
Um servi�o do s�culo 21 para proteger moradores de uma cidade dos tempos coloniais. J� est� dispon�vel um aplicativo sobre as �reas de risco em Ouro Preto, na Regi�o Central de Minas, iniciativa considerada in�dita no estado. Segundo o analista de sistemas Rafael Gomes, da Secretaria Municipal de Planejamento e Gest�o, a ferramenta digital foi “100% desenvolvida por uma equipe de tecnologia da prefeitura em parceria com a Secretaria Municipal de Defesa Social, na qual se encontra a Defesa Civil”.
O objetivo do aplicativo denominado Defesa Civil Ouro Preto � orientar a popula��o local e tamb�m os visitantes, especialmente na temporada de chuvas, sobre os perigos de deslizamento de encostas, incluindo a �rea central, as rodovias de acesso e outros pontos. “Devido � sua geologia, Ouro Preto est� sujeita a muitos riscos”, afirma Rafael. Na elabora��o do mapa, a equipe teve como base o banco de dados do Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM).
Basta caminhar por Ouro Preto, antiga Vila Rica, para ver que a cidade tem muitos morros e constru��es na encostas. Por meio do aplicativo, o morador ou visitante poder� verificar se est� numa �rea de perigo, j� que haver� tr�s n�veis de informa��es, no aplicativo, sinalizando, cores e status “observa��o (verde), aten��o (amarelo), alerta (laranja) e alerta m�ximo (vermelho)”. Rafael diz ainda que, em conex�o com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a pessoa receber� boletins meteorol�gicos. “Queremos mesmo que todo mundo se oriente e tenha cuidado. Procurei na internet e n�o encontrei nada como nosso aplicativo, que promove a integra��o a partir de dados de v�rias fontes para ajudar o cidad�o”, resume.
COLABORATIVO
Al�m dos servi�os fornecidos sobre as �reas de risco, as pessoas poder�o ajudar com informa��es, pois a plataforma � colaborativa. Dessa forma, se algu�m estiver num local e quiser alertar sobre os riscos, poder� mandar mensagem e fotos para a Defesa Civil, em tempo real. Sem custo, o “app” j� pode ser baixado na Playstore; na pr�xima semana, ficar� dispon�vel para sistema iOS.
Para lembrar que todo cuidado � pouco, Rafael cita algumas �reas de risco, como as proximidades da esta��o ferrovi�ria, os bairros Taquaral e Piedade, onde, na d�cada de 1990, morreram soterradas v�rias pessoas de uma mesma fam�lia; e tamb�m a �rea pr�xima � rodovi�ria. Em 2012, um taxista de 28 anos morreu soterrado, durante um deslizamento, quando dormia dentro do seu carro.
“O ineditismo maior � que conseguimos unir as informa��es meteorol�gicas em tempo real, da Cemaden, com o cadastro das �reas de risco da CPRM. Assim, teremos as pessoas se protegendo e tamb�m colaborando com a Defesa Civil”, afirma Rafael, lembrando que o conceito foi todo criado pela equipe da prefeitura. “Como o banco de dados foi modelado para a prefeitura, a Defesa Civil, coordenada por Neri Moutinho, passa a ter uma ferramenta de trabalho di�rio. Se aparece um novo ponto de risco – inunda��o, deslizamento, enxurrada, casa amea�ada ou condenada, queda ou tombamento de blocos etc. –, as informa��es somadas �s vistorias ficar�o concentradas num banco de dados, facilitando as opera��es”, conclui.