postado em 28/01/2019 16:20 / atualizado em 28/01/2019 17:41
A Faculdade Asa, onde est� localizado o Centro de Comando das autoridades que fazem as buscas das v�timas do rompimento da barragem I da Mina C�rrego do Feij�o, virou um local de tens�o permanente. Familiares e amigos dos desaparecidos reivindicam, a todo momento, o direito de ir at� as �reas de buscas pelas v�timas. Al�m disso, h� revolta quanto ao fato de bombeiros volunt�rios de Minas Gerais e outros estados estarem sendo impedidos de auxiliar as autoridades mineiras.
Mais cedo, bombeiros volunt�rios de S�o Paulo condenaram a atitude do Corpo de Bombeiros de negar a entrada do grupo em �reas de busca das v�timas. De acordo com o grupo, a negativa n�o seria apenas para as �reas consideradas 'quentes', mas para todas as regi�es de buscas.
“Eles (volunt�rios) est�o todos ali, parados, desde s�bado. Querem trabalhar e nenhum deles pode porque n�o podem entrar, nem que sejam nas zonas mais mornas, para ajudar as pessoas a serem salvas”, disse o familiar de um dos desaparecidos (assista ao v�deo acima) .
Segundo o familiar, os agentes volunt�rios est�o sendo impedidos de trabalhar pelas autoridades mineiras. “Queremos os trabalhos deles, que resgatem as pessoas. Est�o desesperados, doidos para trabalhar e a ordem daqui de cima diz que n�o”, concluiu.
Ver galeria . 31 FotosBuscas por v�timas de rompimento de barragem em Brumadinho entraram no quarto dia nesta segunda-feira. Israelenses come�aram a trabalhar hoje. Primeiros corpos foram sepultados na cidade
(foto: Renan Damasceno/EM/D.A. Press )
Bruna Tais, monitora de �rea do Instituto Inhotim, reivindica sua entrada em locais proibidos pelas autoridades.Seu tio, Carlos Augusto Santos Pereira, e seu primo, C�ssio Cruz Silva, est�o entre os desaparecidos. “� um absurdo, eles falam que est�o atualizando lista, mas n�o est�o. N�o est�o deixando ir ao hospital ou a lugar nenhum”, reclamou.
“Eu n�o estou procurando lugar para comer ou abrigo. Eu s� quero meus familiares, seja mortos ou vivos, seja como for. Eles est�o selecionando as pessoas para dar m�dia, falando que est�o internando (as pessoas), mas n�o est�o, n�o.”
Em entrevista nesse domingo, o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, Tenente Pedro Aihara, negou que a corpora��o, junto com a Defesa Civil do estado, tenha solicitado ajuda de volunt�rios.
“� importante afirmar que nem o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, nem a Defesa Civil de Minas Gerais solicitou em nenhum momento o apoio de volunt�rios. � evidente que a gente reconhece a boa vontade desses profissionais, mas, como j� foi destacado, a atua��o do Corpo de Bombeiros Militar neste tipo de local � uma atua��o extremamente t�cnica, ent�o a gente tem que coordenar da melhor forma poss�vel para que n�o maximize a trag�dia”, afirmou.
Nota, na �ntegra, do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais:
Os bombeiros volunt�rios N�O est�o sendo impedidos de trabalhar em Brumadinho. O que acontece � que todas as formas de apoio precisam ser devidamente controladas. Na �rea quente nem mesmo os Bombeiros Militares tem acesso livre para fazer buscas. O trabalho de busca est� sendo feito apenas com equipe especializada, tanto de bombeiros militares de Minas Gerais, de c�es farejadores, como tamb�m de outras for�as.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a