
A velocidade da movimenta��o do talude norte da mina de Gongo Soco da mineradora Vale em Bar�o de Cocais (MG) registrou nesta quarta-feira, 29, �s 10h, novo aumento para 21,9 cent�metros por dia, ante 20,4 cent�metros na medi��o anterior, feita no fim da tarde de ter�a-feira, informou a Ag�ncia Nacional de Minera��o (ANM), em boletim. Em alguns pontos isolados, a movimenta��o avan�ou para 26,5 cent�metros ao dia, ante 25,9 cent�metros por dia registrado anteriormente. Segundo a ag�ncia, somente entre os dias 21 e 25, a dilata��o acumulada foi de um metro.
O talude da Mina de Gongo Soco, que � um dos pared�es em forma de degraus de onde o min�rio de ferro foi extra�do, apresenta grande movimenta��o, o que indica que deve desabar ou escorregar, podendo gerar vibra��es suficientes para romper a barragem, no entendimento inicial da Vale e da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Contudo, o pared�o se comporta de forma a escorregar para o fundo da cava da mina, o que n�o provocaria vibra��o suficiente para um rompimento, segundo an�lises da empresa e da Cedec.
“Por meio dos relat�rios de geotecnia, o talude, que apresentava um deslocamento m�dio de quatro cent�metros por dia, j� tem um desprendimento m�dio de 19,7 cent�metros e de 24 cent�metros em alguns setores por dia. Por�m, temos an�lises que mostram que a parte inferior est� descendo mais r�pido, o que demonstra um escorregamento e n�o um descolamento de placa. Ou seja, ele pode se acomodar no fundo da mina e n�o provocar um impacto muito grande que sirva de gatilho para um rompimento”, afirmou o major Marcos Afonso Pereira, superintendente de gest�o de riscos de desastres da Cedec, na manh� de ontem.
Mesmo que o talude da mina de min�rio de ferro n�o caia, as a��es de preven��o e de monitoramento da Barragem Sul Superior prosseguir�o at� que a estrutura volte a atingir um n�vel seguro de estabilidade. “Caindo o maci�o ou n�o, a situa��o da barragem segue delicada e sob risco. H� v�rias a��es em curso. A popula��o passou por dois simulados de evacua��o. H� esses planos de a��o de m�dio prazo, com a constru��o de uma barragem back up (tamb�m chamada de muro) de concreto que teria resist�ncia para a conten��o dos rejeitos e a barragem de reten��o, que pode funcionar como um remanso para reduzir a for�a da massa de rejeitos”, disse o major da Cedec. (Com informa��es de Mateus Parreiras e Pedro Lovisi, estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie)