A a��o eficiente das pol�cias Militar e Civil colocou fim ao sequestro de uma fam�lia e da empregada de um gerente do Banco do Brasil cometido por bandidos em Matozinhos, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Tr�s suspeitos foram detidos na noite de ontem. As v�timas foram feitas ref�ns com o objetivo de retirar dinheiro do cofre da ag�ncia, o “crime do sapatinho”. O delegado Ramon Sandoli, da Delegacia Antissequestro da Pol�cia Civil, acredita que sejam bandidos profissionais nessa modalidade, possivelmente de Minas Gerais. Ao perceberem que a a��o foi frustrada pela presen�a das pol�cias Civil e Militar na ag�ncia banc�ria, o grupo liberou a empregada em Ribeir�o das Neves, na Grande BH, e a fam�lia na Pra�a S�o Vicente, no Bairro Padre Eust�quio, Regi�o Noroeste de Belo Horizonte.
Tudo come�ou na noite de quinta-feira. O gerente do Banco do Brasil sa�a do trabalho, por volta das 18h, quando percebeu que seu carro estava com o pneu furado. Quando se abaixou para conferir, foi abordado e rendido por dois criminosos. De l�, os tr�s foram at� a casa do gerente, onde tamb�m foram mantidos ref�ns sua esposa e dois filhos do casal, de 6 e 12 anos. Por volta das 23h, a mulher e as duas crian�as foram colocadas em um porta-malas de um carro pequeno e levados para um cativeiro.
Na manh� de ontem, mais uma ref�m: dessa vez a empregada da fam�lia, que chegava para trabalhar. “A amea�a deles era que o gerente deveria chegar ao banco normalmente, abrir o cofre, retirar o dinheiro, aguardar o sinal deles, sair e entregar as notas, para depois libertar a fam�lia dele e sua funcion�ria”, afirma Sandoli.
Antes que o roubo se consumasse, as pol�cias Civil e Militar cercaram a ag�ncia do BB, onde o gerente estava. Inicialmente, foi cogitada a presen�a de pelo menos um dos bandidos com ele, o que exigiu cautela dos policiais, segundo Sandoli. “N�o temos como saber se em algum momento os criminosos estavam pr�ximos de n�s”, diz o delegado. O porta-voz da PM, major Fl�vio Santiago, disse que o setor de seguran�a do BB informou � corpora��o de que alguma coisa estaria errada na ag�ncia, alertando os militares para um poss�vel crime.
A partir da� o foco do trabalho passou a ser buscar a liberdade dos ref�ns, que estavam em local incerto. �s 11h a empregada foi libertada em Ribeir�o das Neves. Uma hora depois, a mulher e os filhos do gerente foram deixados na Pra�a S�o Vicente. “Eles n�o chegaram a aterrorizar a fam�lia com palavras, apesar de que a pr�pria situa��o j� � aterrorizante”, disse a delegada Priscila Pereira Santos, que est� respondendo pela Delegacia de Matozinhos.
Parentes da fam�lia sequestrada se aglomeraram na porta da delegacia o dia todo, buscando informa��es. O marido da empregada sequestrada disse que esse � o segundo caso de pol�cia envolvendo a fam�lia. “Na primeira vez fui eu que fiquei sob o poder de bandidos quando a mudan�a deles estava vindo para Matozinhos”, afirma o homem que n�o quis se identificar. A Pol�cia Civil n�o comentou o caso citado.
DESAFIO Quadrilhas especializadas no “crime do sapatinho” j� atacaram Minas Gerais 15 vezes neste ano, levando a Pol�cia Civil a enfrentar a modalidade. Dezessete pessoas suspeitas de envolvimentos com os bandos foram presas nesse per�odo. O desafio das pol�cias � saber dos ataques o quanto antes, como ocorreu ontem em Matozinhos, para que tudo termine bem.
A Pol�cia Civil trabalha com uma autoria diferente dos demais casos ligados ao grupo preso em um trabalho entre os meses de junho e agosto. Ramon Sandoli destaca que foram frustradas cinco a��es na ocasi�o, sendo tr�s na fase de planejamento e duas com enfrentamento entre bandidos e policiais, nas cidades de Jeceaba (Regi�o Central) e Capim Branco (Grande BH).