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Estado de Minas

Hospital e bombeiros fazem alerta sobre queimaduras em Belo Horizonte

A��o marcou o Dia Nacional de Combate e Preven��o a Queimaduras. As crian�as s�o as principais v�timas de l�quidos quentes e entre os adultos a principal causa de queimaduras � o mau uso de �lcool l�quido


postado em 10/06/2019 06:00 / atualizado em 10/06/2019 08:44

Na ação no parque, bombeiros e médicos mostraram riscos de queimadura dentro de casa e deram dicas sobre os primeiros socorros em caso de acidentes (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Na a��o no parque, bombeiros e m�dicos mostraram riscos de queimadura dentro de casa e deram dicas sobre os primeiros socorros em caso de acidentes (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)


Dois mil atendimentos por ano, dos quais 500 levam a interna��es com perman�ncia superior a 30 dias. Os n�meros s�o do Centro de Tratamento de Queimados do Hospital de Pronto-Socorro Jo�o XXIII, refer�ncia nos primeiros socorros e no tratamento de v�timas desse tipo de acidente. As queimaduras exigem tratamento complexo, de longa dura��o, e com frequ�ncia deixam sequelas. As que atingem grandes �reas do corpo t�m alto grau de letalidade.

Em a��o no Dia Nacional de Combate e Preven��o a Queimaduras – 6 de junho –, o CT do Jo�o XXIII e o Corpo de Bombeiros reuniram volunt�rios no Parque Municipal Am�rico Rene� Guiannetti, no Centro de BH, para chamar a aten��o da popula��o para os riscos e como prevenir acidentes, mas tamb�m das autoridades sobre a necessidade de uma campanha preventiva permanente. “Em torno de 52% de queimaduras ocorrem no ambiente dom�stico e 90% poderiam ser evitadas”, alerta Daniela Melo, coordenadora de enfermagem do CT.

As crian�as s�o as principais v�timas das queimaduras de escaldaduras (l�quidos com altas temperaturas) e entre os adultos a principal causa � o mau uso de �lcool l�quido. “� preciso que as pessoas saibam como acender uma churrasqueira adequadamente e que os cabos de panela devem estar sempre voltados para o lado de dentro do fog�o. Para crian�as menores, e em tempos frios, � comum as m�es colocarem �gua quente primeiro para depois temperar a �gua do banho em banheiras e bacias, o que leva a acidentes. S�o tamb�m frequentes queimaduras ligadas � rede el�trica: crian�as que colocam objetos nas tomadas ou at� mordem os fios, alerta o sargento Mauro Ribeiro, do 1º Batalh�o do Corpo de Bombeiros, que levou uma equipe para demonstra��es que inclu�ram utiliza��o correta de utens�lios dom�sticos como ferro el�trico, ebulidor, g�s de cozinha e panelas de press�o.

A m�dica Kelly Danielle, coordenadora do centro de tratamento de queimados e cirurgia pl�stica do Jo�o XXIII ressaltou o grande n�mero de �bitos resultantes de grandes queimaduras. “O tratamento � complexo, temos somente um centro de refer�ncia no estado e precisamos muito engajamento do poder p�blico para ampliar esse atendimento. Trabalhamos sempre al�m da nossa capacidade”. Ela explicou que o tratamento envolve v�rias cirurgias, “�s vezes duas na mesma semana”, at� se atingir a fase de limpeza da pele necrosada e s� ent�o dar in�cio �s reconstru��es, que s�o feitas com a pele do pr�prio paciente”, para evitar rejei��o. Quando a perda � muito grande, o tecido � retirado de outra parte do corpo e pode ser expandida em at� nove vezes.

Kelly chamou a aten��o para os primeiros socorros em caso de queimaduras, enquanto se aguarda a chegada de atendimento profissional. “�gua fria � o que alivia a dor no primeiro instante. Nunca se deve passar nada, nem pasta de dentes, borra de caf� ou qualquer outro produto”, alerta.

Experi�ncia dram�tica


A dona de casa Coleta Maria Ribeiro Lutkenhause, de 68 anos, morava em S�o Gotardo, regi�o do Alto Parana�ba/Tri�ngulo Mineiro, quando, aos 4 anos e meio de idade teve um ter�o de seu corpo queimado. Ela contou que brincava com uma caixinha de f�sforos, e um �nico palito incendiou suas roupas. “Com a m�o direita eu tentava apagar e corri para a minha m�e, que me viu em chamas e usou um cobertor para abafar o fogo. Quando tirou (o cobertor), minha pela saiu”. � �poca eram poucos os recursos para tratamento e o m�dico que a atendeu usou p� antiss�ptico, cobriu os ferimentos com ataduras e orientou os familiares a trocar os curativos amolecendo com �gua. A infec��o foi inevit�vel. Ela perdeu quatro dedos da m�o direita.

Coleta mudou de m�dico e de tratamento e, aos poucos, a pele foi se recuperando, mas foram necess�rias in�meras cirurgias. Ontem, ela particiou de teatro no parque sobre o perigo do fogo, do �lcool, de panelas, cabos el�tricos e de se falar ao celular ligado � rede el�trica.


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