postado em 30/10/2018 11:40 / atualizado em 30/10/2018 14:57
Ao final do processo, foram contabilizados 53 animais manejados pela prefeitura (foto: Cristina Horta/EM/D.A Press - 23/01/2014)
O manejo das capivaras que vivem na orla da Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte, foi conclu�do. O an�ncio foi feito pela Prefeitura da capital na manh� desta ter�a-feira em entrevista coletiva no Parque Ecol�gico. Mais de 50 animais foram esterilizados e nos pr�ximos anos a �rea continuar� sendo monitorada.
Segundo a prefeitura, o censo feito em fevereiro deste ano mostrou que 65 animais estavam presentes na regi�o. Ao final dos trabalhos, foram encontrados 53 roedores manejados. Isso se deve � popula��o din�mica dos animais, que podem ter morrido de forma natural, doen�as ou ataques de jacar�s, segundo o gerente de Defesa dos Animais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Leonardo Maciel. Cinco animais morreram ap�s a cirurgia, mas o laudo da necr�psia mostrou que eles estavam com parasitas internos e anemia.
As esteriliza��es das f�meas e vasectomia dos machos come�ou pelos que vivem dentro do parque, onde existe a maior concentra��o. J� em julho, foram instaladas as cevas de captura na orla, onde foi conclu�do o manejo previsto para este ano.
A prefeitura j� informou que pretende continuar com os trabalhos em 2019 e 2020, na expectativa de uma pol�tica p�blica de controle da febre maculosa e manejo dos animais. Atualmente, todas as capivaras da Pampulha est�o identificadas e com diagn�stico cl�nico e laboratorial. Caso um novo animal chegue � lagoa ele ser� esterilizado para impedir o processo de reprodu��o.
Segundo o secret�rio de Meio Ambiente de BH, M�rio Werneck, mantendo uma pol�tica p�blica s�lida permanente de controle desses animais, a popula��o ficar� cada vez mais longe da febre maculosa, doen�a causada pela bact�ria Riquettsia riquettsii. A bact�ria, por sua vez, � transmitida da capivara para o carrapato, que pica o homem causando a enfermidade.
“As pessoas t�m que se conscientizar de que o carrapato n�o est� totalmente extirpado. � um trabalho cont�nuo. A seguran�a existe, mas as pessoas t�m que tomar cuidado ao passear com os filhos”, diz Werneck, que destaca a import�ncia de cuidados b�sicos, como observar a presen�a de carrapatos ap�s o passeio em um parque, por exemplo, e uso de roupas brancas para facilitar a observa��o desse tipo de animal.
Leonardo Maciel, Eduardo Viana, M�rio Werneck, e S�rgio Augusto Domingues falam sobre as capivaras da Pampulha (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
FEBRE MACULOSA “A coleta e controle de carrapatos continua sendo realizada juntamente � pesquisa da presen�a da bact�ria causadora da febre maculosa em seu interior”, explica a prefeitura. As capivaras est�o entre os animais que s�o v�timas do carrapato-estrela, transmissor da doen�a. Os roedores tamb�m receberam carrapaticida como parte do manejo. “O que se espera � a diminui��o tanto do n�mero geral de carrapatos quanto do n�mero de carrapatos contaminados especificamente”, afirma o munic�pio.
Com base nos trabalhos conclu�dos em 2018, a prefeitura espera obter resultado favor�vel no final de 2020. Por enquanto, a PBH alerta que o risco de cont�gio com a febre maculosa ainda � real. “Uma importante forma de preven��o � que as pessoas procurem carrapatos pelo pr�prio corpo e pelo corpo das crian�as sempre que realizarem atividades ao ar livre em toda a regi�o metropolitana, pois a febre maculosa � end�mica no Sudeste do pa�s”, orienta.
