
Quase uma tonelada de fia��o e cabeamento de cobre da rede de ilumina��o p�blica de Belo Horizonte foi apreendida e duas pessoas foram presas, na Regi�o Noroeste da capital, acusadas de recepta��o do material. A a��o � resultado da Opera��o Blecaute, desencadeada pela Pol�cia Civil em parceria com a Companhia Energ�tica de Minas Gerais (Cemig), em quatro estabelecimentos na �rea da Pra�a do Peixe e Avenida Pedro II, no Bairro Bonfim.
O delegado Jos� Luiz Quint�o, da 3ª Delegacia Centro, informou que as investiga��es continuam, mirando em receptadores intermedi�rios e finais. “S� existe quem furta, porque h� quem compra o material ilegal”, disse. Segundo ele, quem furta, na maioria das vezes, s�o usu�rios de drogas, moradores de rua e pessoas em vulnerabilidade social e econ�mica.
Os suspeitos foram enquadrados no crime de recepta��o qualificada de produtos de proced�ncia il�cita no exerc�cio de atividade comercial. O furto de cabeamentos traz transtorno direto � popula��o, como a interrup��o do servi�o de energia. Al�m disso, v�rios sem�foros na cidade est�o com defeito por causa da subtra��o dos fios de cobre.
De acordo com a Cemig, desde dezembro do ano passado, a companhia registrou invas�o e furtos em 41 c�meras subterr�neas. Entre materiais e servi�os para recomposi��o da rede, o preju�zo foi da ordem de R$ 760 mil na Regi�o Metropolitana de BH. Os equipamentos mais visados pelos infratores s�o os condutores de energia, transformadores e reguladores de tens�o.
Segundo o gerente de Manuten��o da Distribui��o Metropolitana da Cemig, Emmanuel Jos� Bernardes, a empresa tem estudado formas para reduzir ou inibir a a��o de v�ndalos. Pela primeira vez numa opera��o da pol�cia para o combate a esse tipo de crime, t�cnicos da companhia acompanharam os agentes para analisar a proced�ncia dos 950 quilos de materiais apreendidos – muitos deles, reconhecidos como de uso exclusivo da rede de ilumina��o p�blica e outros pertencentes � Cemig, entre eles, conectores e cabeamento.
"Os furtos causam s�rios problemas de interrup��o nos centros comerciais e �s pessoas que se aventuram a cometer o delito", disse. Ele conta que desde dezembro os casos se intensificaram. "N�o sabemos se os furtos est�o migrando de outras categorias para essa. Vamos continuar com a parceria com a pol�cia" , afirmou Bernardes.