
Uma semana depois do embarque de bombeiros militares em Minas Gerais para a cidade de Beira, em Mo�ambique, no continente africano, diversas a��es humanit�rias e de reconstru��o da cidade j� come�am a ser promovidas pelos militares experientes em desastres como o de Brumadinho e Mariana. Ontem, mineiros continuam trabalhando na desobstru��o de vias e transporte de mantimentos, al�m da montagem de tendas. De acordo com a corpora��o, s�o tarefas cruciais na promo��o de a��es de Defesa Civil, refor�ando o compromisso em diminuir o sofrimento das v�timas.
No quinto dia da Opera��o Mo�ambique, militares relataram as a��es humanit�rias e de reconstru��o do territ�rio que foi devastado pelo Ciclone Idai. De acordo com o capit�o Kl�ber Castro, produtos simples, como uma barra de prote�na e �gua, pura s�o um alento para os afetados pelo desastre. Os bombeiros auxiliam tamb�m na constru��o de barracas e na orienta��o de como utiliz�-las, considerando cuidados como espa�amento entre elas, uso correto do fogo e instala��o de latrinas.
Na quarta-feira, as equipes come�aram a desobstru��o das vias. “� uma fun��o extremamente importante, pois o helic�ptero consegue transportar pouca carga por viagem. Basicamente, a aeronave auxilia no envio de comida e rem�dios, mas o transporte de carga pesada s� pode ser feito pelas rodovias”, informa a corpora��o.
Tarefas simples que se tornam desafios em Mo�ambique. “Na �rea afetada n�o h� motosserra, n�o h� conhecimento t�cnico para cortar �rvores de maneira r�pida. Os moradores da comunidade est�o cortando �rvores com pedra lascada. O machado n�o tem cunha, e eles o seguram com a m�o. O uso de motosserra de maneira veloz e h�bil surpreendeu crian�as e adultos que n�o conheciam o equipamento”, relatou capit�o Kleber.
A abertura de vias possibilita tamb�m que pessoas doentes saiam dos munic�pios devastados para se dirigir �s cidades-polo, como � o caso de Beira, para que tenham atendimento m�dico adequado. Segundo relatos de militares mineiros, uma mulher gr�vida, em sua rota para Beira, foi obrigada atravessar um rio caminhando, e ainda dependeu do apoio de outras pessoas que a ajudaram a atravessar sua motocicleta. Essa situa��o ocorre pelo fato de n�o existirem mais pontes que permitam transpor os cursos d’�gua.
Na �ltima quinta-feira, houve um voo de reconhecimento em Nhamatanda. Foi avaliada a possibilidade de constru��o de pontes provis�rias para permitir a passagem de ve�culos leves, como motos, carros pequenos e viaturas com tra��o nas quatro rodas com mantimentos.
O ciclone atingiu, al�m de Mo�ambique, o Zimb�bue e Malawi. Mais de 2,5 milh�es de pessoas foram diretamente afetadas e as inunda��es decorrentes do fen�meno atingiram tamb�m Madagascar e a �frica do Sul. Os ventos chegaram a 200km/h.
* Estagi�ria sob supervis�o do editor Roney Garcia