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Estado de Minas

Vale paralisa outro complexo


postado em 21/03/2019 05:12

 

A Vale interrompeu temporariamente as opera��es na Mina de Alegria, em Mariana, na Regi�o Central do estado. Segundo a empresa, an�lises preliminares sobre a estabilidade de barragem na estrutura alcan�aram resultados inconclusivos, o que n�o permite garantir a sua seguran�a. Por�m, a mineradora sustenta que as condi��es s�o est�veis. A informa��o foi veiculada por meio de comunicado publicado no pr�prio site da companhia na noite de ontem, mas n�o h� detalhamento sobre qual represa haveria d�vidas.

De acordo com a Vale, os estudos ser�o aprofundados para se chegar a uma conclus�o sobre as condi��es da estrutura. Caso haja garantia da seguran�a, os trabalhos no local ser�o retomados. Segundo a empresa, o impacto da suspens�o na produ��o � de, aproximadamente, 10 milh�es de toneladas ao ano.

Logo ap�s o comunicado, por volta das 21h, a equipe do Estado de Minas consultou a Vale para apurar qual barragem instalada na Mina de Alegria apresentou dados inconclusivos. Contudo, a assessoria da mineradora informou, por telefone, n�o dispor da informa��o no momento. A empresa tamb�m n�o informou quantos trabalhadores foram afetados pela medida, nem qual a quantidade de rejeitos depositada na estrutura em quest�o. O Rio Piracicaba, que des�gua no Rio Doce entre as cidades de Tim�teo e Ipatinga, no Vale do A�o, corre pelas imedia��es do complexo miner�rio.

Essa n�o � a primeira vez que a Mina de Alegria aparece associada a problemas ligados � seguran�a de barragens. Em dezembro de 2015, pouco mais de um m�s depois do rompimento da Barragem do Fund�o, tamb�m em Mariana, o EM noticiava que a Vale despejava rejeitos desse complexo na represa administrada pela Samarco, que se rompeu. A transfer�ncia, contudo, n�o era permitida pela licen�a expedida pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustent�vel (Semad).

Segundo o Minist�rio P�blico Federal (MPF), em 2014, 28% dos efluentes l�quidos lan�ados em Fund�o foram fruto da atividade da Vale na Mina da Alegria. O relat�rio mostra que nos �ltimos tr�s anos completos antes da cat�strofe, entre 2012 e 2014, o percentual de rejeitos l�quidos da Vale passou de 11,8% em 2012 para 28% em 2014 na represa da Samarco. J� com rela��o aos rejeitos s�lidos, em 2012 o percentual da Vale ficou em 24%. No ano seguinte, caiu para 21%, e em 2014 chegou a 36%.

Na �poca, a Vale informou que o �ndice era de apenas 5%, cerca de 700 mil metros c�bicos. A empresa tamb�m sustentou que detinha licen�a ambiental para fazer o transporte dos rejeitos. O desastre de Mariana deixou 19 pessoas mortas e foi considerada a pior trag�dia socioambiental da hist�ria do pa�s, devastando a Bacia do Rio Doce at� a foz, no Oceano Atl�ntico.


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