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Estado de Minas

Sat�lites j� detectaram 197 pontos de queimadas em Minas este m�s

Junho abre o trimestre mais seco e arriscado para as �reas florestais. Vale o lembrete: provocar inc�ndio � crime


postado em 23/06/2019 06:00 / atualizado em 23/06/2019 07:51

Incêndio em condomínio no Parque da Serra do Rola Moça há quase dois anos(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 15/09/2017)
Inc�ndio em condom�nio no Parque da Serra do Rola Mo�a h� quase dois anos (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press - 15/09/2017)


O inverno come�ou e com ele uma preocupa��o que sempre traz dor de cabe�a aos bombeiros e risco para o meio ambiente: as queimadas. A combina��o de irresponsabilidade humana com a baixa umidade relativa do ar, que alcan�a os menores �ndices no trimestre formado pelos meses de junho, julho e agosto, faz com que os inc�ndios, sejam eles criminosos ou n�o, cres�am no per�odo. At� ontem, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) j� havia detectado, via sat�lite, 197 focos ativos (inc�ndios de qualquer natureza e intensidade) em Minas Gerais em junho – o maior �ndice entre todos os meses de 2019 at� aqui, apesar de faltar mais de uma semana para o fim do m�s. No ano, s�o 805, mais da metade do total registrado em toda a Regi�o Sudeste (veja quadro). E a s�rie hist�rica levantada pelo Inpe mostra o quanto os n�meros desse tipo de ocorr�ncia disparam durante essa esta��o do ano: nos �ltimos 20 anos, ocorreram, em m�dia, mais de 5,6 mil queimadas entre junho e setembro, quando acontecem o solst�cio e equin�cio do inverno.

Ainda segundo os dados do Inpe, 68,5% dos focos ativos de inc�ndio em 2018, em Minas Gerais, foram detectados entre junho e setembro, o que liga o sinal de alerta para os pr�ximos meses. Foram 3.171 focos de inc�ndio no per�odo e 4.627 em 2018 inteiro. Apesar dos dados elevados, a s�rie hist�rica mostra que o per�odo citado foi o segundo ano com menos registros nos �ltimos 20, perdendo apenas para 2000. Ou seja, o menor n�mero desta d�cada. Na contram�o, o recorde de ocorr�ncias foi batido em 2007, num total de 22.514 focos.
 
O alerta vale tamb�m para Belo Horizonte. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a m�dia hist�rica de chuvas na capital � menor no inverno. Fica em 9,7 mil�metros em junho, 7,9mm em julho e 14,8mm em agosto. A situa��o s� muda em setembro, �ltimo m�s da esta��o, quando a taxa alcan�a 55,5mm. As precipita��es est�o diretamente ligadas �s queimadas, j� que o tempo seco cria condi��es ideais para os inc�ndios.
 
Para se ter uma ideia, o Inmet aponta mais de 30 pontos de alto risco de queimadas no estado. O �rg�o considera o �ndice de inflamabilidade, medido com base na umidade relativa e nas temperaturas do ar e do ponto de orvalho. No estado, a preocupa��o se concentra, principalmente, nas regi�es Norte, Vale do Jequitinhonha, Noroeste, Alto Parana�ba e Tri�ngulo Mineiro.
 
Segundo o Corpo de Bombeiros, em 99,9% dos inc�ndios florestais as causas s�o humanas. As a��es, que podem ser imprudentes ou criminosas, v�o de jogar uma guimba de cigarro pr�ximo a rodovias a colocar fogo na vegeta��o de maneira proposital. Por isso, a corpora��o pede � popula��o que evite o ac�mulo de lixo em lotes vagos ou soltar bal�es ou fogos de artif�cio perto de matas ou �reas rurais, al�m de sempre ensacar os res�duos de capina, em vez de optar pela queima.

(foto: Arte EM)
(foto: Arte EM)


CEN�RIO NACIONAL Os n�meros obtidos pelos sat�lites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) tamb�m indicam uma amea�a para os biomas brasileiros. Ainda sem passar pelo per�odo mais cr�tico em rela��o �s queimadas, o Brasil registrou, at� ontem, 22.414 focos ativos de inc�ndio, das mais diferentes intensidades, este ano. Quanto �s regi�es, a mais afetada � a Regi�o Norte, com 8.127 registros, seguida pela Centro-Oeste, com 7.802. A Sudeste tem 1.527 – a maioria vem de Minas Gerais, com 805 focos ou 52,7% do total.
 
A preocupa��o se estende tamb�m ao territ�rio da Amaz�nia Legal. Institu�da pela Lei 1.806/53, durante o governo Get�lio Vargas, essa �rea compreende toda a Regi�o Norte, o estado do Mato Grosso inteiro e parte do Maranh�o. S� este ano, o Inpe computou 14.817 focos ativos nessa zona, que engloba diversas espa�os de preserva��o ambiental.
Quanto aos biomas, o mais prejudicado em 2019 foi justamente a Amaz�nia, com 9.851 focos ativos. Depois vem o cerrado, com 7.778, e a mata atl�ntica, com 2.885.


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