Um jovem de 26 anos foi preso sob suspeita de manter um laborat�rio para produ��o de droga sint�tica em apartamento no Barro Preto, Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte. � a primeira vez que a Pol�cia Civil de Minas Gerais prende um produtor local de ecstasy, droga que geralmente circula no pa�s trazida ilegalmente de pa�ses europeus. Os entorpecentes eram vendidos sob encomenda em BH, a partir de pedidos feitos pelos usu�rios via WhatsApp.
“H� mais de um ano, o departamento de combate a drogas sint�ticas detectou uma droga chama Justiceiro, – refer�ncia ao personagem da Marvel –, que era vendida em festas com grande quantidade de jovens”, diz o delegado respons�vel pela investiga��o, Gabriel Gon�alves de Jesus. Segundo a Pol�cia Civil, outros traficantes j� foram presos por vender a droga com a marca Justiceiro, o que motivou a investiga��o � procura do produtor.
O jovem fabricava a droga dentro de seu apartamento, onde morava com a companheira, na Avenida Augusto de Lima. Ao ser preso, o suspeito tentou se desfazer do entorpecente jogando-o no vaso sanit�rio, mas o material foi recuperado pelos investigadores.
As investiga��es apontam que ele vendia pequenas quantidades apenas para pessoas de confian�a. Grandes quantidades eram comercializadas para outros traficantes que fomentavam o tr�fico em todo o estado de Minas Gerais. O valor variava de R$ 10 a R$ 20 por comprimido. Estima-se que o jovem lucrava R$ 50 mil por m�s.
"Ele comprava uma massa que, geralmente, vem na cor branca e adquiria o MDMA – subst�ncia psicotr�pica – de outros pa�ses, que chegava de forma l�quida por meio de garrafa de champanhe ou potes de shampoo. Ele misturava as duas subst�ncias, escolhia a cor e colocava a marca", explicou.
O delegado disse que, at� ent�o, as apreens�es de ecstasy vinham sendo feitas apenas em aeroportos, j� que o traficante adquiria o comprimido pronto. A fabrica��o em Belo Horizonte � novidade para as autoridades. "O traficante muda a estrat�gia para burlar nossas t�cnicas de investiga��o, assim como n�s mudamos segundo o modo operante deles. Eles est�o com dificuldade de entrar com os comprimidos pelo aeroporto e tiveram a ideia de trazer na forma l�quida", disse.
Durante a��o policial, foram apreendidas unidades de ecstasy, al�m de insumos e instrumentos utilizados pelo suspeito para produ��o de drogas.