
Por meio de imagens que a Vale cedeu a autoridades, � poss�vel averiguar que a velocidade da lama e dos rejeitos da barragem que se rompeu em Brumadinho, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, era de 114km/h no come�o do trajeto. A avalanche atinge uma pequena lagoa em 13 segundos, percorrendo 413 metros dentro do p�tio da empresa. Em seguida, a velocidade se reduz em fun��o de barreiras como �rvores e constru��es.
Divulgada pela TV Globo, a primeira parte do v�deo acima, mostra o momento exato do rompimento da barragem I da mina C�rrego do Feij�o e registra o caminho inicial do mar de lama sobre �rvores e constru��es da Vale. O segundo trecho foi exibido pela TV Band. As imagens foram capturadas por uma c�mera fixa no alto de um guindaste e mostram a tentativa de fuga de pessoas da �rea atingida em um carro e uma caminhonete. Os ve�culos, entretanto, desaparecem.
‘Foi como uma bala perdida’
Procurado pelo Estado de Minas, o ex-pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atual professor da Universidade Federal de Itajub� (UNIFEI), Carlos Barreira, analisou as imagens. Segundo ele, uma avalia��o apenas dos v�deos n�o permite precisar as raz�es do rompimento. � necess�rio, ainda, um estudo sobre dados mais espec�ficos da barragem.
“N�o tenho acesso aos dados de monitoramento, mas aparentemente colapsou sem das aviso. Ent�o, mesmo que tivesse disparado sirene, ia pegar todo mundo no meio. � como se fosse uma bala perdida. Muito r�pido”, avaliou Barreira.
De acordo com o pesquisador, a Vale pecou ao manter estruturas administrativas e o refeit�rio t�o pr�ximas da barragem, uma regi�o considerada de risco. Segundo Barreira, a mineradora poderia, tamb�m, apresentar um sistema de preven��o mais eficiente. “O que a Vale poderia ter feito? Um sistema de monitoramento mais apurado, mais sofisticado”, completou.