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Estado de Minas

Dnit credita baixa qualidade nas BRs de Minas � falta de investimentos

�ndice de rodovias federais em bom estado de conserva��o que cortam Minas despenca e o de estradas em situa��o p�ssima quintuplica


postado em 11/10/2018 06:00 / atualizado em 11/10/2018 07:53

Buraco na pista denuncia deterioração de estrada, um quadro que se repete país afora (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press - 17/12/2017)
Buraco na pista denuncia deteriora��o de estrada, um quadro que se repete pa�s afora (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press - 17/12/2017)
 

Buracos, remendos no asfalto, sinaliza��o prec�ria, vegeta��o alta. Esses s�o alguns problemas enfrentados por motoristas que trafegam por rodovias federais que cortam Minas Gerais. Em 12 meses, essas avarias aumentaram, como mostram os dados da segunda edi��o do �ndice de Condi��o da Manuten��o (ICM), divulgada ontem pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em um ano, as estradas consideradas p�ssimas aumentaram cinco vezes, enquanto as vias classificadas como boas diminu�ram aproximadamente 12 pontos percentuais. O Dnit credita o resultado ruim � diminui��o de repasse de recursos destinados � infraestrutura rodovi�ria.

A pesquisa mostra que o estado de conserva��o das rodovias pavimentadas em Minas Gerais est� piorando ao longo dos meses. Os dados de 2018 apontam que 59,7% das rodovias mineiras sob responsabilidade do Dnit, �ndice que representa 4 mil quil�metros, est�o em bom estado de conserva��o. Para outros 19,6%, aproximadamente 1,3 mil quil�metros, a classifica��o � regular, 5% (338 quil�metros) est�o ruins, e 15,7% (1 mil quil�metros) em situa��o considerada p�ssima.

A compara��o com o levantamento realizado de 2017 mostra que faltaram a��es para manter o bom estado das estradas. Na primeira edi��o do ICM, 72% das rodovias mineiras foram consideradas boas. Em 12 meses, a queda das estradas em bom estado foi de 12,3 pontos percentuais. J� as consideradas em estado regular representavam 18% do total, �ndice que permaneceu praticamente est�vel de um per�odo para o outro. O mesmo ocorreu com os trechos considerados ruins. Em 2017, correspondiam a 6% do total, tendo uma pequena queda em 2018, de um ponto percentual.  A grande diferen�a foi mesmo nas estradas em p�ssimo estado. No ano passado, apenas 3% estavam nesta situa��o. Um ano depois, esse �ndice saltou para 15,7%.

Os dados refletem a situa��o no pa�s. Neste ano, a pesquisa mostrou que 59% das estradas a cargo do Dnit em todo o territ�rio nacional est�o em bom estado de conserva��o, 18% em estado regular; 10% em situa��o ruim e 13% est�o p�ssimas. No primeiro levantamento, 67,5% das rodovias estavam em bom estado; 21% regulares; 7%, ruins; e 5% p�ssimas. 

MENOS RECURSOS
Em texto sobre o estudo,  o Dnit afirma que a queda coincide com a diminui��o dos recursos destinados � infraestrutura rodovi�ria. “Nos �ltimos quatro anos, a m�dia do or�amento do Minist�rio dos Transportes para o setor rodovi�rio caiu 28%, passando de R$ 9,66 bilh�es, entre 2011 e 2014, para R$ 6,97 bilh�es, de 2015 a 2018”, disse. “A redu��o provocou uma varia��o negativa de 22% nos recursos para manuten��o e conserva��o das rodovias no comparativo entre esses dois per�odos citados. No entanto, nos �ltimos quatro anos, o minist�rio tem direcionado mais da metade do seu or�amento (54%, em m�dia) para a manuten��o da malha federal”, completou.

A pesquisa foi feita pelo Dnit com o objetivo de apresentar uma radiografia das condi��es da malha federal. O ICM � obtido com a soma do �ndice do pavimento – que tem peso de 70% na nota final – com o �ndice de conserva��o. Os crit�rios para avalia��o do pavimento consideram a ocorr�ncia e a frequ�ncia de defeitos no pavimento, enquanto os de avalia��o da conserva��o analisam a ro�ada (altura da vegeta��o), a drenagem (dispositivos superficiais) e a sinaliza��o (elementos verticais e horizontais). 

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


METODOLOGIA
Para se ter ideia, uma estrada considerada em boas condi��es precisa n�o ter buracos, registrar poucas ocorr�ncias de remendos e/ou trincas, ter canteiros centrais e �reas vegetais laterais podadas e sinaliza��o vis�vel. J� as consideradas ruins ou p�ssimas t�m v�rios remendos, as chamadas panelas, que s�o cavidades na pista, sinaliza��o prec�ria e mato alto.

Equipes t�cnicas do Dnit percorreram cada rodovia da malha federal pavimentada para realizar o levantamento. Foi feito um georreferenciamento das estradas por sat�lite. As rodovias de pista simples s�o avaliadas em um sentido, considerando as duas faixas. As de pista dupla, nos dois sentidos, de forma independente. Depois disso, os dados foram registrados no aplicativo criado pela �rea de engenharia do �rg�o para conclus�o do levantamento e elabora��o do relat�rio.

 

 

Palavra de especialista


 

M�rcio Aguiar, mestre em engenharia de transportes

Deteriora��o constante

“H� muito tempo temos um n�vel de investimento muito pequeno dos governos no setor de transporte. No caso de Minas, que tem a maior malha vi�ria do pa�s, faltaram tamb�m investimentos nas estradas a cargo do governo do estado (n�o analisadas no estudo). A situa��o est� cada vez se deteriorando mais. As estradas est�o com problemas na pavimenta��o e tamb�m na capacidade das vias. Muitas das rodovias federais t�m que ser duplicadas. S�o vias importantes. Quando n�o tem manuten��o, as chuvas provocam destrui��o. Estamos em um momento de transi��o. Nesta �poca de elei��o, nada aconteceu em termos de investimento. Nossa expectativa � que o pr�ximo governo, seja l� quem for, recupere e fa�a um trabalho de moderniza��o nas rodovias”


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