
Durante 40 dias, eles enfrentaram as limita��es apresentadas no pa�s africano inundado pelos ciclones Idai e Kenneth, que somados mataram cerca de 650 pessoas e deixaram milhares de feridos e desabrigados."Estamos honrados pelo nosso trabalho, por cada crian�a e idoso salvos e por cada estrada desobstru�da, por onde os rem�dios e �guas necess�rias � popula��o", comemorou o comandante da opera��o, major Rafael Cosendey.
Como momento mais marcante dos trabalhos na �frica, Consendey ressaltou o salvamento de duas pessoas ilhadas em um ponto de dif�cil acesso. "Era um local que realmente n�o conhec�amos. Nossos homens entraram nas �guas cercadas de crocodilos e hipop�tamos para salvar dois homens que estavam ilhados num local onde n�o t�nhamos condi��es de colocar o barco. A �nica op��o era o salvamento a nado e os militares estavam preparados", disse tomado pela emo��o.
Pouco antes da chegada dos bombeiros, familiares aguardavam, com muita ansiedade, o retorno dos militares. Christiany Martins, de 25 anos, relatou as dificuldades de comunicar com o marido, o sargento Leonardo Costa, um dos convocados para a opera��o Mo�ambique. "S� consegui falar com ele depois que arrumaram um roteador l�, mas mesmo assim por mensagem. Por liga��o, nenhum dia eu consegui", contou.
Segundo ela, as desigualdades econ�micas entre o Brasil e o pa�s arrasado pelos ciclones Idai e Kenneth se tornaram os maiores desafios para Leonardo durante a for�a-tarefa. "Ele ficou muito comovido com a mis�ria do povo africano. Por vezes, ele doava a �nica comida que ele tinha, aquela ra��o dos bombeiros, para as crian�as africanas. Isso tudo pouco tempo depois de viver tudo em Brumadinho", explicou.

Ao lado de Christiany, o pai do oficial, Luciano Fernandes, militar da reserva, disse como o filho se tornou motivo de orgulho para a fam�lia. "Ele sempre foi muito respeitoso comigo e quis entrar para os bombeiros desde cedo. At� hoje, a gente continua muito satisfeito com as atua��es dele", ressaltou.
Membro da opera��o, cabo Vin�cius de Brito Silva est� h� 10 anos na corpora��o, completados na �frica, e trabalhou nos desastres de Brumadinho e Mariana. "Foram dias de renascimento. � tudo diferente. A cada dia, diante de cada dificuldade, o povo mo�ambicano nos recebeu muito bem. Cada sorriso representava uma for�a pra gente. Foi um divisor de �guas na minha carreira militar", contou ao lado da esposa e dos filhos.
Presente � ocasi�o, o governador Romeu Zema (Novo) classificou o momento "mais gratificante" depois que assumiu Minas Gerais. Ele tamb�m cumprimentou os esfor�os do coronel Edgard Estevo, comandante-geral do CBMMG, e da embaixadora Maria Auxiliadora Figueiredo, chefe do Escrit�rio de Representa��o do Minist�rio das Rela��es Exteriores em Minas Gerais (Ereminas).
