Israelenses estariam 'desconfort�veis com subutiliza��o' em Brumadinho
Fontes consultadas pelo EM dizem que a perman�ncia da tropa em campo foi reduzida, enquanto que sua estada na base vinha aumentando, mas reportagem presenciou clima ameno entre eles
postado em 31/01/2019 11:13 / atualizado em 31/01/2019 14:11
(foto: Divulga��o Embaixada de Israel
)
Os �ltimos dias de atua��o da tropa israelense na Opera��o Brumadinho de resgate �s v�timas do rompimento da Barragem de C�rrego do Feij�o foram menos intensos, de acordo com fontes ligadas ao coordena��o da a��o. Segundo essas observa��es, nem 10% do volume de equipamentos trazidos para a miss�o chegaram a ser desencaixotados.
O equipamento aberto se resumiu a aparatos de sobreviv�ncia. “Aqui, os israelenses eram auto-suficientes. A comida deles e at� a �gua que bebiam era pr�pria. N�o dependiam das for�as brasileiras para nada. A �nica coisa que nos pediam era instru��es sobre quais os pontos em que poderiam atuar, onde deveriam ser empregados”, disse um oficial que n�o tem autoriza��o para dar entrevistas.
Ver galeria . 9 FotosCerim�nia de despedida de israelenses
(foto: Rodrigo Fuscaldi )
De acordo com as fontes consultadas pelo jornal Estado de Minas, a perman�ncia da tropa em campo foi reduzida, enquanto que sua estada na Base Israel, que fica num est�dio de futebol pr�ximo ao local da trag�dia, vinha aumentando. “Apesar de serem bem tratados, os militares de Israel aparentavam estar ansiosos para trabalhar e n�o estavam confort�veis com sua subutiliza��o”, disse outro oficial, tamb�m sob condi��o de anonimato.
Os 136 soldados e oficiais israelenses se despedem do Brasil nesta quinta-feira. Policiais militares do estado, integrantes do Comando A�reo e do Corpo de Bombeiros, e o governador Romeu Zema participaram de uma solenidade de agradecimento da tropa nesta manh� no 12º Batalh�o de Infantaria (BI), no Barro Preto, em Belo Horizonte.
Clima amig�vel
(foto: T�lio Santos/EM/DA Press)
O clima da tropa de Israel no Centro de Comando da Opera��o Brumadinho, na Faculdade Asa, na Base Israel e no teatro de opera��es do rompimento aparentava ser extremamente amig�vel, como pode constatar a reportagem do Estado de Minas, ontem, nesses locais. A Pol�cia Militar de Minas Gerais tinha um helic�ptero esquilo do Instituto Estadual de Florestas (IEF) operando � disposi��o do comando das tropas estrangeiras. O Ex�rcito tamb�m disponibilizava suas aeronaves para o deslocamento dos militares estrangeiros.
No Centro de Comando, os israelenses circulavam normalmente, sendo cumprimentados pelos demais socorristas de todo o Brasil. A todo momento eram parados e gentilmente posavam para selfies. Os comandantes da opera��o e o comandante da for�a de Israel, o coronel Golan Vach, tamb�m se reuniram diversas vezes e circulavam juntos pelas salas de comando, sempre aparentando alegria e posando para fotografias de seus pr�prios smartphones.
Na fila para a sala em que se pega as marmitas, �guas e sucos, o assunto mais comentado e num tom de bom humos eram os costumes diferenciados dos israelenses. “Shalom”, o cumprimento em hebraico era pronunciado nas rodinhas de conversa de bombeiros de todos os estados, militares do ex�rcito, policiais, defesa civil nacional, Ibama entre outros. Alguns deles chegaram a trocar patches da sua for�a com os estrangeiros e at� shemmags, que s�o len�os t�picos para a prote��o dos militares contra as intemperies.
Quando os israelenses e os bombeiros foram resgatados pelos helic�pteros militares, ontem (quarta-feira), quando desabou uma tempestade de granizo que interrompeu as buscas do dia, era n�tida a diferen�a dos israelenses para os bombeiros. No desembarque, os socorristas de Minas Gerais e de S�o Paulo estavam completamente cobertos por lama e aparentavam extrema exaust�o. Os estrangeiros riam, alguns at� gargalhavam, mas tinham os uniformes limpos, alguns apenas com as barras da cal�a sujas de lama.