Uma organiza��o criminosa tentou instalar em Minas Gerais esquema de festas eletr�nicas e raves para a venda de ectasy e outras drogas sint�ticas. A quadrilha foi impedida. Em a��o coordenada, as pol�cias civis de Minas, Distrito Federal e Goi�s desarticularam a quadrilha que realizava tr�fico interestadual, com comercializa��o de droga sint�tica em festas e raves eletr�nicas no Centro-Oeste do pa�s. A quadrilha fazia festas de fachada e contava com motoristas de aplicativos para entregar a droga.
As investiga��es tiveram in�cio h� sete meses ao longo dos quais foram cumpridos 50 mandados, 22 de pris�o e 28 de busca e apreens�o. A pol�cia acredita que parte da quadrilha que vivia em Minas enviava a droga para os outros estados. A pol�cia investiga a origem da droga, que pode, inclusive, vir do exterior.
Em Belo Horizonte, foram executados quatro mandados de pris�o tempor�ria e quatro de busca e apreens�o. Foram presos um casal – um homem com idade por volta de 40 anos e uma mulher gr�vida de oito meses – e outro suspeito, n�o identificado, no Bairro Cai�ara, na Regi�o Noroeste da capital. Um quarto suspeito foi detido no Bairro Padre Eust�quio, na mesma regi�o, com centenas de comprimidos de ectasy e muni��o calibre 32.
O delegado Rodney Martins Faria, da Pol�cia Civil do Distrito Federal, informou que a opera��o foi desencadeada no DF e se estendeu aos outros dois estados. “Em Minas, foi feito levantamento pr�vio. A gente identificou onde os alvos moravam e os mandados foram executados de forma tranquila”, afirmou. Os presos ser�o levados para o DF para responder l� pelos crimes cometidos.
Na casa do suspeito identificado apenas por Daniel, preso no Bairro Cai�ara, a pol�cia localizou a contabilidade do tr�fico. Foram ainda apreendidos celulares, com indicativos de como a droga era comercializada.
Na resid�ncia de outro suspeito, no Padre Eust�quio, foram encontrados dois pacotes com centenas de comprimidos de ectasy, cerca de 300, e muni��o calibre 32. “A atua��o deles se dava basicamente em festas eletr�nicas produzidas por eles mesmos. O grupo utilizava motoristas de aplicativos para fazer a entrega. As festas eletr�nicas eram dadas como l�citas. Mas, na verdade, nada disso ocorria. O intuito mesmo era lucrar com o com�rcio de drogas”, afirmou o delegado.
Um dos suspeitos afirmou � imprensa que saiu de Goi�s por ter sido amea�ado por policiais. A pol�cia informou que ele estava tentando se estabelecer em Minas desde o fim do ano passado. “Daqui ele iria continuar expandindo o neg�cio dele”, informou o delegado Rodney Martins.
Segunda as investiga��es, a mulher participava do esquema como “laranja”. Segundo o delegado, ela tinha conhecimento dos atos il�citos do marido e permitia que ele usasse a sua conta banc�ria. “Quase morri l�. Fui torturado. Tirei o gesso tem poucos dias. Eles bateram na perna quebrada. Fazia raves, festas eletr�nicas”, afirmou o marido. “A est�o acusando por causa da conta dela que eu uso. A conta em que fa�o pagamento dos artistas. Pago DJ pela conta dela.