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Estado de Minas

Presidente afastado da Vale n�o descarta neglig�ncia em rompimento da barragem de Brumadinho

Em CPI, F�bio Schvartsman disse que s� existem duas possibilidades para esclarecer a trag�dia: ou algo imprevisto aconteceu ou houve neglig�ncia com rela��o aos riscos de rompimento da barragem


postado em 28/03/2019 17:57 / atualizado em 28/03/2019 18:44

Fábio Schvartsman prestou depoimento na CPI do Senado que investiga a tragédia de Brumadinho(foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
F�bio Schvartsman prestou depoimento na CPI do Senado que investiga a trag�dia de Brumadinho (foto: Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

O presidente afastado da Vale, F�bio Schvartsman, n�o descartou a possibilidade de funcion�rios da mineradora terem negligenciado os riscos de rompimento da barragem B1 da Mina C�rrego do Feij�o, em Brumadinho. O depoimento foi feito, nesta quinta-feira, na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) no Senado que investiga a trag�dia. Em 25 de janeiro, a estrutura entrou se rompeu, 
deixando mais de 300 mortos.

De acordo com o executivo, s� existem duas possibilidades para esclarecer o que houve. “Ou aconteceu algo que n�o estava previsto – que � diferente de tudo que se monitora, tudo que se olha – e que derrubou aquela barragem ou houve informa��o pelos sistemas, aconteceram leituras que mostravam problemas e essas leituras, por qualquer motivo, n�o foram levadas � s�rio e n�o foram transmitidas para os demais escal�es da Companhia”, disse Schvartsman. 

Em fevereiro, durante reuni�o da comiss�o externa da C�mara dos Deputados que apura a situa��o de barragens no Brasil, Schvartsman foi muito criticado por ter declarado que a Vale "� uma j�ia brasileira" e n�o poderia ser condenada por um acidente ocorrido em uma de suas barragens, "por maior que tenha sido a trag�dia.”

Nesta quinta-feira, no Senado, ele reconheceu que, � �poca, foi extremamente infeliz na declara��o e disse que a companhia deve, sim, ser responsabilizada pela trag�dia em Brumadinho.

Risco e responsabilidade

Questionado por senadores sobre o risco de rompimento de outras barragens, Schvartsman disse que, como est� afastado da Vale, n�o tem informa��es atualizadas. “Enquanto eu estava na companhia, todas essas barragens tinham laudo de estabilidade. Consequentemente, acreditava-se que todas estavam em boas condi��es”, afirmou.

Ao citar os nomes de diretores da mineradora, como Peter Poppinga e L�cio Flavo Gallon Cavalli, que atuaram em Brumadinho e perguntado se seria deles a responsabilidade por n�o terem evitado a trag�dia, Schavartsman afirmou: “o fato de eu ser presidente [da Vale � �poca] n�o me faz onisciente. Eu n�o sei quem, nem por que, algu�m mentiria em rela��o a um assunto t�o importante. S�o 150 gerentes executivos dentro da companhia. Pessoas que trabalham dentro de responsabilidades muito importantes”, ressaltou.

Na pr�xima quarta-feira (3) a CPI volta se reunir para ouvir os consultores da empresa alem� T�v S�d, Makoto Namba e Andr� Yum Yassuda; da Vale, Alexandre de Paula Campanha; e Ana L�cia Yoda, da Tractebel, respons�veis por atestar a seguran�a da barragem de Brumadinho.

Requerimentos

Al�m de ouvir o ex-presidente da Vale, a CPI aprovou 18 requerimentos de autoria do relator da CPI, senador Carlos Viana (PSD-MG), sendo duas convoca��es e 16 convites. Entre os convocados para prestar informa��es est�o o diretor-geral da Ag�ncia Nacional de Minera��o, Victor Hugo Froner Bicca, e o secret�rio de Meio Ambiente de Minas Gerais Germano Lu�s Gomes Vieira. A data das audi�ncias ainda n�o foi definida.

O colegiado tamb�m quer ouvir o promotor de Justi�a do Minist�rio P�blico de Minas Gerais Guilherme de S� Meneghin, que atuou no caso do rompimento da barragem em Mariana, e uma moradora de Brumadinho, Carolina de Moura Campos, que representar� a sociedade civil.

*Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie


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