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Estado de Minas GERAL

Falha na drenagem da barragem de Brumadinho � hip�tese investigada pela PF


postado em 08/02/2019 07:52

Com base nos depoimentos e per�cias feitos at� agora, a Superintend�ncia da Pol�cia Federal investiga como principal hip�tese para o colapso da barragem de Brumadinho (MG) o ac�mulo anormal de �gua e a falha no sistema de drenagem. Os investigadores buscam agora acesso a dados de um radar, que a cada tr�s minutos produzia informa��es em tempo sobre a estrutura, e de sensores da Vale, para avan�ar nas conclus�es.

Essas informa��es, segundo relataram policiais ao Estado, s�o consideradas as pe�as centrais para verificar se houve ou n�o neglig�ncia por parte da Vale na trag�dia que tinha, at� esta quinta-feira, 7, 157 mortos e 182 desaparecidos. Na pr�tica, podem apontar se ocorreram comportamentos incomuns na estrutura do C�rrego do Feij�o nos momentos que antecederam o rompimento, ou mesmo dias antes. A PF disse ao Estado que n�o teve acesso �s informa��es.

O chamado "radar interferom�trico" estava instalado no solo, fixado em uma �rea pr�xima da barragem de rejeito. Os demais sensores, "piez�metros", ficavam instalados dentro da estrutura. As duas ferramentas s�o medidas de seguran�a utilizadas para reduzir riscos, com base no controle preciso de qualquer movimenta��o. A PF j� tem a informa��o fornecida por um engenheiro da empresa que fiscalizava a barragem, de que, 15 dias antes do rompimento, foram captadas "discrep�ncias" pelos sensores.

A reportagem questionou a Vale a respeito e solicitou acesso aos dados recolhidos nas 24 horas que antecederam o colapso, mas a empresa n�o deu informa��es sobre os equipamentos e negou acesso a dados. Limitou-se a informar que "se abster� de fazer coment�rios sobre particularidades das investiga��es, de forma a preservar a apura��o dos fatos pelas autoridades".

Pris�es

Presos no dia 29, os executivos da Vale Cesar Augusto Grandchamp, Ricardo de Oliveira e Rodrigo Artur Melo foram libertados na quinta da Penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem (MG). Tamb�m foram soltos, atendendo habeas corpus do Superior Tribunal de Justi�a (STJ), os engenheiros terceirizados da consultoria alem� T�v S�d que atestaram estabilidade da barragem, Andr� Yassuda e Makoto Mamba. Nenhum deles falou na sa�da.

Em depoimentos inclu�dos pela PF no inqu�rito que apura o rompimento, os t�cnicos da T�v S�d deixam claro que a barragem da Vale vinha enfrentando problemas com excesso de �gua e medidas de drenagem desse material tinham de ser executadas. Segundo Namba, a Vale decidiu escolher uma nova alternativa tecnol�gica para retirar a �gua. A empresa havia instalado drenos horizontais profundos (DHPs) com comprimentos de 100 metros. Em junho de 2018, um desses drenos causou um "fraturamento hidr�ulico" e "eros�o".

Por causa desses problemas, a T�v S�d orientou a Vale a adotar alternativa para drenar a �gua de nascentes sobre a barragem e de seu len�ol fre�tico. A empresa, segundo Namba, deu in�cio a um processo licitat�rio para contratar fornecedor, que n�o teria sido conclu�do. Para especialistas, o atraso em obras poderia ser um "gatilho" para problemas de liquefa��o.

Imagens de sat�lites, anexadas � investiga��o, apontam ac�mulo de �gua incomum na estrutura, antes da trag�dia. "O que se espera em uma barragem de rejeito � a m�xima capacidade de escoamento da �gua pelos sistemas de drenagem instalados, com o avan�o do processo de consolida��o do material, por a��o exclusiva da expuls�o de �gua dos vazios", disse o presidente do Comit� Brasileiro de Barragens, Carlos Henrique Medeiros. "N�o considero normal tal situa��o (vista nas imagens), principalmente em uma barragem desativada. E muitos j� aprenderam a respeitar a a��o da �gua nas estruturas.

Em nota, a Vale informou que, sobre os itens mencionados pela T�v S�d, todos foram atendidos ainda em 2018. "Cabe refor�ar que se tratavam de recomenda��es rotineiras em laudos deste g�nero. � importante ressaltar que a T�v S�d emitiu Declara��es de Condi��o de Estabilidade ap�s duas inspe��es que realizou no ano passado, atestando a seguran�a f�sica e hidr�ulica da barragem", disse.


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