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Estado de Minas

UFMG busca volunt�rios de 15 a 19 anos para testar profilaxia pr�-exposi��o ao HIV

Alvo da pesquisa s�o homossexuais e trans dessa faixa et�ria, que t�m 25 vezes mais risco de contrair o v�rus da Aids do que a popula��o em geral. Medicamento, que leva o nome de PrEp, j� � usado em adultos


12/06/2019 06:00 - atualizado 12/06/2019 07:24

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


O risco de jovens entre 15 e 19 anos homossexuais, gays e transexuais de contrair o v�rus de HIV � 25 vezes maior do que o da popula��o em geral. Em 10 anos, o �ndice de detec��o de Aids quase triplicou nessa faixa et�ria. De acordo com o Minist�rio da Sa�de, os casos saltaram de 2,4 por 100 mil habitantes, em 2006, para 6,7, em 2016. Em Minas, os casos quase dobraram de 2011 para 2018, passando de 90 para 166, de acordo com a Secretaria de Estado da Sa�de (SES).

O crescimento no n�mero de cont�gio � uma das raz�es para o teste Profilaxia Pr�-Exposi��o ao HIV (PrEP) feita com a popula��o nessa faixa et�ria. A pesquisa � realizada em Minas pela Faculdade de Medicina da UFMG. Nacionalmente, participam a Universidade de S�o Paulo (USP) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Nesta fase, os estudos para averiguar a efic�cia do medicamento recrutam participantes dentro da faixa et�ria indicada, sobretudo homens que fazem sexo com outros homens, gays e pessoas trans. At� o momento, 20 pessoas se voluntariaram em Minas e esse n�mero pode chegar a 200 no estado.

A preval�ncia da doen�a na popula��o geral � de 0,4%, enquanto em jovens na faixa et�ria indicada � de 10%. Isso significa que para cada grupo de 100 pessoas, 10 podem se infectar nessa faixa et�ria. Em algumas capitais, a preval�ncia pode ser ainda maior, como � o caso de S�o Paulo, em que est� em torno de 20%.

O PrEP j� est� dispon�vel para o p�blico adulto, acima de 18 anos, no Sistema �nico de Sa�de (SUS). A efic�cia na preven��o do cont�gio com o v�rus gira em torno de 95%. O coordenador da pesquisa e professor da Faculdade de Medicina da UFMG, Una� Tupinamb�s, afirmou que essa faixa et�ria costuma ficar na invisibilidade e, por isso, torna-se ainda mais vulner�vel. “Temos a comprova��o da efic�cia do medicamento para pessoas acima de 18 anos. Agora faremos essa preven��o cont�nua ao HIV com essa popula��o com risco acrescido”, diz.

Ao aderir o programa, o volunt�rio pode optar por fazer uso do medicamento, mas, ainda assim, � informado sobre outros meios de evitar o cont�gio da doen�a, como o uso de preservativos, gel, a realiza��o da testagem de HIV com frequ�ncia.

Tamb�m � informado aos participantes que o PrEP n�o previne outras doen�as sexualmente transmiss�veis, como s�filis, gonorreia, herpes. Os volunt�rios passam por acompanhamento psicol�gico. O programa tamb�m segue trabalho de mobiliza��o e forma��o, com a realiza��o de oficinas, rodas de conversas e orienta��es sobre sexo seguro.

O medicamento deve ser usado diariamente. O efeito protetivo ocorre depois de sete dias de uso para rela��es anais e 30 dias para rela��es vaginais. O resultado da pesquisa pode ajudar na formula��o de pol�ticas p�blicas, que incluem a oferta do medicamento na rede p�blica de sa�de. Para participar, os volunt�rios podem fazer a ades�o volunt�ria, pelo n�mero (31) 99726-9307, ou podem ser indicados. Tamb�m foi desenvolvido aplicativo exclusivamente para o projeto, o Amanda Selfie. Outra forma de recrutamento � realizada por uma equipe de educadores que faz abordagem aos jovens em pontos comuns de socializa��o.

A pesquisa � feita com financiamento do Minist�rio da Sa�de e da Unaids, �rg�o da Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). 

PREVEN��O COMBINADA
A infectologista Tatiani Fereguetti refor�a que nenhum m�todo preventivo � totalmente eficaz. Os especialistas defendem a preven��o combinada. “� importante ter claro que deve ser preven��o combinada. O PrEP � uma ferramenta alternativa. Isoladamente, nenhuma estrat�gia de preven��o � 100%”, diz. Na avalia��o da especialista, refer�ncia t�cnica da coordena��o de sa�de sexual da Secretaria Municipal de Sa�de, m�ltiplos fatores fazem com que essa faixa et�ria esteja mais vulner�vel.

O fato de serem muito jovens � uma das causas, combinado � falta de educa��o sexual adequada para a faixa et�ria. “Tamb�m podemos identificar uma banaliza��o do uso de preservativo. H�, inclusive, grupos que encorajam o n�o uso da camisinha”, afirma. Outro aspecto � a facilidade de os jovens trocarem de parceiros em decorr�ncia dos aplicativos de relacionamento. Por fim, o uso de bebidas alco�licas e drogas fazem com que esses jovens estejam mais suscet�veis ao cont�gio.


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