A dengue segue fazendo v�timas em Minas Gerais. O n�mero de mortes em decorr�ncia da doen�a j� chegou a 21, sete a mais do que o �ltimo boletim epidemiol�gico divulgado pela Secretaria de Estado de Sa�de (SES/MG) em 22 deste m�s. Vale ressaltar que n�o significa que os casos aconteceram neste intervalo de tempo. A situa��o pode ser ainda pior. Ainda est�o sendo investigados outros 66 �bitos. O n�mero de casos prov�veis – que engloba os confirmados e os suspeitos – j� ultrapassam 165,8 mil.
A epidemia de dengue vem se espalhando rapidamente pelo territ�rio mineiro. Do total das mortes, oito aconteceram em Uberl�ndia, na Regi�o do Tri�ngulo Mineiro. Betim, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, j� registra 7 �bitos. Una�, no Noroeste de Minas, tem duas mortes. J� Arcos, na Regi�o Centro-Oeste, Paracatu, Regi�o Noroeste, Frutal, no Tri�ngulo, e Ibirit�, na Grande BH, t�m uma morte cada.
Entre as cidades que vem sofrendo com a doen�a est� Contagem, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte. De acordo com a prefeitura, j� foram confirmados 1.559 casos e outros 13.425 est�o sob investiga��o. N�o h� confirma��o de morte no munic�pio, mas tr�s �bitos est�o sendo investigados.
A doen�a vem aumentando a cada m�s, segundo mostra o boletim epidemiol�gico divulgado pela SES, e j� chega a 165.853 registros. Em janeiro, foram 17.368 casos prov�veis. Fevereiro, mais 34.397, mar�o, 69.395. J� em abril, considerado o pior fase das enfermidades transmitidas pelo Aedes aegypti, j� s�o 44.693.
Nas �ltimas quatro semanas, 188 cidades apresentaram incid�ncia alta ou muito alta de casos prov�veis da dengue, o que � considerado epidemia. Outros 109 munic�pios est�o com incid�ncia m�dia no per�odo, al�m de 280 com baixa incid�ncia.
Emerg�ncia
Na �ltima semana, o governador Romeu Zema decretou emerg�ncia na sa�de p�blica por causa da dengue. Dos 301 munic�pios contemplados pelo decreto de emerg�ncia, 46,8% apresentam incid�ncia alta ou muito alta de casos prov�veis. O decreto � justificado pelo aumento consider�vel de interna��es para tratamento da doen�a em compara��o com o ano passado, e tamb�m pela necessidade de preparar e instrumentalizar a rede de servi�os de sa�de para aumentar a vigil�ncia e assist�ncia aos pacientes.
Com o decreto, ser� poss�vel mobilizar recursos de forma mais �gil para enfrentamento do Aedes aegypti e estrutura��o de servi�os de atendimento �s pessoas infectadas pelo v�rus causador da doen�a. O texto do decreto pontua que a epidemia, no contexto de restri��o financeira do estado, pode gerar um colapso na sa�de p�blica em raz�o do aumento da demanda sobre as unidades. De acordo com a publica��o assinada pelo governador, a situa��o de emerg�ncia vale por 120 dias e autoriza a ado��o de medidas necess�rias � conten��o da epidemia, “em especial a aquisi��o p�blica de insumos e materiais e a contrata��o de servi�os estritamente necess�rios ao atendimento da situa��o emergencial”.
Dinheiro
O governo do estado anunciou que, por meio de resolu��o, a Secretaria de Estado da Sa�de destinou R$ 4,18 milh�es para as a��es de combate � dengue, contemplando, no primeiro momento, 93 prefeituras. Os recursos s�o aplicados em a��es como refor�o de despesas com pessoal (entre elas contrata��o de agentes de controle de endemias e capacita��es para profissionais na assist�ncia hospitalar) e custeio e manuten��o de atividades, como confec��o e reprodu��o de material gr�fico informativo, aquisi��o de material de apoio para a��es de mobiliza��o e mutir�es de limpeza de �reas priorit�rias.
Os munic�pios recebem valores para enfrentar o avan�o da doen�a de acordo com a popula��o. At� 25 mil habitantes, o repasse � de R$ 20 mil; de 25.001 a 70 mil habitantes, R$ 40 mil; de 70.001 a 100 mil habitantes, R$ 70 mil; de 100.001 a 400 mil habitantes, R$ 200 mil; e acima de 400 mil habitantes, R$ 400 mil.