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Estado de Minas

Ao menos 30% das not�cias mais divulgadas de Brumadinho eram falsas

De acordo com pesquisa da Funda��o Get�lio Vargas (FGV), a maioria dos conte�dos fakes tinham como objetivo a obten��o de melhores �ndices de audi�ncia


postado em 04/02/2019 18:42

Em 2011, operário caiu em uma cisterna de 17 metros e foi salvo por um militar da 4ª Companhia de Patos de Minas. A imagem viralizou na internet como se fosse de Brumadinho. (foto: Aislan Henrique/Divulgação/Corpo de Bombeiros)
Em 2011, oper�rio caiu em uma cisterna de 17 metros e foi salvo por um militar da 4� Companhia de Patos de Minas. A imagem viralizou na internet como se fosse de Brumadinho. (foto: Aislan Henrique/Divulga��o/Corpo de Bombeiros)

 
Pelo menos 30% das not�cias mais divulgadas sobre a trag�dia de Brumadinho na �ltima semana eram falsas ou incorretas, segundo um estudo da Diretoria de An�lises de Pol�ticas P�blicas (DAPP) da Funda��o Get�lio Vargas (FGV).

Diferentemente do que ocorre num contexto eleitoral - em que as fake news teriam por objetivo trazer vantagens para determinados grupos pol�ticos -, no caso da trag�dia, a meta � atrair cliques. Essas not�cias falsas s�o divulgadas mesmo a custo da propaga��o de mentiras ou desinforma��o.

"A not�cia sensacionalista, de aspecto emocional, gera clique", resume o pesquisador Lucas Calil, da DAPP/FGV. "Quanto mais emocionais elas s�o, maior o engajamento." Mesmo assim, segundo o pesquisador, sempre pode existir um interesse pol�tico subjacente. "Sempre pode interessar a um grupo pol�tico acelerar a investiga��o sobre as causas da trag�dia, por exemplo", afirmou. "Nesse caso espec�fico, h� centenas de for�as envolvidas, as mineradoras, o governo do Estado, o governo federal, os governos anteriores."

O levantamento foi feito a partir de todos os links sobre o rompimento da barragem compartilhados no Facebook das 12h de sexta-feira, dia 25 de janeiro, at� as 12h da sexta-feira seguinte, dia 1º de fevereiro. Os pesquisadores destacaram, ent�o, os 100 links com maior volume de intera��es (um total de 26,9 milh�es de coment�rios, compartilhamentos e rea��es). Eles foram analisados mais a fundo. Nada menos que 30 deles apresentaram recursos de desinforma��o.

Segundo o estudo, a maior parte dos links de maior alcance de desinforma��o � de aspecto emocional. Ou seja, os conte�dos mostram imagens de resgate de pessoas e, principalmente, de animais que, na verdade, n�o tem veracidade comprovada. Um dos v�deos mais divulgados, segundo o levantamento, atribu�do a um salvamento dos militares israelenses, ocorreu, na verdade, na guerra da S�ria.

Outro levantamento feito pela FGV nos primeiros dias depois da trag�dia revelou uma grande mobiliza��o no Twitter. Entre as 12h de sexta-feira, 25 de janeiro, dia do rompimento, at� as 12h de segunda-feira, dia 28, foram 3,95 milh�es de men��es na rede social. Nesse caso, a maior parte das postagens, cerca de 110 mil, era em solidariedade �s v�timas e pedidos de ajuda.

Cerca de 600 mil postagens (15% do debate) faziam algum tipo de refer�ncia � Vale, a empresa respons�vel pela barragem. A maior parte ataca a mineradora por suposta neglig�ncia em rela��o �s causas do desastre e ao atendimento das v�timas.
 
Outras postagens cobram a identifica��o dos respons�veis e provid�ncias judiciais imediatas contra a empresa. A fiscaliza��o ambiental tamb�m foi um tema abordado, com 195 mil men��es (5%).


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