Mais de 50% das obras j� conclu�das. Essa � a atual fase da restaura��o da Pra�a da Liberdade, um dos principais cart�es-postais de Belo Horizonte, que deve ser entregue at� o fim de novembro. Em entrevista exclusiva ao Estado de Minas, a presidente do Instituto Estadual do Patrim�nio Hist�rico e Art�stico de Minas Gerais (Iepha/MG), Michele Arroyo, detalhou quais ser�o as mudan�as na jardinagem e nas estruturas do complexo e apresentou altera��es na acessibilidade das ruas do per�metro, com foco nas pessoas com necessidade especiais. A proibi��o de eventos de grande porte tamb�m foi pontuada. “O projeto � de requalifica��o da pra�a, ou seja, consertar tudo o que estava estragado. Todas as demandas levantadas foram identificadas por meio de um diagn�stico e pelos usu�rios da pra�a, que apresentaram as principais quest�es: seguran�a, ilumina��o p�blica e o cal�amento.” O cronograma � tocado pelo governo estadual, a partir do Iepha, Prefeitura de Belo Horizonte e a mineradora Vale, com investimento de R$ 5,2 milh�es.
Apesar disso, o complexo ser� entregue com mais �rvores do que antes das obras. Palmeiras, ip�s, ciprestes, tipuanas e magn�lias est�o entre as novidades. “Teremos a incorpora��o de mais ou menos 20 novas �rvores na pra�a. Hoje, a sensa��o � de que a falta vegeta��o por causa da supress�o e porque ainda n�o houve o replantio. Tamb�m h� muitas �rvores que n�o est�o floridas por causa da �poca do ano, caso dos ip�s. Mas isso tudo vai melhorar depois da conclus�o.” Ainda assim, a previs�o � que a exuber�ncia total da Pra�a da Liberdade s� chegue seis meses depois do plantio, de acordo com ela.
Tamb�m haver� um controle do que ser� plantado depois da conclus�o, por meio de um plano de manejo. “Agora, na hora em que vier podar o ip�, vai fazer o trabalho para que a vegeta��o flores�a de maneira adequada e mantenha sua estrutura”, diz.
EVENTOS Durante o carnaval, � comum ver blocos de carnaval passando pela Pra�a da Liberdade. O mesmo vale para shows e demais programa��es culturais, que instalam at� mesmo palcos e tendas. Entretanto, a partir da reabertura do espa�o, essas iniciativas ser�o proibidas. “O Iepha proibiu eventos de grande e m�dio portes. Esses �ltimos v�o para as alamedas laterais e os de maior p�blico v�o para outros locais”, ressalta Michele Arroyo.
Para atender os turistas e belo-horizontinos com necessidades especiais, o Iepha realiza diversas mudan�as na acessibilidade da Pra�a da Liberdade. Entre elas est� a mudan�a das faixas de pedestre, que passam a seguir uma linha reta, e acabar com os obst�culos, como postes, no caminho. O �rg�o tamb�m fez um estudo para criar uma sinaliza��o especial para as travessias e entradas do cart�o-postal. Al�m disso, v�rias maquetes t�teis ser�o instaladas, para que o deficiente visual tenha uma experi�ncia mais agrad�vel.
A ilumina��o da pra�a ser� alterada para garantir a seguran�a do visitante. Os novos equipamentos v�o valorizar a arquitetura e a infraestrutura do local e acabar com a escurid�o que marcou o lugar nos �ltimos anos. Ser�o instaladas l�mpadas de LED em 60 postes de luz: 33 de estilo republicano, que ficavam �s margens, ser�o reposicionados na parte interna, al�m dos outros 27 j� existentes na parte interna. O entorno da pra�a e as ruas ao redor do ponto tur�stico receber�o postes decorativos em a�o galvanizado na cor cinza-chumbo.

CORETO Para criar uma integra��o entre todo o Complexo da Liberdade, o Iepha vai estender a via de cal�amento da pra�a at� o Pal�cio da Liberdade, antiga sede do governo estadual.
Na parte interna, o coreto ser� restaurado, voltando aos tijolinhos que remetem ao s�culo 19. Haver� a retomada da cor original, danificada por picha��o e rabiscos. O piso e as ferragens ser�o as mesmas, por�m reformados. A ninfa, escultura conhecida do complexo, ganhar� um novo bra�o, e a fonte tamb�m destru�da por v�ndalos, ser� refeita.
O mobili�rio (bancos) tamb�m ganhar� nova configura��o, com pe�as conjuntas e individuais. Todos os outros monumentos passar�o por obras e ganhar�o placas explicativas. Essas informa��es j� existiam, mas foram roubadas desde a �ltima obra na Pra�a da Liberdade, conclu�da na d�cada de 1990.