Recebeu alta do Hospital S�o Lucas, em Patos de Minas, no Alto Parana�ba, o beb� que foi retirado do �tero da m�e, Mara Cristina Ribeiro da Silva, de 21 anos, em Jo�o Pinheiro, cidade vizinha. De acordo com a assessoria de imprensa da unidade de sa�de, a menina deixou o local no �ltimo s�bado. A respons�vel pelo crime brutal, Angelina Ferreira Rodrigues, de 40, foi indiciada pela morte da jovem e outros dois crimes.
O assassinato chocou a cidade de 48,5 mil habitantes. Mara desapareceu em 15 de outubro e o corpo dela foi encontrado no dia seguinte por pessoas que passavam em um matagal pr�ximo ao Km 143 da BR-040, perto de um antigo posto da Pol�cia Rodovi�ria Federal (PRF). As buscas foram intensificadas depois de Angelina ir a um hospital com uma rec�m-nascida, junto com o marido, dizendo que a filha era sua. Desconfiados, os funcion�rios da unidade de sa�de acionaram a Pol�cia Militar (PM) e a mulher acabou confessando o crime.
Em depoimento, cujo teor foi divulgado pela Pol�cia Civil, Angelina deu detalhes do crime macabro. Ela confessou ter planejado toda a trama para retirar a crian�a de Mara. De acordo com relato da mulher, primeiro ela informou que atraiu a v�tima para um matagal �s margens da BR-040. L�, ela atirou �lcool contra o rosto da v�tima e a estrangulou com um fio de metal. Ainda segundo a autora confessa, logo depois de enforcar a Mara, ela pendurou o corpo em uma �rvore e fez o parto clandestino utilizando uma faca de cozinha. Conforme o depoimento de Angelina � pol�cia, a v�tima ainda estava viva quando a crian�a foi retirada. As armas usadas no crime ainda est�o sendo procuradas.
A mulher disse ainda que depois de assassinar Mara, ela chamou o marido e, junto com o rec�m-nascido, foi at� o Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro. Ela chegou � unidade de sa�de na noite de segunda-feira. A PM foi acionada por funcion�rios que relatavam a entrada de uma paciente bastante agitada, com uma rec�m-nascida no colo, afirmando que acabara de dar � luz. Entretanto, de acordo com os funcion�rios da unidade de sa�de, ela caminhava normalmente e se recusou a ser atendida por um m�dico obstetra, situa��o incomum em casos de parto.

Ao chegar ao hospital, policiais militares encontraram familiares em busca da v�tima, que afirmaram que Mara estava gr�vida de oito meses e que a mulher que havia ido � institui��o morava com ela desde s�bado. Al�m disso, uma testemunha, que seria vizinha das duas mulheres, disse que por volta das 13h30 daquele dia viu Angelina saindo com Mara e sua outra filha de 1 ano. Com os ind�cios, Angelina acabou confessando o crime.
Angelina e Roberto tiveram a pris�o decretada. A rec�m-nascida foi atendida no Hospital Municipal de Jo�o Pinheiro e transferida para o Hospital S�o Lucas, em Patos de Minas, no Alto Parana�ba, onde se recuperava de um corte na cabe�a sofrido durante as agress�es � m�e. Em setembro, Angelina postou foto dela segurando sapatinhos de beb� junto � barriga de gr�vida e desejando boas-vindas � suposta filha. "Seija (sic) bem-vinda Emanuelley Vit�ria", escreveu no Facebook.
Indiciamento
O delegado Anderson Rosa da Silva, respons�vel pelas investiga��es indiciou Angelina por dar parto alheio como pr�prio, subtra��o de incapaz e homic�dio qualificado por motivo f�til, meio cruel, � trai��o e mediante emboscada para oculta��o de outro crime. O marido de Angelina, Roberto Gomes de Souza, de 57 anos, chegou a ser preso mas n�o foi indiciado. Segundo a pol�cia, ficou indicado nos autos que ele realmente n�o teria participado do crime. O inqu�rito foi remetido � Justi�a.