Submetralhadoras de fabrica��o caseira, dinheiro, campana das autoridades p�blicas, pris�es e um motorista de aplicativo. Esses s�o os elementos de uma narrativa que bem poderia ser um cap�tulo de novela ou s�rie, mas � o ponto central de uma opera��o deflagrada na madrugada deste s�bado na Vila Estrela, no Morro do Papagaio, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, pelo Minist�rio P�blico de Minas Gerais (MPMG) e a Pol�cia Militar.
A opera��o come�ou �s 23h dessa sexta-feira, quando uma das personagens centrais da trama, a jovem Mariana Gabriela Assun��o de Oliveira, de 20 anos, chegou num Renaul Logan preto � Rua Professor An�bal Matos e entrou no Beco Ant�nio Pedro. De campana, estavam a equipe do Grupo de Atua��o Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPMG e os militares do 13º Batalh�o. Os agentes haviam recebido a informa��o de que Jefferson Oliveira Dias, de 23, iria comercializar tr�s submetralhadoras de fabricadas por ele.
Enquanto o Gaeco acompanhava a movimenta��o de Mariana, os policiais aguardavam o sinal para a abordagem. A mulher desceu do ve�culo, foi recebida por Jefferson na entrada do beco, conversaram, entraram e sumiram do raio de vis�o dos agentes.
Minutos depois, ela voltou segurando uma sacola grande, entrou no carro que continuava a aguard�-la e saiu. No momento da partida, os policiais foram para cima. No banco de tr�s, a passageira segurava tr�s submetralhadoras, tr�s carregadores e um celular. Na casa de Jefferson, foi encontrada outra arma, R$ 2.590 em dinheiro, diversos materiais e equipamentos para fabrica��o de armamento e tr�s celulares de origem duvidosa, segundo os militares.
O suspeito confessou que fabrica e vende as armas a traficantes de diversas regi�es de BH. J� Mariana disse que saiu dos predinhos da Rua Alberto Martins e foi ao local buscar o material a mando de traficantes do Bairro Jaqueline, na Regi�o Norte da capital, mas n�o informaria os nomes por medo de repres�lia. Ela repassou a Jefferson R$ 1,5 mil pelas tr�s submetralhadoras.
Al�m dos dois, foi preso ainda um motorista de aplicativo, que afirmou ter iniciado a corrida na Rua Alberto Martins e que a passageira pediu que a esperasse. O ve�culo dele e o telefone celular tamb�m foi apreendido. A pol�cia acredita que ele estava realmente apenas trabalhando. A Uber foi contatada para se posicionar sobre o caso e a reportagem aguarda retorno.