
No acidente morreram Alessandro Monare, 38; Belkis da Silva Miguel Monare, 35; e Samuel da Silva Miguel Monare, 8. O filho mais novo do casal, de seis anos, foi o �nico sobrevivente. A fam�lia estava voltando de uma viagem a Goi�s (GO) para Campinas (SP), quando ocorreu o acidente,na altura do km 44. O ve�culo caiu em uma ribanceira, de aproximadamente tr�s metros de altura, e foi localizado dois dias ap�s os fatos – quando a crian�a conseguiu escalar o buraco e acessar a pista.
A princ�pio, familiares registraram o desaparecimento dos Monare, j� que n�o havia informa��es do acidente. No dia 9, quando foram localizados, houve acionamento da per�cia e foi instaurado o inqu�rito policial pela para apura��o dos fatos.
De acordo com o delegado respons�vel pelo caso, Rodrigo Luis Fiorindo Faria, a investiga��o contou com dilig�ncias e levantamentos da equipe de investiga��o, declara��es diversas, al�m de laudos periciais e de necropsia. “Pelo que apuramos, a condutora participou de uma festa na noite anterior, n�o descansou, e pela manh� saiu de Uberl�ndia, com outras duas mulheres, para votar em Araguari. O acidente ocorreu no retorno, por volta de 10h30, quando o carro dela invadiu a pista da esquerda, colidindo com ve�culo da fam�lia”, informou por meio da assessoria de imprensa.
O delegado ainda explica que considerando a din�mica e circunst�ncias dos fatos, o indiciamento da investigada foi com base no crime de homic�dio previsto no C�digo Penal e n�o no C�digo de Tr�nsito Brasileiro. “Todo esse aspecto denota a descaracteriza��o da culpa. Ela n�o se preocupou com a seguran�a das pessoas nas vias por onde passou, ent�o previu que poderia produzir o resultado e, mesmo assim, continuou assumindo o risco do resultado que veio a causar”, observa.
Neglig�ncia Entretanto, o testemunho de um casal levantou ind�cios de neglig�ncia dos socorristas da Pol�cia Rodovi�ria Federal e da MGO, concession�ria respons�vel pela administra��o da rodovia.“Buzinamos alto na porta da MGO. Eles sa�ram e minha esposa contou que dois carros tinham acabado de capotar”, afirmou o homem, em entrevista � TV Record, na semana do acidente. Na ocasi�o, a PRF e a MGO atenderam apenas os ocupantes de um ve�culo, um Gol branco.
Em rela��o � responsabiliza��o da concession�ria que administra a rodovia, o Delegado Rodrigo Faria informa que, at� o momento, ap�s ouvir v�rios funcion�rios, n�o ficou caracterizado dolo na omiss�o de socorro, portanto, n�o havendo indiciamento no �mbito criminal de pessoa f�sica. “Contudo, ser� encaminhada c�pia do inqu�rito ao Minist�rio P�blico Federal, que ficar� a cargo, no que julgar cab�vel, em rela��o a poss�vel il�cito civil e administrativo na quest�o da seguran�a da via e outros aspectos”, conclui. O procedimento da PCMG ser� remetido � Justi�a na pr�xima semana.