
Com 40% das l�mpadas amarelas substitu�das pelas luzes de LED, a capital est� n�o s� mais clara, mas tamb�m mais econ�mica. A queda do consumo de energia, de 361.218,2kWh quando a substitui��o foi inciada, em outubro de 2017, para os atuais 334.795kWh, abriu espa�o para uma boa not�cia para o consumidor: o prefeito Alexandre Kalil (PHS) anunciou, ontem, uma redu��o de 10% na taxa de ilumina��o p�blica, que � cobrada dos moradores pela prefeitura por meio da conta de luz. Sem citar os valores, a prefeitura informou que a economia acumulada foi de 56,4%, o que propiciar� o desconto para o belo-horizontino. A redu��o deve ser implementada por meio de um projeto de lei assinado por Kalil e que ser� encaminhado � C�mara Municipal ap�s o recesso, em fevereiro.
A Belo Horizonte Ilumina��o P�blica (BHIP), cons�rcio de quatro empresas, � respons�vel por operar o servi�o na cidade desde 2017. O contrato tem previs�o de investimentos de R$ 1 bilh�o, entre aportes p�blicos e privados nos postes, lumin�rias, refletores e demais pontos de luz de BH pelos pr�ximos 20 anos. Dos mais de 182 mil pontos de ilumina��o p�blica, 32.800 ter�o a tecnologia da telegest�o, permitindo que sejam operados diretamente do centro de opera��es da BHIP. De acordo com o cons�rcio, aproximadamente 72 mil pontos j� foram substitu�dos pela tecnologia de LED. Eles est�o localizados nas regi�es de Venda Nova, Norte e Barreiro, em etapa j� conclu�da. Nas �reas Nordeste e Leste, a troca est� em andamento. De acordo com a administra��o municipal, os pontos foram escolhidos devido ao �ndice de vulnerabilidade pela falta de ilumina��o. O repasse da economia para o consumidor em forma de redu��o da taxa ainda n�o tem prazo para come�ar. “O projeto de lei ser� encaminhado (� C�mara Municipal) e esperamos uma aprova��o r�pida. Se dependesse s� de n�s, j� come�ar�amos na pr�xima conta. Mas temos que respeitar as normas”, disse o secret�rio municipal de Fazenda, Fuad Jorge Noman. “O valor muda de acordo com o consumo”, completou.
Segundo a Cemig, respons�vel por recolher a taxa para a prefeitura por meio das contas de seus consumidores, a Contribui��o para Custeio dos Servi�os de Ilumina��o P�blica paga pelo consumidor � calculada com base na Lei 10.894, de 29 de dezembro de 2015, que regulamentou a cobran�a em Belo Horizonte, e � influenciada tamb�m pelas bandeiras tarif�rias, que mudam de acordo com a disponibilidade de energia no pa�s. Os percentuais variam de 1% a 10% da Tarifa Convencional de Ilumina��o P�blica (TCIP) e s�o aplicados sobre cinco faixas de consumo determinadas pela lei. H� uma sexta faixa, para im�veis sem medidor, cujo �ndice � de 60% da TCIP por ano. Considerando a tarifa convencional neste m�s de janeiro, uma resid�ncia que consumiu entre 301 a 500kWh deve pagar R$ 28, 17. Se a redu��o for aprovada na C�mara, esse valor cairia em R$ 2,81.

DESAFIOS A redu��o de consumo e, consequentemente, de custo, j� fazia parte dos planos. Mas ainda h� muitos desafios para serem enfrentados pela parceria p�blico-privada. Destacam-se a moderniza��o, com atendimento � norma de ilumina��o p�blica em tr�s anos, a apresenta��o da taxa de falha m�xima de 1% e aten��o aos chamados de manuten��o abertos em at� 48 horas.Vale lembrar que problemas de ilumina��o p�blica j� foram recorrentes nas ruas de Belo Horizonte, como pontos de escurid�o e l�mpadas acesas durante o dia ou piscando � noite. “O tempo m�dio de atendimento para manuten��o j� diminuiu. Antes, a m�dia da BHIP era de 6 a 10 dias. Hoje, 95% dos casos s�o atendidos em at� 48 horas. Alguns pontos s�o mais complicados e demoramos um pouco mais. Os casos de furto de cabos, por exemplo, levam cerca de 30 dias”, explicou o presidente da BHIP, Marcelo Bruzzi.
A expectativa � que a partir de 2021, quando todas as l�mpadas a vapor de s�dio ter�o sido substitu�das por LED, a economia na conta de luz da Prefeitura de BH atinja 45%, saindo de R$ 55 milh�es por ano para R$ 30 milh�es. Buzzi afirma que a meta ser� cumprida. Ele explica, entretanto, que esse �ndice n�o equivale ao desconto para o consumidor. “A redu��o anunciada se deve � economia de 12 meses. Na medida em que vamos avan�ando nas instala��es, a economia � cada vez maior. Mas n�o necessariamente, o desconto na conta chegar� a 45%”, explicou.
PONTOS TUR�STICOS A Pra�a do Papa, o Mirante do Mangabeiras, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, e a Pra�a Duque de Caxias, mais conhecida como Santa Tereza, na Regi�o Leste, j� receberam nova ilumina��o no fim do ano passado. Esses s�o os tr�s primeiros de um total de 13 pontos tur�sticos da capital a receber o novo projeto de ilumina��o p�blica. At� outubro de 2019, est� prevista a implanta��o de ilumina��o especial no entorno da Lagoa da Pampulha, na Casa do Baile, no Museu de Arte da Pampulha e na Pra�a Alberto Dalva Sim�o (Pampulha). Por fim, at� outubro de 2020 ser�o implantados projetos especiais de ilumina��o no Parque Municipal Am�rico Renn� Giannetti, na Pra�a da Esta��o e no Museu de Artes e Of�cios.
Na Avenida dos Andradas com a do Contorno, � f�cil perceber o contraste entre as luzes amarelas e as de LED. A ilumina��o � maior na Contorno, j� com as l�mpadas mais modernas. Para quem vive em �reas onde as luzes ainda n�o foram trocadas, a sensa��o � de inseguran�a. � o caso de parte da Rua Jaca�, pr�ximo ao n�mero 2.791, no Bairro Renascen�a, na Regi�o Leste, que continua na escurid�o apesar de j� haver trocas na regi�o. “A ilumina��o da Jacu� deixa muito a desejar em alguns pontos. Por exemplo, perto de um posto de gasolina desativado fica bem escuro e perigoso, facilitando para bandidos que rondam a regi�o”, disse a banc�ria Izabella Campos, de 31 anos, moradora da regi�o. De acordo com a BHIP, as l�mpadas est�o sendo trocadas e a luz branca iluminar� mais a via. A previs�o � que o trabalho na Regi�o Leste, onde est� a rua, seja conclu�do em abril.