Para algumas pessoas, os animais de estima��o s�o como algu�m da fam�lia. E entre tantos cuidados que os donos se disp�em a ter com seus fieis amigos, o momento da despedida n�o poderia ser diferente. Marcar o encerramento do ciclo de conviv�ncia e manter a mem�ria – como ocorre entre humanos – se tornaram preocupa��o, marcada por emo��o em sepultamentos ou crema��o de pets. Nesta sexta-feira, no Dia dos Finados, n�o faltaram manifesta��es de saudade no Cemit�rio Cremat�rio dos Animais A Reviver, em Betim, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. Dezenas de visitantes estiveram no local para prestar homenagem a animais queridos, entre cachorros, gatos, peixes, galos, coelhos e at� mesmo um jabuti.
E Lola divide espa�o com outros 12 mil animais - no �ltimo feriado de Finados, aproximadamente 400 pessoas passaram pelo local. A s�cia-propriet�ria do cemit�rio, K�nia Camargo, conta do constante crescimento na procura por esse tipo de servi�o e da import�ncia de se encerrar um ciclo. “� preciso lidar com o luto humano e do pet tamb�m. � como um encerramento de um ciclo na vida da fam�lia. Os animais s�o t�o importantes que se torna necess�rio acompanhar o processo at� o final. Sepult�-lo ou enterr�-lo deixa o cora��o das pessoas em paz. Antes, as pessoas descartavam o pet em qualquer local, mas � justo dar um final digno para um bichinho que j� te deu tanto carinho”, disse. Ela conta que, mensalmente, em m�dia, 70 animais s�o sepultados e cinco cremados. “Por conta da religi�o e da tradi��o, as pessoas ainda preferem enterrar”, acrescentou.
Marilena Veira, de 73, tamb�m visita as l�pides dos seus pets. L�, mais de 30 est�o enterrados. “Minha filha � veterin�ria, ent�o trazemos os nossos animais ou animais de rua de que tamb�m cuidamos”, contou ela que, em casa, tem cinco cachorros. “� o maior amigo que se tem. Voc� pode castig�-lo que, em poucos minutos, ele te defende. Sempre visito seres humanos, mas n�o fazia isso com os animais. Vim no ano passado e n�o quero faltar”, afirmou.
E engana-se quem pensa que s� cachorros e gatos est�o descansando ali. K�nia conta que, entre tantos animais, est� uma jabuti de 11 anos e v�rios peixes. O cemit�rio existe desde 1998 e se destina a atender os protetores de animais e disponibilizar um local apropriado para o destino dos bichos de estima��o que morreram. H� op��o de sepultamento (R$ 660 a R$1500) e crema��o convencional (R$ 420 a R$ 1.200). De acordo com informa��o da p�gina do cemit�rio na internet, � cobrada uma taxa de manuten��o anual de 15% do sal�rio m�nimo.