
Um casal de idosos de Belo Horizonte foi v�tima de estelionat�rios que anunciavam um suposto sequestro da filha, na madrugada dessa quinta-feira. O homem de 67 anos e a mulher, de 69, passaram mais de 36 horas apreensivos e desembolsaram cerca de R$ 300 mil para tentar “salvar” a filha.
O esquema foi descoberto pela Pol�cia Civil na tarde desta sexta-feira, quando agentes encontraram as v�timas em uma ag�ncia banc�ria, depositando dinheiro para os bandidos.
De acordo com a delegada da Divis�o de Refer�ncia da Pessoa Desaparecida, Maria Alice Faria, o casal foi � delegacia por volta das 12h desta sexta, para noticiar o desaparecimento da filha. Desde quando receberam a liga��o dos bandidos, eles estavam hospedado em um hotel, j� que os estelionat�rios afirmavam estar vigiando a dupla.
Durante todo o drama, o casal era obrigado a realizar diversos dep�sitos para contas diferentes. “Esses bandidos v�o falando, dando procedimentos, mudando de conta em conta e, no desespero, a v�tima acaba aceitando as condi��es”, afirmou a investigadora. Ao todo, as v�timas perderam R$ 285 mil com o golpe - R$ 15 mil foram recuperados pela banco.
Para enganar o casal de idosos, os bandidos utilizavam a voz de uma mulher para simular a entona��o da filha. “Eles (estelionat�rios) colocaram uma mulher para falar no telefone como se fosse a filha. Assim, caso o casal n�o fizesse tudo que eles mandassem, a amea�a era de que ela morreria”, explica.
A delegada ainda reitera que esses golpes s�o feitos de forma aleat�ria, portanto os bandidos n�o sabem o nome do familiar supostamente sequestrado. Na ocasi�o, foram os pr�prios pais que, no desespero, acabaram dizendo o nome da filha.
Apesar da descoberta do golpe, ningu�m foi preso. Segundo explica a delegada, agora as investiga��es ir�o para o Departamento de Patrim�nio da Pol�cia Civil onde ser�o investigados os autores do crime.
“� um golpe antigo que a gente alerta para a popula��o prestar aten��o. Quando esse tipo de telefonema vier, � preciso checar a informa��o; desligar o telefone e tentar contatar aquele familiar que supostamente foi sequestrado. Al�m disso, � importante que a fam�lia, ao desconfiar de um desaparecimento, procure a pol�cia o mais r�pido poss�vel”, alerta a delegada.
*Estagi�rio sob supervis�o da editora Liliane Corr�a