
A �gua com rejeitos do rompimento da barragem da mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho (MG), avan�ou pouco mais de 130 quil�metrose est� a cerca de 200 quil�metros do reservat�rio da Usina Hidrel�trica de Tr�s Marias. A informa��o consta de nota divulgada nesta quinta-feira pela Ag�ncia Nacional de �guas (ANA), que diz ainda n�o haver certeza se os rejeitos chegar�o ao Rio S�o Francisco, onde est� o reservat�rio de Tr�s Marias.
"Ainda n�o � poss�vel afirmar, neste momento, as consequ�ncias que advir�o ou que os rejeitos provenientes do rompimento da barragem ir�o atingir o reservat�rio de Tr�s Marias e impactar usu�rios de recursos h�dricos localizados no Rio S�o Francisco", diz a nota.
No texto, a ANA informa que o mapeamento do Servi�o Geol�gico do Brasil (CPRM) mostra que o ponto mais a jusante do Rio Paraopeba, onde foram identificadas altera��es do par�metro turbidez, se localiza no munic�pio de S�o Jos� da Varginha (MG). O local se encontra a cerca de 200 quil�metros do in�cio do reservat�rio da Usina Hidrel�trica Tr�s Marias. "Todavia, com a ocorr�ncia de chuvas, poder�o ser registradas altera��es no comportamento at� agora observado, em decorr�ncia da lavagem e de novos aportes de rejeitos localizados na pr�pria barragem e na bacia de drenagem localizada a jusante do local do rompimento", diz a ANA.
Ap�s o rompimento, os rejeitos da barragem seguiram por um c�rrego afluente ao Rio Paraopeba, que, por sua vez, des�gua no S�o Francisco no reservat�rio da usina de Tr�s Marias, localizado a 331 quil�metros da barragem rompida. De acordo com a nota, a aus�ncia de chuvas significativas nos primeiros dias ap�s o rompimento da barragem, no dia 25 de janeiro, colaborou para a baixa velocidade de propaga��o da frente de sedimentos e para sua deposi��o no leito do Paraopeba.
De acordo com a ag�ncia reguladora, trata-se de um desastre complexo, que precisa ser monitorado ao longo dos dias para avaliar todos os desdobramentos para a bacia hidrogr�fica. "O acompanhamento do desenvolvimento do processo no Rio Paraopeba, particularmente nas usinas termel�tricas Igarap� e Retiro Baixo, ser� de extrema import�ncia para elaborar previs�es sobre o comportamento do fen�meno", diz a nota.
A ANA informou ainda que o monitoramento em curso no Rio Paraopeba "ser� mantido, intensificado e estendido ou adaptado, sempre que necess�rio, para acompanhar sua evolu��o ao longo do Rio Paraopeba e, eventualmente, no reservat�rio de Tr�s Marias". No �ltimo dia 31, as an�lises de monitoramento da qualidade da �gua no Rio Paraopeba feitas pelo Instituto Mineiro de Gest�o das �guas mostraram que ela est� impr�pria e apresenta risco � sa�de humana e animal.
O trecho considerado impr�prio compreende desde a conflu�ncia do Rio Paraopeba com o C�rrego Ferro-Carv�o at� Par� de Minas. "Diante disso, e por seguran�a � popula��o, os �rg�os citados n�o indicam a utiliza��o da �gua bruta do Rio Paraopeba para qualquer finalidade, at� que a situa��o seja normalizada. Deve ser respeitada uma �rea de 100 metros das margens. O contato eventual n�o causa risco de morte", afirmou, em nota divulgada na ocasi�o, o governo de Minas Gerais.