Comandante de salvamento especializado do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, o capit�o Leonard Farah admitiu que a chance de encontrar sobreviventes em meio � lama � ‘praticamente zero’. Nesta quarta-feira - o sexto dia de buscas na regi�o da barragem que se rompeu em Brumadinho, Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte -, as equipes encontraram v�rios corpos e segmentos de corpos e os encaminharam a �reas respons�veis pela identifica��o.
“A gente trabalha com a chance diminuindo para praticamente zero. Os protocolos internacionais, principalmente os utilizados pela ONU e os utilizados pelos israelenses, tratam de que at� sete dias a gente poderia encontrar. Ent�o, � uma chance m�nima de sobreviver”, disse Farah, em entrevista coletiva na tarde desta quarta.
Nesta quarta, as buscas se iniciaram pouco antes de 7h. Como a lama est� mais seca, � mais f�cil se locomover em meio � “�rea quente”, regi�o em que os resgates se concentram. Fica mais dif�cil, entretanto, escavar e buscar em profundidades maiores.
“A medida que o tempo vai passando, o rejeito come�a a ficar mais solidificado. Fica mais f�cil de andar, mas mais dif�cil de cavar. Ent�o, entram mais retroescavadeiras e escavadeiras no terreno para facilitar esse trabalho, porque a chance de sobrevida vai diminuindo”, completou.
Focos de buscas
As principais regi�es de buscas nesta quarta-feira s�o os locais onde foram parar o refeit�rio da Vale, que tinha capacidade para cerca de 600 pessoas, e um �nibus. H� equipes em outras partes atingidas, mas a maioria dos 322 bombeiros est� concentrada nessas duas �reas.
“A �rea do refeit�rio tem um ac�mulo muito grande de material e corpos. Quando o fluxo de detrito come�a a descer, a gente mapeia o local mais prov�vel de parar. Exatamente nesse local � onde estamos conseguindo buscar corpos”, explicou Farah.
Al�m dos helic�pteros e do aux�lio de profissionais de outros estados do Brasil e tamb�m de Israel, os bombeiros come�aram a utilizar, nesta quarta, um drone acoplado a um bal�o para monitorar as buscas.