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Estado de Minas

Ruas vazias e animais abandonados: retratos de uma comunidade que teme rompimento de barragem

Fam�lias que vivem na comunidade do Socorro, em Bar�o de Cocais, deixaram o local na madrugada desta sexta-feira


postado em 08/02/2019 13:37 / atualizado em 08/02/2019 20:59

(foto: Paulo Filgueiras/EM)
(foto: Paulo Filgueiras/EM)
Ao meio-dia, o galo canta, desorientado. N�o h� ningu�m para acordar. As pacatas ruas da comunidade do Socorro, em Bar�o do Cocais, Centro de Minas Gerais, est�o ainda mais vazias nesta sexta-feira. Durante a madrugada, moradores tiveram que deixar �s pressas casas, pertences e a cria��o. Por volta de 1h, o temido alarme soou para indicar o risco do rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, da Vale.

Horas depois do susto, a reportagem do Estado de Minas visitou os arredores do local. Por l�, animais como bois, cavalos e cachorros vagam sem rumo, dentro ou fora de terrenos privados.

"A gente estava dormindo quando veio a comunica��o da sirene. A gente evacuou a casa rapidamente e pegou o que deu para pegar e fomos para o alto da serra. Depois, foram buscar a gente", disse o pedreiro Luciano Santos, de 40 anos. Ele, a esposa e tr�s filhos deixaram a comunidade, que fica a cerca de 13km do centro de Bar�o de Cocais.

A igrejinha, no centro do vilarejo, estava de portas fechadas. A poucos metros de l�, uma equipe de resgate buscava pessoas numa das poucas casas que ainda n�o haviam sido evacuadas. "Sempre tem um teimoso que bate o p� e diz que n�o vai sair de l�", relatou um policial militar que preferiu n�o se identificar.


Preocup��o

Mais de 500 pessoas deixaram a �rea de risco, que envolve tamb�m as comunidades de Tabuleiro e Piteiras, na madrugada desta sexta-feira. Parte delas foi recebida no Gin�sio Poliesportivo de Bar�o de Cocais. L�, foram cadastradas num sistema da Vale e enviadas a hot�is da cidade e de Santa B�rbara e Caet�, munic�pios vizinhos.

Muitos dos que sa�ram j� se preocupam com o que deixaram para tr�s. "Ficaram cinco cachorros meus em minha casa, que n�o consegui pegar", disse o professor e empres�rio Nicolson Resende, de 51 anos. Ele foi impedido de voltar para casa por policiais militares, que cercam a �rea de risco.


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