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Estado de Minas

V�deo: moradores de Brumadinho relatam desespero momentos ap�s a lama

Fam�lias que estavam no fluxo da lama perderam tudo o que tinham. Parentes t�m esperan�as de encontrar v�timas com vida


postado em 25/01/2019 20:16 / atualizado em 25/01/2019 22:09


Moradores de Brumadinho, que tiveram familiares e amigos atingidos pela lama da barragem do C�rrego do Feij�o, rompida no fim da manh� desta sexta-feira, relatam momentos de desespero. 

A esposa de Jorge Santana de Ara�jo Porto trabalhava pr�ximo � barragem e estava ao telefone com ele quando aconteceu a trag�dia. “Por volta de 12h15 ela me ligou, de repente ela falou: ‘t� tendo um terremoto, t� tremendo, as �rvores est�o caindo, meu Deus do c�u, tenha miseric�rdia’ a� a liga��o caiu”, relata. Ele contou que com 20 minutos conseguiu chegar no local, que j� estava devastado pela lama. Ele ainda entrou na lama em busca de sua esposa, mas n�o a encontrou. Jorge agora teme em voltar sozinho para casa com suas duas filhas, mas n�o perde as esperan�as “Eu creio que vai dar tudo certo, ela vai estar ilhada em algum lugar e vai sair com vida”, disse.

V�rias fam�lias perderam suas casas, animais e pertences. O ajudante de pedreiro Virg�lio Fernandes Pessoa, de 60 anos, estava cuidando de suas vacas, quando ficou sabendo do rompimento da barragem e teve que sair de casa �s pressas. “Perdi tudo. Sa�mos eu, minha esposa e meu neto, s� com a roupa do corpo”, relata. Virg�lio baseava o sustento da fam�lia nos animais que tinha, agora ele n�o tem mais esperan�as de uma reconstitui��o de vida. “Vamos ficar na rua. S�o 40 anos de sofrimento, de batalha, e perdemos tudo dentro de cinco minutos. N�o � justo uma coisa dessas. Eu, com 60 anos, nem emprego consigo mais, o que vou fazer da minha vida?” conta o ajudante de pedreiro, muito emocionado.

O filho do gesseiro Marcos Ant�nio Coelho Brito foi quem anunciou a trag�dia para a fam�lia. “Era 12h40, eu tava fazendo hor�rio de almo�o em casa, quando meu menino chegou correndo e falando que a barragem da Vale tinha arrebentado, e que minha vizinha tinha perdido o cunhado que trabalhava l�, a� eu sa� correndo. Peguei minha esposa, meus filhos, documentos e sa� com o carro pra parte mais alta”, relata.

A barragem pertence � Vale. Prefeituras de cidades pr�ximas ao Rio Paraopeba alertam ara que os moradores se mantenham longe do curso d'�gua. O n�mero exato de v�timas at� as 23h chega a sete mortos e 150 desaparecidos. O Corpo de Bombeiros e o governo de Minas Gerais enviaram viaturas e helic�pteros para o socorro no munic�pio.
 

*Estagi�ria sob supervis�o de Marc�lio de Moraes


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