"Estranheza" e "frustra��o" eram os sentimentos entre militares das For�as Armadas que est�o de prontid�o desde sexta-feira, dia 25, em Belo Horizonte, para serem empregados, em um primeiro momento, na ajuda � tentativa de salvamento de pessoas que poderiam estar em �reas isoladas ou em meio � lama, por causa do rompimento da Barragem em Brumadinho - e, depois, para auxiliar no resgate de corpos, na tentativa de diminuir o sofrimento dos que est�o em busca de seus familiares.
"Colocamos todo o nosso contingente � disposi��o, desde sexta-feira, mas o governo de Minas n�o nos requisitou e tem justificado que a �rea � restrita, sens�vel e que h� pouco espa�o para manobra", declarou ao jornal O Estado de S. Paulo o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, ao ser questionado sobre o porqu� de os soldados da Marinha, do Ex�rcito e da Aeron�utica n�o estarem participando da linha de frente dos trabalhos em Minas. "Desde o in�cio colocamos toda a nossa tropa � disposi��o", declarou.
Em S�o Paulo, o porta-voz do Planalto, general Ot�vio do Rego Barros, reiterou que mil homens do Ex�rcito est�o de prontid�o para serem empregados, t�o logo o governo de Minas Gerais solicite apoio e que eles entrar�o em opera��o imediatamente.
Os militares das For�as Armadas s� podem agir se forem acionados pelo governo do Estado. O governo local est� usando tr�s helic�pteros das tropas federais e os militares est�o dando apoio �s tropas israelenses que chegaram para ajudar na opera��o.
O deputado reeleito Fl�vio Ramalho (MDB-MG), candidato a presidente da C�mara, tamb�m se mostrou surpreso com o fato de os militares das For�as Armadas n�o estarem sendo empregados na opera��o de salvamento e de resgate das v�timas.
"Toda ajuda � sempre muito bem vinda", disse o deputado, ao comentar que vai entrar em contato com o Corpo de Bombeiros local para saber o que aconteceu para o pessoal do Ex�rcito n�o estar participando dos trabalhos. "Penso que j� deveriam ter usado (o pessoal das tr�s For�as). Eu penso que a ajuda dos homens do Ex�rcito, da Marinha e da Aeron�utica � muito importante nesta hora. Eles t�m experi�ncia. O momento � de unir for�as", declarou o deputado, que fez quest�o de elogiar a "agilidade" e "presteza" do governo federal e do presidente Jair Bolsonaro, em colocar todos os meios � disposi��o e empreg�-los, no apoio � popula��o de Minas.
"O governo teve sensibilidade, foi muito solid�rio e, em nome da bancada de Minas Gerais, quero agradecer por o governo n�o ter medido esfor�os para ajudar os mineiros. O deputado reiterou ainda que ia ver o que aconteceu para as For�as Armadas n�o terem sido empregadas. "N�o sei o motivo", resumiu.
O governo de Minas Gerais recusou apoio n�o s� das For�as Armadas, mas tamb�m de bombeiros volunt�rios de S�o Paulo, que tamb�m se oferecem para ajudar, mas teriam sido impedidos pelo Corpo de Bombeiros de Minas Gerais de ajudar nas buscas pelas v�timas da trag�dia em Brumadinho.
"O Coronel Almeida disse que o Corpo de Bombeiros n�o precisa de volunt�rios, que s� o pessoal dele d� conta, porque, inclusive, existe risco de contamina��o. Por isso, ele nos deu duas horas para ir embora", contou o Comandante Santos em entrevista � Jovem Pan.
Segundo o Comandante, a ajuda do grupo foi solicitada pela Defesa Civil de Minas Gerais. "Percebemos que tem uma briga entre a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros. A Defesa Civil nos recebeu muito bem, nos tratou muito bem, o pessoal da Vale nos deu um tratamento irrepreens�vel", contou. A justificativa do Corpo de Bombeiros � que apenas militares podem atuar na chamada "�rea quente", onde as buscas est�o sendo feitas, por risco de contamina��o e, por isso, o grupo de volunt�rios n�o seria �til.
O ministro Azevedo e Silva era comandante Militar do Leste quando houve o desastre em Mariana e auxiliou nos trabalhos �s v�timas do Estado naquela �poca. Ele acompanhou o presidente Jair Bolsonaro no sobrevoo e visita �s �reas atingidas, no s�bado, 26.
O ministro evita polemizar sobre o emprego das tropas, agora, em Minas. Ao ser questionado dos motivos pelos quais as tropas federais n�o foram solicitadas, ele insistiu que o pessoal foi colocado � disposi��o na sexta-feira e os mil homens continuam prontos para serem empregados. "Estamos prontos. S� dependemos do pedido deles", finalizou.
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