Pol�cia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Prote��o a Crian�a e ao Adolescente (Depca), tamb�m investiga o caso. Segundo a assessoria de imprensa do �rg�o, dilig�ncias continuam acontecendo para concluir o caso.

Sequelas


Depois que a crian�a sofreu as queimaduras, ela foi encaminhada para o Hospital Jo�o XXIII, onde passou pelo tratamento de recupera��o. A transfer�ncia foi feita, segundo Marco Hermeto, pois a unidade � refer�ncia em cuidado com queimados. O beb� deixou o hospital no �ltimo s�bado. “Ela est� em casa. Parece que h� uma pequena sequela em um dos olhos, n�o posso afirmar com a certeza absoluta, porque este lapso de tempo da alta at� hoje, eu ainda n�o estive com ela. Mas, amanh� (sexta-feira) tenho uma conversa agendada com o cirurgi�o pl�stico do Jo�o XXIII para me inteirar, inclusive do que ser� feito daqui a diante, e o que o hospital pode ajudar e auxiliar”, comentou.


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