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Estado de Minas

Rapper do Mato Grosso do Sul vence duelo nacional de MCs em Belo Horizonte

Miliano, de 25 anos, venceu a final do Duelo de Mcs, que lotou a Rua Aar�o Reis, no Centro da capital


postado em 17/12/2018 06:00 / atualizado em 17/12/2018 07:50

Miliano, de 25 anos, não escondeu a emoção ao conquistar o primeiro lugar na disputa, que levou milhares de pessoas à Rua Aarão Reis, perto do Viaduto Santa Tereza(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Miliano, de 25 anos, n�o escondeu a emo��o ao conquistar o primeiro lugar na disputa, que levou milhares de pessoas � Rua Aar�o Reis, perto do Viaduto Santa Tereza (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)

Milhares de m�os erguidas por toda a Rua Aar�o Reis formavam um mar de gente que mudou a paisagem do Centro de Belo Horizonte na tarde de ontem. A multid�o se estendia at� o Viaduto Santa Tereza, onde centenas de ouvidos mantinham-se atentos �s rimas dos mestres de cerim�nia Miliano (Mato Grosso do Sul), Djah (Goi�s), NG (Minas Gerais) e Dre Ara�jo (Santa Catarina). Os quatro disputaram as semifinais e a final nacional do Duelo de MCs, evento realizado pela Fam�lia de Rua, h� 11 anos, embaixo do Viaduto Santa Tereza na capital mineira. Cerca de 10 mil pessoas acompanharam a final nacional do Duelo de MCs. O grande vencedor foi o rapper de Dourado (MS), Miliano. Nas rimas, demonstrou conhecimento de Belo Horizonte, com versos que citavam pontos da capital mineira, como a Lagoa da Pampulha.

Miliano, de 25 anos, disputou o duelo pela segunda vez e realizou sonho acalentado na cidade no interior de Mato Grosso Sul com 210 mil habitantes. “Comecei a rimar em 2009, mas passei a me dedicar fortemente em 2016. O duelo � o maior evento de free style do Brasil. A energia � maravilhosa. � a realiza��o de um sonho estar aqui. Estou sem palavras”, afirmou o jovem. Na edi��o do ano passado, ele foi eliminado nas quartas de final. “O advers�rio a gente s� sabe na hora do sorteio. Tem que ser no improviso”, diz. Nos versos, disse que o mineiro NG fugia da batalha, como o presidente eleito Jair Bolsonaro, que escapou dos debates durante a campanha.

Os competidores disputam quem cria a melhor rima no improviso. Frente a frente, como repentistas, usam quase tudo para desestabilizar o advers�rio. Mas, para seguir o lema do duelo, que � respeito, os rappers deixam de lado palavras machistas, homof�bicas e racistas, abrindo espa�o para a diversidade.

Dre Araújo representou aforça feminina nas semifinais do concurso:
Dre Ara�jo representou afor�a feminina nas semifinais do concurso: "Estou aqui gra�as �s mulheres que lutaram l� atr�s"%u2019, disse (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


Pela terceira vez, uma mulher chegou � semifinal do duelo, Dre Ara�jo. “A cena est� crescendo muito e eu estando aqui fortalece muito. O rap � machista, as batalhas de MCs s�o machistas. A presen�a da mulher no Duelo de MCs vai al�m disso. � uma quest�o de luta. Estou aqui gra�as �s mulheres que lutaram l� atr�s. Temos v�rias refer�ncias agora: Rap Plus Size, Palavra Feminina, Brisa Flor. Muitas mulheres lutam para que a gente possa se igualar no rap”, afirmou Dre, que disputou a semifinal com Miliano. O mesmo pensa a produtora L�zara dos Anjos, que comemorou o respeito � diversidade. “Venho no duelo desde os primeiros anos. A Fam�lia de Rua prega o respeito. Por isso, eu, uma travesti, posso estar aqui hoje”, afirmou.

O p�blico foi ao del�rio, quando o rapper Djonga subiu ao palco na tarde de ontem. “� o maior movimento do Brasil, maior batalha de MCs do mundo. N�o tem conversa. Est� cada vez mais bonito, cada vez agrega mais p�blico. Ano que vem vai ser maior”, afirmou. Um dos principais nome do rap nacional, Djonga estava torcendo para o conterr�neo. “Estava torcendo para NG, de Minas, mas, quando o outro merece, n�o tem ideia. Tomara que Miliano tenha bastante sucesso e progresso na carreira, que seja um cara importante para a cultura hip hop no Brasil.” Tamb�m se apresentou Heli�o, um dos pioneiros do rap brasileiro e integrante do grupo RZO, de S�o Paulo.

O secret�rio Juca Ferreira acompanhou a final do duelo. “Esse � um dos g�neros musicais preferidos pela juventude hoje no Brasil. N�o s� a juventude perif�rica. O hip hop representa os anseios, as demandas e a rebeldia, as cr�ticas que os jovens t�m em rela��o � sociedade e transmitem isso da melhor maneira poss�vel. Esse � o evento mais importante da cena no Brasil. Fiquei sabendo h� dois anos. Meu filho, que � aficionado por rap, foi quem me contou. Quando nem pensava em vir para Belo Horizonte, ele me disse: ‘O evento mais importante de hip hop do Brasil fica embaixo do Viaduto de Santa Tereza’”, lembrou Juca.

(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)


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