PUC tra�a perfil da migra��o em Minas. Conhe�a pa�ses campe�es

Eles e elas vieram “de outras terras, de outro mar” para trabalhar, refazer a vida no ex�lio e, gra�as � ajuda humanit�ria, encontrar novos caminhos. S�o os imigrantes que, de 2010 a 2016, totalizaram cerca de 35,3 mil pessoas em Minas, a maior parte dos Estados Unidos (10%), Alemanha (5%), Argentina (5%), Col�mbia (5%) e Haiti (4,8%). Para mostrar essa realidade, ser� lan�ado nesta quarta-feira, �s 14h, no audit�rio 1 do pr�dio 4, no c�mpus Cora��o Eucar�stico da PUC Minas, um trabalho in�dito no estado. Trata-se da primeira vers�o do Atlas da Migra��o Internacional de Minas Gerais, no qual � poss�vel fazer consultas por idade, sexo, munic�pio de resid�ncia, pa�s de nascimento e ocupa��o declarada, conforme registro no Sistema de Cadastro e Registro de Estrangeiro da Pol�cia Federal (Sincre/PF).

Apenas em vers�o digital e de autoria dos professores Duval Magalh�es Fernandes e Paulo Fernando Braga Carvalho, do programa de p�s-gradua��o em geografia – Tratamento da informa��o Espacial da PUC Minas, o atlas � produzido pelo Observat�rio das Migra��es Internacionais do Estado de Minas Gerais (OBMinas), do qual faz parte o programa de p�s-gradua��o e outras institui��es como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), UniBH, Univale, Instituto Izabela Hendrix, Servi�o Jesu�ta de Migra��o e Ref�gio-SJMR e apoio do CNPq, Capes e Fapemig.

Com dados para pesquisas e estudos, e podendo ser alimentado constantemente, o trabalho tem tamb�m um fundamento de cidadania, afirma o professor Duval. “� de import�ncia para quem est� na escola, para os jovens de maneira geral, a fim de que seja combatida a xenofobia (avers�o a estrangeiros). As pessoas costumam ter medo do que n�o conhecem, ent�o � bom lembrar que os imigrantes n�o est�o aqui para tomar empregos”. As plataformas digitais inicialmente com registros da Pol�cia Federal, v�o, gradativamente, recebendo n�meros de emprego/desemprego, sa�de, a��es sociais e outros. “Vivemos um momento pol�tico e social em que precisamos conhecer a realidade de outros povos e evitar o fanatismo. Temos, como exemplo, a trajet�ria de um haitiano que chegou a Belo Horizonte e, em breve, vai abrir um restaurante com todos os empregados daqui”, destaca o professor.

O processo de imigra��o internacional foi fundamental na forma��o de Minas e esses novos fluxos imp�em grandes desafios para as pol�ticas p�blicas, principalmente na �rea da educa��o, como mostra na apresenta��o do atlas a coordenadora do Programa de P�s-gradua��o em Geografia, professora Ana M�rcia Moreira Alvim. “O conhecimento da realidade daqueles de outros pa�ses que vivem nas nossas cidades � o primeiro passo para a sua integra��o. Uma eficiente forma de se combater o racismo e a xenofobia � trabalhar a constru��o da cidadania desde os primeiros passos da socializa��o, via integra��o dos imigrantes ao espa�o escolar, permitindo conhecimento m�tuo e, com isso, o aprendizado da realidade do outro, da sua cultura e tradi��es”, afirma.

O atlas tem como proposta manter atualiza��es constantes, incorporando informa��es de outras fontes que tratam da migra��o internacional no estado “de forma a oferecer �s escolas, � sociedade e �s autoridades p�blicas” instrumentos que possam contribuir para o aprimoramento de pol�ticas p�blicas e oferecer uma ferramenta a ser usada no ensino da geografia nos diferentes n�veis do sistema educacional.

Os interessados em acompanhar os dados do Atlas da Migra��o Internacional de Minas Gerais podem acompanhar os dados por aqui.O programa tamb�m permite o acompanhamento de atualiza��es do atlas; para se cadastrar e receber not�cias clique aqui.