
As estrat�gias para prevenir a a��o de quadrilhas que explodem caixas eletr�nicos, crime que tirou o sossego de cidades em todas as regi�es de Minas Gerais, se interiorizam. Ao longo da semana, autoridades da Grande BH e do Colar Metropolitano fizeram reuni�es para articular a cria��o de redes regionais de monitoramento de explos�es de terminais banc�rios em ag�ncias, com�rcios e empresas. A expectativa � que os grupos sejam instalados em Sete Lagoas, onde ocorreu o primeiro encontro, em Contagem e em Vespasiano. Essa pol�tica j� funciona desde 2018 em Divin�polis, onde a redu��o dos crimes chegou a 77% na regional, caindo de 18, em 2017, para quatro no ano passado.
A expectativa da Secretaria de Estado de Seguran�a P�blica (Sesp) � que 20 munic�pios nas 19 Regi�es Integradas de Seguran�a P�blica (Risps) abriguem esse sistema, permitindo uma preven��o mais efetiva, tendo-se em vista a extens�o do territ�rio de Minas Gerais, quarto maior do Brasil. O estado � ainda o que tem maior n�mero de munic�pios (853) e onde se encontra a mais extensa malha rodovi�ria. As redes contam com 13 institui��es de seguran�a das esferas federal e estadual, sob a coordena��o da Sesp. Os crimes tamb�m ca�ram no estado, passando de 252, em 2016, para 191, em 2017 (-24%) e para 95 (-50%) no ano passado.
Na ter�a-feira, as autoridades regionais receberam a c�pula da intelig�ncia da Sesp para a apresenta��o do protocolo integrado de atua��o no combate aos ataques. “Esse combate (aos ataques a caixas eletr�nicos) � uma das prioridades. H� um protocolo contra as quadrilhas armadas desde 2016. Estamos justamente tirando da gaveta e consolidando as a��es pelas Risps 19”, afirma o subsecret�rio de Integra��o da Sesp, coronel Etevaldo Luiz Ca�adini.
Segundo ele, um dos objetivos j� cumpridos foi viabilizar os grupos nas regi�es do Tri�ngulo (Uberaba e Uberl�ndia) e Sul de Minas (Pouso Alegre e Lavras), por serem �reas onde a criminalidade interestadual vem agindo com mais efetividade. “Essas regi�es s�o as piores, pois temos o ingresso de quadrilhas do Mato Grosso, de Goi�s e de S�o Paulo. Esses protocolos est�o sendo colocados na mesa para fortalecer em todas as Risps a integra��o com as demais for�as de seguran�a p�blica e demais parceiros”, disse Ca�adini.
O grupo de coordena��o da Sesp informa ter uma “forte atua��o na �rea de intelig�ncia, fazendo o mapeamento do modus operandi dos criminosos e a identifica��o de quadrilhas. De forma integrada, as apura��es da intelig�ncia se transformam em opera��es repressivas e preventivas”. “Em Uberl�ndia e Uberaba, tivemos grande repercuss�o, j� um efeito desse trabalho. Conseguimos grandes apreens�es de dinamite e isso desestimulou uma grande quadrilha que estava focada em ataques na regi�o”, destaca o subsecret�rio.
Somando as caracter�sticas e recursos das v�rias institui��es e corpora��es, o secret�rio espera conseguir tamb�m desestimular as quadrilhas. “Cada for�a tem peculiaridades e protocolos. Estamos justamente levando o fortalecimento, se a PM s� possui dois carros num lugar, a Civil dois e Gaeco um, nossa integra��o fortalece essa imagem de for�a-tarefa vai desestimulando os olheiros que checam os alvos das quadrilhas nas cidades”.
As redes de monitoramento contam com 13 institui��es de seguran�a das esferas federal e estadual, sob a coordena��o da Sesp, com a participa��o de corpora��es como a Pol�cia Militar, Pol�cia Civil, Minist�rio P�blico, Corpo de Bombeiros Militar, Ex�rcito, Pol�cia Rodovi�ria Federal, Pol�cia Federal, Abin, Associa��o de Bancos do Estado de Minas Gerais, Associa��o Brasileira de Bancos, Febraban e Secretaria de Estado de Administra��o Prisional (Seap). “Foi muito importante integrar parceiros como a Febraban. Criamos grupos de redes sociais espec�ficos, que s�o acionados sempre que um il�cito ocorre. Com isso, podemos saber, no mesmo instante, se um crime est� em andamento, como cercar esse problema”, afirma. A previs�o � de que os grupos atuem tamb�m em Barbacena, Betim, Curvelo, Governador Valadares, Juiz de Fora, Montes Claros, Passos, Te�filo Otoni, Una� e Varginha.