
Belo Horizonte ganha o refor�o do Ex�rcito no combate ao mosquito Aedes aegypti. A partir de ter�a-feira, cerca de 50 militares passar�o a integrar as equipes dos tr�s Centros de Atendimento � Dengue (CAD) e nas Unidades de Pronto-Atendimento (Upas) da cidade, para dar apoio ao pessoal administrativo.
A ideia � “folgar” do servi�o burocr�tico os funcion�rios da �rea de sa�de, como enfermeiros e m�dicos, os deixando se concentrar no atendimento a pacientes. Eles ficar�o respons�veis por fazer o cadastramento de quem est� em consulta e preencher as fichas de notifica��o.
“A exemplo da Pol�cia Militar, que disponibilizou 10 m�dicos para atender os casos de dengue, o Ex�rcito fez essa parceria conosco. Agora, s� falta o esfor�o de toda a popula��o”, afirmou ontem o secret�rio Municipal de Sa�de, Jackson Machado. Ele ressaltou que a epidemia deste ano era esperada e est� controlada.
S�o 7.764 casos confirmados da doen�a e 25 mil em estudo. A expectativa � de que o n�mero de doentes em 2019 chegue a pouco mais de 30 mil. Apesar da grande quantidade, a epidemia ser� mais branda que em 2016, quando foram registrados 154 mil confirma��es na capital. “A sobrecarga se d� muito em fun��o dos moradores de munic�pios lim�trofes, que v�m procurar atendimento em BH. Outra quest�o � que este ano temos um v�rus que n�o circulava h� aproximadamente nove anos, logo, a popula��o n�o tem anticorpos contra ele.”
O secret�rio-adjunto de Estado de Sa�de, Bernardo Ramos, informou que o decreto de calamidade vai desburocratizar a m�quina p�blica e dar mais efici�ncia e resposta r�pida ao paciente que chega para atendimento. Minas tem 165 mil casos confirmados e deve chegar a 220 mil este ano.
WOLBACHIA A expectativa para reduzir futuramente os casos de dengue em todo o pa�s est� no inset�rio, que est� sendo criado em Belo Horizonte. Ser�o criados, identificados e monitorados mosquitos Aedes aegypti com a bact�ria Wolbachia, para serem liberados em Belo Horizonte.
O projeto tem como objetivo contribuir para a redu��o da transmiss�o dos v�rus dengue, zika e chikungunya, em Belo Horizonte, e � parte integrante do programa internacional World Mosquito Program (WMP), em uma parceria com a Funda��o Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Minist�rio da Sa�de.
A bact�ria, que � inofensiva � esp�cie humana, ocorre em 60% dos mosquitos da fauna brasileira, n�o est� presente no Aedes. Pesquisas constataram que, ao serem contaminadas com a Wolbachia, as f�meas do mosquito transmissor da dengue n�o transmite o v�rus da doen�a. Os trabalhos no inset�rio devem come�ar em agosto.