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Estado de Minas

S� cinco cidades da Grande BH ainda n�o sofrem com epidemia de dengue

Vinte e nove dos 34 munic�pios da regi�o metropolitana t�m incid�ncia da doen�a alta ou muito alta. Regional de sa�de da capital � a �nica com tr�s tipos de v�rus circulando


postado em 02/05/2019 06:00 / atualizado em 02/05/2019 07:50

Centro de Atendimento para Dengue aberto ontem na Regional Nordeste recebeu no feriado quase 120 pacientes com sintomas (foto: jair amaral/em/da.press)
Centro de Atendimento para Dengue aberto ontem na Regional Nordeste recebeu no feriado quase 120 pacientes com sintomas (foto: jair amaral/em/da.press)

O homem caminha devagar, amparado por um enfermeiro e pela filha. Segurando a cabe�a com a m�o direita e ligada ao soro pelo bra�o esquerdo, a mulher de meia-idade lamenta as dores e pede desculpa por estar um pouco confusa. A fam�lia – pai, m�e e crian�a de colo – chega apressada para passar pela triagem e buscar aux�lio m�dico. As cenas recorrentes nos centros de atendimento para dengue (CADs) da Prefeitura de Belo Horizonte – que inaugurou ontem mais duas unidades – t�m se tornado assustadoramente comuns na grande maioria dos munic�pios da regi�o metropolitana da capital mineira.

Segundo dados da Secretaria de Estado de Sa�de, 29 das 34 cidades (85,3%) da Grande BH enfrentam epidemia da doen�a transmitida pelo mosquito Aedes aegypti (veja mapa). Entre elas est�o as tr�s mais populosas cidades da regi�o: Belo Horizonte, Contagem e Betim – esta �ltima com a situa��o mais grave, com 4.739,3 casos prov�veis por 100 mil habitantes. Para se ter uma ideia, considera-se situa��o epid�mica quando a taxa supera a marca de 300/100 mil.

Al�m dos n�meros alarmantes, a Unidade Regional de Sa�de de Belo Horizonte � a �nica no estado onde circulam tr�s sorotipos do v�rus da dengue (Denv1, 2 e 3). A situa��o fez com que diferentes cidades da Grande BH adotassem medidas de emerg�ncia para conter o avan�o da doen�a.

Na capital (1.029,03 casos prov�veis por 100 mil habitantes), j� s�o tr�s CADs implantados: al�m das regi�es Nordeste (Rua Joaquim Gouv�ia, 560) e Venda Nova (Rua Padre Pedro Pinto, 175), que abriram ontem suas unidades, o Barreiro, territ�rio com o maior n�mero de casos confirmados na cidade, j� havia instalado um centro no s�bado.

Em Contagem (1.845,7/100 mil), a prefeitura abriu todas as 30 centrais para tratamento da dengue espalhadas pela cidade, equipadas com insumos necess�rios a esse tipo de atendimento, como aparelhos de medir press�o e material para hidrata��o venosa.


A situa��o � parecida em Ribeir�o das Neves (870,8/100 mil). O Executivo municipal criou uma for�a-tarefa para tentar combater o mosquito transmissor da doen�a e ampliou o atendimento aos pacientes que lotam as unidades de sa�de. Na Unidade Vol�mica, criada na UPA Justin�polis, a equipe m�dica ganhou refor�o ontem com a chegada de mais dois profissionais. Amanh�, servidores da prefeitura v�o passar por diferentes pontos da cidade para conscientizar a popula��o, buscando combater e evitar novos focos do Aedes.

Morador h� tr�s meses do munic�pio de Sabar�, na Regi�o Metropolitana de BH, o padeiro Wilson Luciano acompanhou a mulher dele, que estava com os sintomas da dengue, at� o CAD da Regi�o Nordeste da capital, na manh� de ontem. “Morei a vida inteira no Bairro S�o Marcos (Regi�o Nordeste), aqui do lado, ent�o preferi vir aqui, pois n�o conhe�o praticamente ningu�m em Sabar� e nem tenho cadastro no centro de sa�de de l�”, contou enquanto aguardava a companheira ser atendida.

A subsecret�ria municipal de Sa�de de BH, Taciana Malheiros, informou que, das cerca de 50 pessoas com suspeita de dengue que passaram pela UPA Nordeste das 7h �s 11h de ontem, cerca de 20% eram moradoras de munic�pios vizinhos da capital. A lota��o nas UPAs da capital foi atribu�da pelo prefeito de BH, Alexandre Kalil, na semana passada, � precariedade na sa�de em munic�pios da Grande BH.



EXCE��ES


A epidemia de dengue que assombra a regi�o metropolitana s� n�o atinge cinco munic�pios do aglomerado urbano: Nova Lima, Brumadinho, Santa Luzia, Taquara�u de Minas e Raposos. Desses, apenas o �ltimo apresenta incid�ncia baixa (menos que 100 casos por 100 mil habitantes), enquanto todos os outros quatro apresentam taxa m�dia (entre 100 e 300 casos/100 mil).

O fato de Brumadinho estar fora das cidades epid�micas chama a aten��o. Em 5 de fevereiro, dias depois do rompimento da Barragem 1, da Vale, a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou estudo alertando para a possibilidade de surto de doen�as infecciosas, como febre amarela, esquistossomose e dengue na cidade inundada pela lama de rejeitos. Contudo, dados do governo do estado mostram que o munic�pio tem 154,3 casos a cada 100 mil pessoas, o que configura incid�ncia m�dia.

PM refor�a atendimento

 

Na tentativa de combater o surto de dengue, o governo do estado e a prefeitura de Belo Horizonte fecharam parceria para o uso de parte da estrutura do Hospital de Campanha da Pol�cia Militar no Centro de Atendimento para Dengue (CAD) do Barreiro (Pra�a Modestino Sales Barbosa, 100, Bairro Fl�vio Marques Lisboa), regi�o mais atingida pela epidemia na cidade, com 1.232 casos foram confirmados segundo o �ltimo levantamento da Secretaria Municipal de Sa�de.

Com isso, m�dicos e enfermeiros militares estar�o dispon�veis no local das 8h �s 20h a partir de hoje. Ser�o cinco profissionais, sendo dois pediatras, por turno. A estimativa � de que a capacidade de atendimento seja ampliada em, no m�nimo, 180 pacientes por dia. De acordo com Taciana Malheiros, subsecret�ria Municipal de Sa�de de BH, os CADs da cidade v�o funcionar todos os dias, das 7h �s 18h. Ela adiantou que, desde 11 de abril, foram contratados 273 profissionais de sa�de para trabalhar nas unidades, dos quais 125 m�dicos.

No CAD Nordeste, em funcionamento no pr�dio da UPA regional, quem chega tem entrada exclusiva. A triagem � feita em uma tenda onde o paciente pode inclusive receber soro, seguindo para a segunda etapa dentro do pr�dio do Bairro S�o Paulo. Moradora do Bairro Piraj�, na Regi�o Nordeste, a dona de casa Catarina Pereira Silva, de 58, se mostrou satisfeita com o atendimento. Passou pela triagem, recebeu o soro e depois esperou deitada at� ser levada para outro setor do CAD.


O porteiro Jos� Maria Morel, de 62, morador do Bairro Paulo VI, na mesma regi�o, tamb�m elogiou o atendimento. “�timo”, destacou, esclarecendo que se trata da segunda vez com suspeita da doen�a, que tem, confirmados, conforme �ltimo dado da PBH, 6.280 casos e outros 18,8 mil em investiga��o. Ontem, 118 pacientes com sintomas da virose procuraram o CAD Nordeste, 172 foram ao CAD Venda Nova e 98, � unidade do Barreiro.

Em toda Minas Gerais, o v�rus da dengue j� infectou 165.853 pessoas em 2019. S�o 21 mortes confirmadas, com outras 66 sob investiga��o, o que pode elevar o n�mero de �bitos para 87. No Brasil, apenas o estado de S�o Paulo tem mais vidas perdidas pela doen�a, segundo o �ltimo levantamento do Minist�rio da Sa�de.


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